sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Viajar para Marte pode levar 30 minutos, diz Nasa

Nasa, agência espacial americana, estuda uma técnica de lançamento de espaçonaves que pode reduzir o tempo de viagem para Marte, que atualmente é de seis a oito meses, para apenas 30 minutos.
Chamada de propulsão de energia direcionada, essa técnica consiste em disparar um laser de alta potência – entre 50 e 100 gigawatts – em uma espaçonave e, com isso, acelerá-la a uma fração significativa da velocidade da luz, cerca de 30%. 
O plano da Nasa é usar essa técnica para explorar exoplanetas que podem abrigar vida e que estejam em um raio de 25 anos-luz. 
Também seria possível visitar a Alpha Centauri, que é a terceira estrela mais brilhante no céu vista a olho nu e está a pouco mais de quatro anos-luz de distância do Sol. Nesse caso, a viagem levaria 15 anos.
Esse tipo de lançamento é estudado por um pesquisador da Nasa, que trabalha na divisão de Conceitos Inovadores Avançados. Philip Lubin, do Grupo de Cosmologia Experimental da Universidade de Santa Bárbara explicou a ideia no ano passado. O assunto foi abordado recentemente no canal da Nasa no YouTube, que poderá ser visto ao final da reportagem.
O pesquisador garante que a tecnologia para fazer isso já existe e não é coisa de ficção científica.
"Poderíamos impulsionar um veículo robótico de 100 kg [com 1 m de altura] para Marte em poucos dias", afirma Lubin, no vídeo. A estimativa mais convervadora para realizar a viagem até o planeta vermelho é de três dias. 
No entanto, a Nasa ainda não tem projetos em andamento para utilizar esse tipo de propulsão na exploração espacial – apesar de existirem algumas propostas.
Confira o vídeo da Nasa sobre a propulsão de energia direcionada, em inglês. [Fonte: Exame]



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Asteroide passará "de raspão" pela Terra em março


Um asteroide de 30 metros de diâmetro passará "de raspão" pelaTerra no dia 5 março deste ano. 
Chamado 2013 TX68, ele estará a uma distância entre 14 milhões e 17 milhões de quilômetros do nosso planeta, o que é mais próximo do que a órbita de satélites geoestacionários.
O asteroide é observado há apenas alguns anos, por isso a incerteza quanto à distância que ele estará da Terra no começo do mês que vem. 
Não há chance de colisão nesta passagem do asteroide, segundo a Nasa. 
Já em 28 de setembro de 2017, o mesmo asteroide passará novamente perto do nosso planeta e terá uma chance em 250 milhões de atingi-lo. Isso ainda é pouco para gerar preocupação. Para efeito de comparação, uma pessoa que aposta na Mega-Sena com seis números tem uma chance de ganhar em 50 milhões.
Nas passagens do asteroide previstas para 2046 e 2097, as probabilidades de impacto com o planeta são ainda menores.
Em fevereiro de 2013, um meteorito menor atingiu a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, deixando 1.491 feridos e 720 estruturas abaladas.
Se o 2013 TX68 entrasse na atmosfera terrestre, ele produziria uma rajada de vento quase duas vezes mais forte do que a do meteoro de Chelyabinsk – e potencialmente mais danos. [Correio do Estado]

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Hubble flagra nuvem descomunal vindo rumo à Via Láctea

Se a Nuvem de Smith emitisse luz visível, é assim que nós a veríamos no céu (observe a comparação com a Lua Cheia). [Imagem: Saxton/Lockman/NRAO/AUI/NSF/Mellinger]
Nuvem de Smith
O telescópio espacial Hubble capturou novas informações sobre uma nuvem invisível que está disparada em direção à nossa galáxia a cerca de 1,12 milhão de quilômetros por hora.
Quando ela atingir a Via Láctea, os astrônomos acreditam que o fenômeno irá desencadear uma explosão espetacular de formação de estrelas, fornecendo gás suficiente para gerar 2 milhões de novos sóis.
Esta região de gás em forma de cometa tem 11.000 anos-luz de comprimento por 2.500 anos-luz de diâmetro. Se a nuvem pudesse ser vista em luz visível, ela abrangeria o céu com um diâmetro aparente 30 vezes maior do que o tamanho da Lua Cheia.
Embora centenas de nuvens de gás enormes chispem em alta velocidade em torno da nossa galáxia, esta chamada "Nuvem de Smith" é única porque sua trajetória é bem conhecida.
A nuvem foi descoberta no início dos anos 1960 pelo então estudante de astronomia Gail Smith, que detectou as ondas de rádio emitidas pelo hidrogênio em sua composição.
Hubble flagra nuvem descomunal vindo rumo à Via Láctea
Cenário mais provável para o efeito bumerangue da Nuvem de Smith. [Imagem: NASA/ESA/A. Feild (STScI)]
Efeito bumerangue
As novas observações do Hubble sugerem que essa nuvem monstruosa não tem origem extragaláctica, tendo sido mais provavelmente lançada pela própria Via Láctea, algo que teria ocorrido cerca de 70 milhões de anos atrás.
Mas parece que a velocidade de arremesso não foi tão grande, e agora, tal como um bumerangue, ela está de volta.
Os dados mostraram que a Nuvem de Smith é tão rica em enxofre quanto o disco externo da Via Láctea, uma região cerca de 40.000 anos-luz do centro da galáxia (cerca de 15.000 anos-luz mais longe do que o nosso Sol e o Sistema Solar).
Isto significa que a nuvem foi enriquecida com material de estrelas, o que não aconteceria se ela fosse constituída somente de elementos mais leves, sobretudo hidrogênio e hélio, vindos de fora da galáxia, ou se fosse o remanescente de uma galáxia que não conseguiu formar estrelas.
Assim, o cenário mais provável é que ela foi arremessada pelos braços externos da nossa galáxia, fez uma parábola e agora está de volta.
A boa notícia é que ela só deve chegar na borda da Via Láctea daqui a cerca de 30 milhões de anos. [Fonte: Inovação Tecnológica]

Bibliografia:


On the Metallicity and Origin of the Smith High-Velocity Cloud
Andrew J. Fox, Nicolas Lehner, Felix J. Lockman, Bart P. Wakker, Alex S. Hill, Fabian Heitsch, David V. Stark, Kathleen A. Barger, Kenneth R. Sembach, Mubdi Rahman
Astrophysical Journal Letters
Vol.: 816:L11
DOI: 10.3847/2041-8205/816/1/L11

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