segunda-feira, 27 de junho de 2011

Asteroide passa perto da Terra

Asteroides são objetos espaciais metálicos e rochosos que fazem sua órbita em torno do Sol, mas são muito pequenos para serem considerados planetas

Um pequeno asteroide chamado 2011 MD vai passar a 12 mil quilômetros acima da superfície da Terra às 10h30, no horário de Brasília, desta segunda-feira (27/06/2011), segundo a Nasa, agência espacial americana.

O asteroide foi descoberto recentemente no Estado americano do Novo México pelos equipamentos do projeto Linear, parceria entre a Nasa, a Força Aérea americana e o Laboratório Lincoln do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets). O projeto estuda a passagem de asteroides próximos à Terra.

Seu tamanho é estimado entre 20 m e 50 m e o objeto está em uma órbita próxima do Sol que se parece muito com a órbita terrestre.

Asteroides são objetos espaciais metálicos e rochosos que fazem sua órbita em torno do Sol, mas são muito pequenos para serem considerados planetas. A maior parte está localizada entre Marte e Júpiter.

Análise feita por especialistas descarta a hipótese de o asteroide se chocar contra a Terra nesta segunda-feira (27). Se um asteróide desse porte entrasse na atmosfera terrestre, certamente seria queimado sem causar danos à superfície.

A estimativa é que um asteroide desse porte chegue tão próximo da Terra quanto o 2011 MD a cada seis anos.

Por um breve instante, o objeto poderá ser visto em alguns pontos da Terra com a ajuda de telescópios simples. [Fonte: R7]

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Brasileiros participam de estudo sobre aglomerados de galáxias

Os aglomerados de galáxias são as maiores estruturas no cosmos

Uma equipe internacional de cientistas, da qual fazem parte três brasileiros, divulgou nesta quarta-feira um estudo que investiga o nascimento e a história do aglomerado de galáxias Pandora, ou Abell 2744.

Quando grandes aglomerados de galáxias chocam uns com os outros, o resultado é um tesouro de informação para os astrónomos. O estudo em questão reconstituiu a história da colisão das galáxias Pandora, que ocorreu durante um período de 350 milhões de anos.

Julian Merten, um dos cientistas líderes deste novo estudo, explica como foi feita a investigação. “Tal como um investigador que, ao estudar uma colisão, descobre a causa de um acidente, nós podemos utilizar observações destes empilhados cósmicos para reconstruir os acontecimentos que tiveram lugar durante um período de centenas de milhões de anos”.

As galáxias, embora brilhantes, correspondem na realidade a menos de 5% da massa dos aglomerados. O resto, cerca de 20%, é constituído de gases que brilham apenas em raios X.

Os outros 75% são compostos por matéria escura, que é completamente invisível. Para compreender o que aconteceu durante a colisão, a equipe precisou mapear as posições dos três tipos de matéria no Abell 2744.

Os resultados do estudo revelaram fenômenos curiosos. “O Abell 2744 parece ter-se formado a partir de quatro aglomerados diferentes envolvidos numa série de colisões durante um período de cerca de 350 milhões de anos. A distribuição irregular e complicada dos diferentes tipos de matéria é extremamente invulgar e fascinante,” diz Dan Coe, outro autor do estudo.

Os aglomerados de galáxias são as maiores estruturas no cosmos, contendo bilhões de estrelas e o modo como se formam e se desenvolvem através de colisões repetidas tem profundas implicações no nosso conhecimento do Universo.[Fonte: Band.com]

domingo, 19 de junho de 2011

Rara explosão solar pode prejudicar telecomunicações

Maior tempestade solar desde 2006 pode causar panes a partir da tarde desta quarta. Veja vídeo.

Equipamentos da agência espacial americana registraram na madrugada de 7/6/2011 uma grande explosão solar que poderá perturbar a atividade de satélites, telecomunicações e redes elétricas a partir de quarta-feira (8/6/2011).

A grande nuvem de partículas cresceu rapidamente e se dispersou parecendo cobrir uma área quase do tamanho da metade da superfície solar. Segundo o serviço de meteorologia dos Estados Unidos (NWS, na sigla em inglês), desde 2006 não se via uma tempestade solar deste tamanho.

As labaredas solares ocorrem logo no começo do evento como uma pequeno flash de luz. Um material escuro, o filamento da erupção, é emitido e se expande por uma grande área da superfície solar. A raridade desta explosão solar está justamente no tamanho de sua expansão.

O Solar Dynamics Observatory (SDO), da NASA, observou o pico das atividades solares às 2h41 (horário de Brasília), as imagens foram captadas riqueza de detalhes. A equipe do SDO classificou a explosão solar como um "espetáculo visual". As partículas resultantes da explosão, que se movimentam pelo espaço a 1400 km/s. Segundo comunicado do NWS, o fenômeno pode provocar uma tempestade magnética de pequena a moderada, a partir das 15h, horário de Brasília. Ela pode causar problemas nos sistemas de GPS, obrigando aviões a modificar suas rotas ao sobrevoar regiões polares.
As explosões na superfície do Sol têm causado preocupação entre os cientistas. O astro tem ciclos de atividade a cada 11 anos, e ele estaria entrando num período de pico entre 2011 e 2012.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Lua de Júpiter possui “oceano de magma”

A lua de Júpiter, Io, é o local mais vulcânico do sistema solar. Agora, os cientistas acreditam que descobriram por que.
Io derrama cerca de 100 vezes mais lava sobre a sua superfície do que a Terra, por ano. A distribuição dos vulcões em Io também é muito diferente do que na Terra. Os vulcões estão por toda parte, enquanto no nosso planeta eles tendem a ficar nos limites das placas tectônicas.
Dados da NASA sugerem toda esta atividade está sendo alimentada por um gigantesco oceano de magma sob a crosta da lua. Os pesquisadores dizem que o reservatório quente tem provavelmente cerca de 50 quilômetros de espessura (e esse número é mínimo; poderia ser muito, muito mais espesso).
Quando os cientistas descobriram a Io nos anos 70, a lua pareceu bastante estranha ao que eles conheciam. Imediatamente, os cientistas questionaram por que havia vulcões em toda a superfície. Agora, o estudo diz que é porque existe um aquífero de magma gigante logo abaixo da crosta.
O vulcanismo de Io é movido pelo seu planeta-mãe, Júpiter. O planeta produz marés colossais sobre a lua que “esmagam” e “forçam” seu corpo, derretendo suas rochas.
Leituras do instrumento magnetômetro da NASA indicaram a lua estava distorcendo dramaticamente o campo magnético de Júpiter, mas o motivo para isso não ficou claro. Levou vários anos para que os cientistas identificassem o problema, que é a natureza das rochas na lua e como elas se comportam quando derretem.
Mais tarde, experimentos de física mineral descobriram que quando as rochas ultramáficas (muito ricas em magnésio e ferro) são derretidas, a sua condutividade aumenta por ordens de magnitude. A condutividade muito alta pode criar o tipo de sinais que a NASA detectou.
Testes mostraram que os sinais são consistentes com uma rocha como lherzolito, uma rocha ígnea rica em silicatos de magnésio e ferro encontrada, por exemplo, na Escandinávia.
A camada de oceano de magma de Io tem, pelo menos, 50 km de espessura e, provavelmente, corresponde a pelo menos 10% do manto da lua, em volume. Sua temperatura provavelmente excede 1.200° Celsius.
O aquífero fica abaixo da crosta, cerca de 50 km para baixo. O manto da lua (camada interior) provavelmente se estende por mais de 700 a 800 km. Medições de gravidade sugerem que o centro de Io é feito de ferro e, possivelmente, líquido – muito parecido com a Terra.
Io tem apenas cerca de um quadragésimo do volume da Terra e um sexagésimo da massa. Mas, por causa da enorme quantidade de calor gerado pelas marés de Júpiter nesta lua muito pequena, sua estrutura interna é muito semelhante à da Terra.[Hyperscience]

Astrônomos desenvolvem melhor mapa 3D de nosso universo

Está pronto o mais completo mapa 3D do nosso universo local, que revela detalhes inéditos sobre o lugar do planeta Terra no cosmos. O mapa mostra todas as estruturas visíveis a cerca de 380 milhões de anos-luz, o que inclui aproximadamente 45 mil das nossas galáxias vizinhas – o diâmetro da Via Láctea é de cerca de 100 mil anos-luz.
“O mapa nos dá algumas respostas no sentido de compreender o nosso lugar no universo”, observa Karen Masters, da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra. “Seria ruim não ter um mapa completo da Terra. Trata-se da mesma situação aqui. É bom ter um mapa completo do lugar onde vivemos”, compara.
O mapa foi montado com os dados de dois projetos de pesquisa astronômicos: Two-Micron All-Sky Survey, ou “2MASS” na sigla em inglês, e Redshift Survey, ou “2MRS”. Ambos levaram 10 anos para fazer a varredura completa do céu noturno utilizando luz infravermelha. Os projetos contaram com o auxílio de dois telescópios terrestres, nos EUA e no Chile.
A radiação infravermelha, que possui um comprimento de onda mais longo que a luz visível, pode penetrar nas nuvens de poeira opacas, comuns nas galáxias. Isso permitiu que o levantamento 2MRS estendesse seus “olhos” para mais perto do plano da Via Láctea do que jamais havia sido possível em estudos anteriores. A área é muito escura devido à poeira e apenas tecnologias como a empregada pelo 2MRS de luz infravermelha conseguem penetrar no local.
“Isso cobre 95% do céu”, conta Masters. “Com o infravermelho, somos menos afetados pelos componentes da Via Láctea que não nos interessam e, assim, somos capazes de enxergar melhor e mais perto o plano da galáxia”.
O aspecto 3D do mapa vem do fato de que os pesquisadores mediram o desvio de objetos cósmicos, o que indica o quanto da luz foi deslocada para a extremidade vermelha do espectro de cores. Isso acontece por causa do chamado efeito Doppler, que faz com que o comprimento de onda de luz seja ampliado quando a fonte de luz está se afastando de nós.
Tendo em vista que o universo está se expandindo, através da medição do desvio para o vermelho de um objeto e, consequentemente, sua velocidade, os astrônomos podem deduzir sua distância. Isso porque objetos mais distantes se movem mais rapidamente.
Além de fornecer um quadro mais completo do nosso lugar no universo, o novo mapa poderia ajudar a resolver o mistério desconcertante do movimento peculiar da Via Láctea. Este movimento, de aproximadamente 600 quilômetros por segundo, ainda tem de ser explicado pela atração gravitacional dos objetos conhecidos perto da nossa galáxia.
“A questão científica mais importante do que possuir um mapa completo do universo é descobrir a fonte do movimento da Via Láctea”, afirma Masters. “Sabemos que a causa de tudo isso é a gravidade. Agora encontrar a fonte da gravidade e onde a massa está tem sido o grande problema, já há algum tempo. Porém, agora que temos um mapa completo de todas as galáxias, devemos ser capazes de explicar esse movimento”, acredita.
Por exemplo, foi encontrada uma estrutura até então desconhecida e ainda um tanto misteriosa, que pode exercer uma força gravitacional na Via Láctea. De acordo com os pesquisadores, essa pode ser parte da solução.[LiveScience]

Gêmeas: cientistas descobrem galáxia parecida com a Via Láctea

Astrônomos fotografaram uma galáxia espiral que pode ser a “irmã gêmea” da nossa própria Via Láctea.
A galáxia, chamada NGC 6744, foi fotografada por um telescópio no Observatório Europeu do Sul, no Chile. Ela fica há 30 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação sul de Pavo (O Pavão).
O objeto é uma das maiores galáxias espirais próximas a Terra. É quase tão brilhante quanto 60 bilhões de sóis, e sua luz se propaga em uma grande área no céu – cerca de dois terços da largura da lua cheia – tornando-a visível para nós através de um pequeno telescópio, como um brilho nebuloso.
As manchas avermelhadas ao longo das espirais em NGC 6744 representam regiões onde novas estrelas estão nascendo.
A imagem foi criada pela combinação de quatro fotos tiradas por diferentes filtros que coletaram luz azul, verde-amarela e vermelha, e o brilho vindo de gás hidrogênio. Na nova fotografia, esses filtros são mostrados como azul, verde, laranja e vermelho, respectivamente.
Segundo os cientistas, se tivéssemos a tecnologia para sair da Via Láctea e olhar para ela de cima, a partir do espaço intergaláctico, essa visão seria bem próxima a da galáxia descoberta – braços espirais marcantes envolvendo um núcleo denso e alongado e um disco de poeira.
A principal diferença entre a NGC 6744 e a Via Láctea é o tamanho das duas galáxias. Enquanto nossa galáxia é de aproximadamente 100.000 anos-luz de diâmetro, a galáxia “gêmea” tem um diâmetro quase duas vezes maior. [Hypescience]

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