terça-feira, 25 de maio de 2010

Hubble identifica estrela que está 'engolindo' planeta

Esta é a primeira vez que uma estrela engolindo um planeta é mostrado tão claramente.
Foto: Divulgação.


O Telescópio Espacial Hubble descobriu sinais de que uma estrela semelhante ao nosso Sol está lentamente "devorando" um planeta próximo, longe do Sistema Solar.


Astrônomos já haviam concluído que estrelas são capazes de engolir planetas que as orbitam, mas esta é a primeira vez que o fenômeno é constatado tão claramente.

Embora o planeta esteja longe demais para ser fotografado pelo telescópio, os cientistas criaram uma imagem dele baseada em análises das informações coletadas pelo Hubble.

A descoberta foi divulgada na publicação científica The Astrophysical Journal Letters. Os pesquisadores dizem que o planeta, chamado Wasp-12b, pode ainda existir por mais dez milhões de anos antes de ser completamente engolido por seu sol, o Wasp-12.

O planeta está tão próximo da estrela que completa uma órbita em apenas 1,1 dia terrestre e tem temperaturas em torno dos 1.500º C.

A grande proximidade entre o Wasp-12b e a estrela levou a atmosfera do planeta a se expandir a um raio três vezes maior que a de Júpiter. Material proveniente dela está "vazando" para a estrela.

"Nós vimos uma nuvem imensa de material em torno do planeta que está escapando e será capturada pela estrela", disse a astrônoma Carole Haswell, da Open University, na Grã-Bretanha. Ela lidera a equipe de especialistas que identificaram o fenômeno.

A detecção da nuvem pelo Hubble permitiu que os cientistas tirassem conclusões sobre como ela foi gerada. "Identificamos elementos químicos nunca vistos antes em planetas fora no nosso Sistema Solar."

A Wasp-12 é uma estrela-anã localizada na constelação de Auriga (também conhecida como Cocheiro), a 600 ano-luz da Terra. O Wasp-12b havia sido descoberto em 2008.

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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Buraco espacial intriga cientistas

Foto: National Geographic Ampliar

O trecho escuro na parte esverdeada da imagem é um "vácuo" espacial, recentemente descoberto pelo telescópio Herschel

O que se imaginava ser uma nuvem escura e fria na constelação de Órion na verdade é um “vazio” espacial

Um telescópio europeu em órbita encontrou algo inusitado enquanto procurava por estrelas jovens: um verdadeiro buraco espacial.

Ele fica na nebulosa NGC 1999, uma nuvem brilhante de gás e poeira na constelação de Órion. A nebulosa brilha com a luz de uma estrela próxima. O telescópio Hubble a fotografou pela primeira vez em dezembro de 1999. Na época, presumiu-se que um ponto escuro da nuvem era uma bolha mais fria de gás e poeira, que de tão densa bloquearia a passagem da luz.


Mas novas imagens do observatório Herschel, da Agência Espacial Europeia, mostram que a “bolha” na verdade é um espaço vazio. Isso porque o observatório capta imagens infravermelhas, o que permite que o telescópio veja além da poeira mais densa e enxergue os objetos dentro da nebulosa. Mas até mesmo ao Herschel, o ponto estava preto.

Os astrônomos acreditam que o buraco, medindo 0,2 anos-luz, foi feito pelo processo tumultuoso de nascimento de uma estrela embrionária vizinha, chamada V380 Ori. Esta proto-estrela já é 3,5 vezes o tamanho do Sol. O time que fez a descoberta acredita que a V380 Ori está sinalizando sua quase maturidade ao projetar rapidamente colunas de gás de seus pólos, que estão destruindo qualquer material remanescente da formação da estrela.

“Achamos que a estrela está lançando um jato na velocidade de centenas de quilômetros por segundo, e é ele que está causando o ‘buraco’ na nuvem vizinha,” disse Tom Megeath, que coordenou a pesquisa pela University of Toledo, em Ohio, nos Estados Unidos. “Essencialmente, esses jatos de gás estão sendo projetados e eles acabam com todo o gás e poeira.”

Herschel e os buracos
Megeath comentou que o telescópio que descobriu o buraco é batizado em homenagem ao astrônomo William Herschel, que viveu no século XIX. Em suas catalogações do céu noturno, Herschel registrou diversos trechos escurecidos que ele imaginou que fossem buracos, mas na verdade eram apenas nuvens escuras.

“Daí em diante, sempre que se via o que parecia um buraco espacial, se presume que são nuvens,” explicou. “Chega a ser irônico que agora, quase 150 anos depois, um telescópio chamado Herschel viu algo que todos achavam que era uma nuvem, e na verdade era um buraco de verdade”. [Fonte: Último Segundo]

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Espaço vazio em berçário de estrelas surpreende cientistas


O telescópio espacial Herschel fez uma descoberta inesperada - um pedaço de espaço vazio no espaço. Segundo nota da Agência Espacial Europeia (ESA), o trecho de vácuo oferece a cientistas um vislumbre das etapas finais do processo de formação de estrelas.


Estrelas nascem em grandes nuvens de poeira e gás, que são estudadas por telescópios como o Herschel. Embora jatos e ventos de gás já tenham sido observados partindo de estrelas jovens, pesquisadores ainda não sabem como eles funcionam para expulsar o material que cerca a estrela, permitindo que o novo astro surja de sua nuvem natal. O espaço vazio detectado pelo Herschel pode representar uma estágio inesperado desse processo.

NGC 1999 é a nuvem esverdeada no alto. A mancha escura à direita é o espaço vazio. ESA


Uma nuvem de gás brilhante conhecida como NGC 1999 fica localizada junto a um trecho escuro de céu. Astrônomos sabem que a maioria desses trechos são nuvens densas de material que impede a passagem de luz.


Quando o Herschel olhou na direção desse pedaço de céu negro, ele continuou escuro - mas o telescópio, que capta radiação infravermelha, deveria ter sido capaz de enxergar através de uma nuvem de material escuro. Segundo os pesquisadores envolvidos no estudo, ou a nuvem tinha uma densidade extraordinária ou alguma outra coisa estava errada.


Complementando a investigação com telescópios baseados no solo, os astrônomos concluíram que o trecho não parece excepcionalmente escuro por conter um material misterioso, mas por estar, de fato, vazio. Alguma coisa abriu um buraco no meio da nuvem.


Os pesquisadores acreditam que o buraco deve ter sido aberto quando jatos estreitos de gás de estrelas jovens da região perfuraram a camada de poeira que forma NGC 1999. A radiação de uma estrela adulta próxima também, pode ter ajudado a limpar a área. [Fonte: estadao.com.br]


O telescópio espacial Herschel fez uma descoberta inesperada - um pedaço de espaço vazio no espaço. Segundo nota da Agência Espacial Europeia (ESA), o trecho de vácuo oferece a cientistas um vislumbre das etapas finais do processo de formação de estrelas.


Estrelas nascem em grandes nuvens de poeira e gás, que são estudadas por telescópios como o Herschel. Embora jatos e ventos de gás já tenham sido observados partindo de estrelas jovens, pesquisadores ainda não sabem como eles funcionam para expulsar o material que cerca a estrela, permitindo que o novo astro surja de sua nuvem natal. O espaço vazio detectado pelo Herschel pode representar uma estágio inesperado desse processo.


NGC 1999 é a nuvem esverdeada no alto. A mancha escura à direita é o espaço vazio. ESA


Uma nuvem de gás brilhante conhecida como NGC 1999 fica localizada junto a um trecho escuro de céu. Astrônomos sabem que a maioria desses trechos são nuvens densas de material que impede a passagem de luz.


Quando o Herschel olhou na direção desse pedaço de céu negro, ele continuou escuro - mas o telescópio, que capta radiação infravermelha, deveria ter sido capaz de enxergar através de uma nuvem de material escuro. Segundo os pesquisadores envolvidos no estudo, ou a nuvem tinha uma densidade extraordinária ou alguma outra coisa estava errada.


Complementando a investigação com telescópios baseados no solo, os astrônomos concluíram que o trecho não parece excepcionalmente escuro por conter um material misterioso, mas por estar, de fato, vazio. Alguma coisa abriu um buraco no meio da nuvem.


Os pesquisadores acreditam que o buraco deve ter sido aberto quando jatos estreitos de gás de estrelas jovens da região perfuraram a camada de poeira que forma NGC 1999. A radiação de uma estrela adulta próxima também, pode ter ajudado a limpar a área. [Fonte: estadao.com.br]

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Nasa revela imagem de uma das maiores crateras do Sistema Solar

Bacia de Impacto Hellas tem 2.253 km de diâmetro e fica em Marte

Crédito: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona/International Research School of Planetary Sciences

A Nasa revelou nesta segunda-feira (10) uma foto da HiRISE, uma câmera de imagens em alta resolução da sonda de reconhecimento Marte, que cobre uma pequena parte do quadrante noroeste da Bacia de Impacto Hellas no planeta vermelho.

A cratera tem 2.253 km de diâmetro e é um dos lugares mais profundos de Marte. Segundo especialistas da agência espacial americana, Hellas é uma das maiores crateras de impacto do Sistema Solar.

A cratera foi preenchida por um tipo de matéria que pode estar relacionada a atividade vulcânica na margem noroeste da depressão. Também pode ter relação com a presença de água e de gelo. De qualquer forma, existem evidências de que o solo marciano é rico em gelo. [Fonte: R7]

Veja Imagens inéditas tiradas pelo telescópio Hubble


Clique na imagem para acessar!


A imagem mais profunda do universo já registrada mostra as galáxias mais primitivas
Foto: Nasa/Divulgação

sábado, 8 de maio de 2010

O universo na palma da mão

Aplicativos para smartphones tornam a astronomia mais acessível e divertida

Para desvendar as constelações e aprender mais sobre o espaço, não é mais obrigatório ter uma luneta em casa. Um smartphone pode ser um instrumento útil e instigante para os astrônomos amadores com a oferta de aplicativos como Starmap, Google Sky Map e Star Walk, entre outros. Em sua maioria, esses programas disponíveis via internet se baseiam no conceito de realidade aumentada – tecnologia que, a grosso modo, consiste em apontar um dispositivo móvel para um determinado objeto e obter mais informações do que as que estão simplesmente ao alcance dos olhos.

Há opções distintas de aplicativos que variam de acordo com o nível de conhecimento astronômico do usuário e o sistema operacional usado pelo smartphone. A maioria dos programas está disponível para iPhone, via loja virtual App Store, da Apple, mas também há alternativas para aparelhos que funcionam com a plataforma Android, o sistema operacional de código aberto do Google para smartphones (veja quadro*).

Se você é iniciante, uma boa dica é começar pelo Star Walk. O aplicativo é capaz de identificar planetas, estrelas e constelações e fornecer detalhes em termos possíveis de serem compreendidos por amadores. Por exemplo, se você estiver procurando pela constelação de Gêmeos, o aplicativo mostrará como ela está aparecendo no céu naquele exato momento. O usuário que tocar na tela do aparelho sobre Pólux, a estrela mais brilhante da constelação, e selecionar o ícone de informação, verá um display com uma breve descrição sobre o astro.

Para astrônomos mais avançados, o Starmap Pro parece ser um aplicativo mais interessante. O programa pode ser usado como se fosse um controle remoto que aponta um telescópio para objetos distantes ou ser ajustado para exibir como as estrelas vão parecer quando vistas com lentes diferentes. Pelo site starmapshare.com o aplicativo também permite ver imagens que os outros usuários fizeram e colocaram na rede.

Menos ambicioso é o Starmap 3D, aplicativo que, entre outras coisas, leva o usuário a se sentir no controle de um voo simulado pelo espaço sideral. Para quem não tem a pretensão de descobrir o próximo cometa, é uma boa pedida e garantia de diversão. O Pocket Universe segue na mesma linha. Concebido para ser intuitivo, o aplicativo permite apontar o smartphone para o céu e começar a aprender. O programa também traz uma opção que apresenta uma lista de planetas que podem ser observados a olho nu.

John Kennedy, o desenvolvedor do aplicativo, diz que, em breve, uma nova versão do software estará disponível para smartphones com plataforma Android. Nesse caso, o programa enfrentará uma dura concorrência com o Google Sky Map, um software gratuito e que funciona muito bem. Basta digitar “Jupiter” ou “M83” na caixa de pesquisa, por exemplo, e o programa indicará em qual direção apontar o smartphone. Infelizmente, o software não oferece opções para você aprender mais sobre o astro escolhido. Comparado aos aplicativos para iPhone, as alternativas para os smartphones com plataforma Android ainda são restritas, mas tendem a crescer acompanhando a quantidade de aparelhos que vêm adotando o sistema operacional de código aberto para o Google. [Fonte: Jornal AN]

*Veja Quadro Aqui

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