quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Galáxia enigmática desafia astrônomos


 [Imagem: NASA/ESA/A. Aloisi]

Espaço é tempo?

Quando olham para o espaço, os astrônomos geralmente fazem uma associação entre distância e tempo - quanto mais longe estiver um corpo celeste, mais antigo ele é.
Isto porque a teoria do Big Bang estabelece uma idade do Universo. Ora, se a luz do objeto demorou uma determinada quantidade de anos para chegar até nós, então essa distância é usada para calcular quantos anos aquele objeto tinha, contados a partir do Big Bang, quando emitiu essa luz.
É por isso que os astrônomos falam em "galáxias primordiais", criadas apenas alguns milhões de anos após o Big Bang.
Contudo, esta nova imagem captada pelo telescópio Hubble mostra uma galáxia que parece oferecer uma exceção a essa regra.
A peculiar DDO 68, também conhecida como UGC 5340, parece-se em tudo com uma galáxia primordial, formada pouco tempo após o Big Bang.
Ocorre que ela está muito próximo de nós, ou seja, sua luz saiu de lá há muito pouco tempo, o que indica que ela é uma galáxia jovem.
A DDO 68 fica a cerca de 39 milhões de anos-luz de distância da Terra. Embora essa distância pareça enorme, ela é cerca de 50 vezes mais perto do que as distâncias habituais para galáxias recém-formadas, geralmente fotografadas pelo Hubble a vários bilhões de anos-luz.
Isto é uma pedra no sapato dos teóricos porque o oposto também já aconteceu, ou seja, astrônomos já localizaram galáxias distantes demais, mas muito "evoluídas" para serem tão antigas.

Galáxias jovens e velhas
Galáxias mais velhas tendem a ser maiores, graças a colisões e fusões com outras galáxias, e são repletas de uma variedade de diferentes tipos de estrelas - incluindo estrelas velhas, jovens, grandes e pequenas.
Sua composição química também é diferente. As galáxias recém-formadas têm uma composição rica em hidrogênio, hélio e um pouco de lítio, enquanto as galáxias mais antigas têm elementos mais pesados, forjados ao longo de várias gerações de estrelas.
A DDO 68, contudo, questiona esses modelos, apresentando todas as características de uma galáxia primordial no universo local.
Intrigados, os astrônomos planejam novos conjuntos de observações para tentar decifrar o mistério.[Fonte: Inovação Tecnológica]

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Apareceu um mistério no Aglomerado de Perseu

Imagine uma nuvem de gás na qual cada átomo seja uma galáxia inteira - o aglomerado Perseu é algo assim. [Imagem: NASA]

Aglomerado de Perseu
O Universo é um lugar grande, cheio de incógnitas. Mais uma delas acaba de ser catalogada com a ajuda do observatório de raios X Chandra, da NASA.
"Eu não podia acreditar nos meus olhos. À primeira vista, o que descobrimos não pode ser explicado pela física conhecida," disse Esra Bulbul do Centro de Astrofísica da Universidade de Harvard.
Juntamente com uma equipe de mais meia dúzia de colegas, Bulbul vem utilizando o Chandra para explorar o aglomerado de Perseu, um enxame de galáxias a aproximadamente 250 milhões de anos-luz da Terra.
Imagine uma nuvem de gás na qual cada átomo seja uma galáxia inteira - o aglomerado Perseu é algo assim. É um dos objetos de maior massa conhecidos no Universo.
O agrupamento em si é imerso em uma enorme "atmosfera" de plasma superaquecido - e é aí que reside o mistério.
O elemento está lá, mas ninguém sabe o que ele é. [Imagem: Esra Bulbul]

Elemento desconhecido
"A atmosfera do aglomerado está cheia de íons como ferro 25 (Fe XXV), silício 14 (Si XIV) e enxofre 15 (S XV). Cada um produz um 'pico' ou 'linha' no espectro de raios X, que nós podemos mapear usando o Chandra. Estas linhas espectrais estão dentro das energias de raios X bem conhecidas," explica Bulbul.
Contudo, em 2012, durante as observações emergiu uma nova linha onde não deveria haver uma.
"Uma linha apareceu em 3,56 keV (quilo-elétron-volts), que não corresponde a qualquer transição atômica conhecida," relata a astrônoma. "Foi uma grande surpresa."
Desde 2012, quando a linha apareceu, a equipe já encontrou a mesma assinatura espectral nas emissões de raios X de 73 outros aglomerados de galáxias.
Para tirar as dúvidas, a equipe fez observações com o observatório XMM-Newton, da ESA, um telescópio de raios X completamente independente. E outras equipes agora já confirmaram as observações.
Palpites
Resta agora explicar o que esse pico de energia revela.
"Depois de submetermos nosso artigo, teóricos já apareceram com cerca de 60 diferentes tipos de matéria escura que poderiam explicar essa linha. Alguns físicos de partículas têm feito piadas chamando essa 'partícula' de 'bulbulon'," comenta Bulbul.
O zoológico de candidatos a partículas de matéria escura que podem produzir este tipo de linha inclui áxionsneutrinos estéreis e "módulos de matéria escura", que poderiam resultar da curvatura de dimensões extras na teoria das cordas.
Mas passar da teoria para a prática e resolver o mistério pode exigir um telescópio espacial totalmente novo.
Em 2015, a agência espacial japonesa está planejando lançar um telescópio de raios X avançado, chamado Astro-H.
Ele terá um novo tipo de detector de raios X, que será capaz de medir a linha do mistério com mais precisão do que é possível com os telescópios atuais. [Fonte: Inovação Tecnológica]
Bibliografia:


Detection of An Unidentified Emission Line in the Stacked X-ray spectrum of Galaxy Clusters
Esra Bulbul, Maxim Markevitch, Adam Foster, Randall K. Smith, Michael Loewenstein, Scott W. Randall
http://arxiv.org/abs/1402.2301

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Garota de 13 anos treina para viajar a Marte


Garota quer se tornar a primeira pessoa a pisar no Planeta Vermelho.

Há muito tempo os homens sonham em chegar a Marte. Um projeto, inclusive, da Mars One, visa habitar o Planeta Vermelho nos próximos anos, e  criar uma colônia. Em uma viagem sem volta, várias pessoas já se candidataram a uma vaga para o novo lar.

Porém, o que está chamando a atenção no mundo todo atualmente é a determinação de uma garota de apenas 13 anos, ela está treinando duramente para se tornar a primeira pessoa a pisar em Marte.

 Garota de 13 anos treina pesado para pisar na Lua em 2033.
 
Alyssa Carson, de Baton Rouge, no Estado americano de Louisiana, está se preparando para desembarcar em Marte em uma missão espacial que deverá acontecer em 2033.

A menina está treinando no centro de visitantes da agência espacial americana, a Nasa, onde simula um pouso interplanetário após viajar na sonda exploradora Curiosity.

"Quero ir a Marte porque é um lugar aonde ninguém nunca foi. Completamente deserto", disse Alyssa à BBC. "Quero ser a primeira a dar esse passo."

Alyssa acredita que possui  "altas chances" de ser selecionada para o projeto,  já que está treinando há nove anos. Assim, no futuro, suas habilidades e o currículo só aumentarão, conclui a determinada garota.

Bert, o pai da menina, diz ter "certeza absoluta" de que a filha irá conquistar o seu objetivo, motivada por sua paixão e ainda trabalho duro.

O pai revelou também que já conversou muito sobre os perigos das missões espaciais.  Porém, a garota está disposta a correr todos os riscos para alcançar os seus objetivos, diz o pai.

 "Já pensei em fazer outras coisas, mas astronauta sempre foi a primeira. O fracasso não é uma opção”, diz a decidida garota.[Fonte: Oficinadanet]

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