sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Estudo brasileiro acha mais velho gêmeo do Sol; estrela teria "Terras"


Imagem mostra a gêmea solar HIP 102152, estrela situada a 250 anos-luz de distância da Terra na constelação do Capricórnio. Ela é mais parecida com o Sol do que qualquer outra gêmea solar, tirando o fato de ser quase 4 bilhões de anos mais velha (é a mais velha já identificada), o que nos dá a oportunidade sem precedentes de estudar como o Sol será quando envelhecer. As cores diferentes são pelo fato dela se mover ligeiramente entre as duas exposições, obtidas com um intervalo de muitos anos de diferença.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

NOVA TEMPESTADE SOLAR VEM EM DIREÇÃO DA TERRA – ENTENDA O QUE É

NOVA TEMPESTADE SOLAR VEM EM DIREÇÃO DA TERRA – ENTENDA O QUE É

NASA – Agência Espacial Americana – notificou que nesta terça-feira (20/08/2013), o Sol ejetou em direção a Terra um jato de sua Massa Coronal ou CME. Este fenômeno se refere a bilhões de toneladas de partículas que são lançadas no espaço.
Mais uma vez a Terra é o alvo destas partículas carregadas, que apesar de não fazerem mal diretamente aos humanos, podem sim causar transtornos nos meios de comunicação, em satélites, bem como em sistemas eletrônicos.
Segundo a NASA as partículas devem chegar à Terra entre os dias 22 e 23/08/2013.
As CMEs que se dirigem para a Terra podem causar também um fenômeno meteorológico chamado de tempestade magnética que ocorre quando a energia é canalizada nos pólos Sul e Norte. Tais descargas fazem com que as Auroras Boreais fiquem mais intensas.
A tendência é que até o final do ano de 2013, tais tempestades se intensifiquem, visto que o Sol está chegando ao seu máximo solar, fenômeno este que ocorre em cerca de onze em onze anos.[Fonte: Folha Paulistana]

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Telescópio Kepler identifica novo planeta a 700 anos-luz da Terra

Concepção artística mostra exoplaneta Kepler 78b próximo à sua estrela (Foto: Divulgação/Cristina Sanchis Ojeda/MIT)
Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) descobriram um exoplaneta de tamanho próximo ao da Terra que realiza uma volta completa em torno de sua estrela em apenas oito horas e meia. O corpo celeste foi identificado com base em observações feitas pelo telescópio Kepler, da agência espacial americana (Nasa).
A pesquisa foi publicada no periódico científico "Astrophysical Journal". O movimento de orbitar ao redor da estrela, conhecido como translação, leva 365 dias ou um ano para ser realizado pela Terra em torno do Sol.O planeta foi batizado de Kepler 78b pelos pesquisadores. Ele está localizado a 700 anos-luz da Terra, diz uma nota divulgada pelo MIT.
Temperatura alta
O Kepler 78b está muito próximo de sua estrela - o diâmetro de sua órbita é apenas três vezes maior do que o do astro. Os pesquisadores estimam que sua superfície tenha temperatura muito alta, chegando a 2,7 mil ºC.

"Em um ambiente tão escaldante, a camada mais superficial do planeta provavelmente está derretida, criando um oceano de lava enorme e turvo", afirma a nota divulgada pelo MIT.
Os pesquisadores dizem ter conseguido detectar luz emitida pelo corpo celeste - a primeira vez que isso ocorre em um exoplaneta tão pequeno quanto o Kepler 78b. "A luz, quando for analisada com telescópios maiores e mais potentes, pode ajudar a dar detalhes sobre a composição da superfície do planeta", ressalta a nota. [Fonte: G1]

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Descobertas fantásticas feitas pelo telescópio Kepler

Kepler-20

Outro achado importantíssimo da sonda Kepler é o sistema Kepler-20. Formado por uma estrela e outros cinco planetas, o sistema é o primeiro encontrado pelo telescópio a contar com corpos de tamanhos similares ao da Terra orbitando uma estrela que não é o Sol. 

Kepler-16b

O Kepler-16b foi encontrado nos idos de 2011 e, para a surpresa dos cientistas e fãs da ficção científica, é muito parecido com o planeta imaginário Tatooine, que aparece na saga “Guerra nas Estrelas”. É o primeiro planeta de que se tem notícia a orbitar duas estrelas. 

Kepler-16b

O Kepler-16b foi encontrado nos idos de 2011 e, para a surpresa dos cientistas e fãs da ficção científica, é muito parecido com o planeta imaginário Tatooine, que aparece na saga “Guerra nas Estrelas”. É o primeiro planeta de que se tem notícia a orbitar duas estrelas. 

Kepler-22b

No final do seu primeiro ano em órbita, o telescópio Kepler realizou uma das suas mais importantesdescobertas. O planeta Kepler-22b é o primeiro encontrado pela sonda a contar com a chamada “zona habitável”, isto é, com condições favoráveis ao surgimento de vida.

Kepler-36c e 36b

Graças aos dados compilados pelo telescópio Kepler, uma equipe de cientistas da Universidade de Harvardencontrou dois curiosos planetas, os chamados Kepler-36c e Kepler 36-b. A dupla conta com as órbitas mais próximas já vistas no espaço, cerca de 20 vezes mais próximos que outros corpos do nosso sistema. Ambos estão localizados a uma distância de 1.200 anos-luz da Terra. 

Kepler-47

Se em 2011 o Kepler encontrou um planeta que orbitava duas estrelas (Kepler-16b), no ano seguinte a sonda realizou uma descoberta tão intrigante quanto: vários planetas orbitando duas estrelas. E um dos corpos, explicou a NASA, conta ainda conta com a tal “zona habitável”, a região que oferece condições favoráveis ao surgimento de vida. 

Kepler-62

Uma das últimas descobertas do Kepler aconteceu já em 2013, o sistema Kepler-62, que é formado por uma estrela e cinco planetas. A estrela não tem semelhanças com o Sol, é menor, mais fria e mais antiga que a nossa estrela. O destaque entre os planetas fica por conta do Kepler-62f, 40% maior que a Terra e é o melhor exoplaneta de zona habitável já encontrado.

Kepler-69

Outra descoberta feita pelo Kepler na mesma época do sistema K-62 é o sistema da estrela Kepler-69, similar ao Sol e que fica localizada a 2.700 anos-luz da Terra. É composto por dois planetas, o Kepler-69c e o 69b. 

[Fonte: Exame.Abril]

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Nasa planeja explorar lua de Júpiter que pode abrigar vida

Concepção artística mostra como deve ser a visão da superfície da lua Europa de Júpiter
Europa, uma das luas de Júpiter, é uma forte candidata a abrigar vida. Ao saber disso, a Nasa, agência espacial americana, tornou as pesquisas sobre o satélite natural uma prioridade e, agora, divulgou seus planos para a futura exploração do local.
Europa é uma lua com uma superfície gelada. Tem um oceano debaixo da sua crosta de gelo em contato com rochas no fundo. A lua é geologicamente ativa e bombardeada por radiações que criam oxidantes e formam, ao se misturar com a água, uma energia ideal para a vida, ainda que na forma de micróbios e outras estruturas rudimentares.
Segundo Daniel Nunes, cientista brasileiro que trabalha no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL), o problema é que Europa é muito longe da Terra. Esse fator dificulta a exploração dessa lua.
"As temperaturas são muito extremas e a radiação de Júpiter é muito forte. O equipamento tem que ser muito resistente a essas condições", afirma Nunes em entrevista a INFO. Além disso, a crosta de gelo é muito espessa. "Acessar o oceano da Europa é bem difícil, um grande desafio", diz.
Apesar dos obstáculos, a Nasa planeja mandar uma sonda para Europa. A lua é o lugar mais provável no Sistema Solar, além da Terra, para abrigar vida. Logo, uma sonda no local seria a melhor forma para procurar sinais de vida, segundo Robert Pappalardo, autor principal do estudo.
Mas como os cientistas ainda não sabem muito sobre a geologia do satélite, o pouso deverá ser o ponto mais crítico da missão. Cogita-se fazer o pouso na área chamada Thera Macula, um terreno com intensa atividade geológica, mas com grandes indícios de que é possível encontrar evidências sobre vida.
Os equipamentos necessários para a exploração incluem um espectrômetro, um magnetrômetro e uma pequena perfuratriz. Essas ferramentas seriam capazes de penetrar na crosta de gelo até 10 centímetros, descobrir a composição química, medir massa e salinidade.
Ainda não há uma data determinada para o lançamento de uma missão. Ainda é preciso preparar muitas coisas antes de pousar nessa lua, mas estudar e planejar ajudará a Nasa a se concentrar nas tecnologias necessárias para chegar lá.
A sonda Juno, lançada em 2001, chegará a Júpiter em 2016. A Nasa acredita que também ajudará a estudar Europa mais de perto a fim de adiantar o projeto.[Fonte: Info]

Inversão de polaridade do Sol vai afetar todo o Sistema Solar

Buraco no Sol foi registrado pela Nasa em julho: inversão de campo magnético deve ocorrer em breve - Foto: Nasa / Divulgação

Nos próximos três a quatro meses, o campo magnético do Sol completará uma inversão de polaridade, um processo que ocorre a cada 11 anos e está quase na metade do caminho, de acordo com a Nasa (agência espacial americana).
"Esta mudança terá repercussões em todo o Sistema Solar", disse o físico solar Todd Hoeksema, da Universidade de Stanford (Califórnia), em declarações para a agência espacial.
Fotos e ângulos diferentes revelam os 'segredos' do Sol
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A inversão de polaridade - norte e sul trocam de posição - ocorre no fim de cada ciclo solar, quando o dínamo magnético interno do Sol se reorganiza. Durante essa fase, que os físicos denominam máximo solar, as erupções de energia podem aumentar os raios cósmicos e ultravioleta que chegam à Terra, e isto pode interferir nas comunicações de rádio e afetar a temperatura do planeta.
Hoeksema é diretor do observatório Solar Wilcox, de Stanford, um dos poucos observatórios do mundo que estudam os campos magnéticos do Sol e cujos magnetogramas observaram o magnetismo polar da estrela a partir de 1976, desde quando já foram registrados três ciclos.
A Terra vista do espaço: astronauta registra nascer do Sol
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Phil Scherrer, outro físico solar em Stanford, disse que "os campos magnéticos polares do Sol se debilitam, ficam em zero, e depois emergem novamente com a polaridade oposta. É parte regular do ciclo solar".
O alcance da influência magnética solar, conhecida como heliosfera, se estende a bilhões de quilômetros além de Plutão, e as sondas Voyager, lançadas em 1977, que agora rondam o umbral do espaço interestelar, captam essa influência.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O campo magnético do Sol será invertido nos próximos meses

Crédito: Nasa
Em 2012, ouvimos falar que, em dezembro, a Terra passaria por uma reversão nos polos magnéticos (o Norte e o Sul seriam invertidos em nossas bússolas) - o que desencadearia, de alguma forma, a destruição do planeta. Como ainda estamos aqui, obviamente a teoria não se concretizou. A verdade é que a Terra passa, sim, por inversões de campo magnético, mas essas mudanças não são abruptas, acontecendo a cada 5 mil anos, aproximadamente.
E, nos próximos 3 ou 4 meses, o astro que irá concluir essa inversão de polos magnéticos será o Sol.
Não há razão para pânico - a nossa estrela passa por esse tipo de alteração a cada 11 anos, aproximadamente, coincidindo com o período de máxima solar. Essa fase do Sol é quando suas erupções estão mais ativas e fortes, o que pode desencadear uma maior liberação de energia, causando um aumento nos raios cósmicos e ultravioleta que chegam até nós.
Essas mudanças podem afetar a tecnologia: o serviço de satélites pode ser prejudicado, interrompendo a comunicação por ondas de rádio. A radiação também pode ser prejudicial para astronautas em órbita. Mas não há riscos de que as tempestades solares prejudiquem a vida terrestre de forma direta.
Quando cientistas discutem as mudanças de polos do Sol, eles falam sobre a corrente elétrica emitida pelo equador da estrela. Imagine que o astro emita uma corrente elétrica de forma permanente, através de uma linha horizontal que fica em seu centro. Com os pólos se invertendo, essa corrente também passará por mudanças, saíndo de sua constante horizontal e emitindo padrões mais ondulados. A Terra, ao orbitar o Sol, passa a entrar e sair com mais frequência da zona de maior influência dessas correntes.
A nossa recepção de raios cósmicos também é afetada. A emissão regular de eletricidade que recebemos do Sol protege o sistema inteiro, desde Plutão, destes raios (emissões de partículas elétricas altamente energizadas causadas por supernovas e outros eventos espaciais violentos). Como teremos uma recepção irregular da corrente elétrica de nossa estrela (descrita na imagem abaixo), ficamos mais suscetíveis a esses raios, que podem alterar o clima por aqui e, novamente, prejudicar astronautas em órbita.
Cientistas do Observatório Solar Wilcox, de Stanford, já registraram a inversão dos polos solares três vezes desde 1976. A última vez aconteceu em 2001 e quarta e próxima vez acontecerá ainda este ano.[Fonte: Galileu - Via Space.com]

Exoplaneta rosa desafia principal teoria de formação de planetas

Recém-descoberto GJ 504b tem uma temperatura de cerca 237 °C e aproximadamente quatro vezes a massa de Júpiter - Foto: NASA's Goddard Space Flight Center/S. Wiessinger / Divulgação

Astrônomos anunciaram a descoberta de um planeta com mais de quatro vezes a massa de Júpiter e tamanho similar, orbitando sua estrela nove vezes mais afastado que o maior planeta do Sistema Solar em relação ao Sol. Com o uso de um telescópio no Havaí, a equipe também conseguiu revelar a cor do corpo celeste: magenta profundo. A relação entre a distância da estrela e a massa do exoplaneta, denominado GJ 504b, representa um desafio para as teorias sobre como os planetas se formam. 
"Se pudéssemos viajar para esse planeta gigante, veríamos um mundo ainda brilhando no calor de sua formação com uma cor que lembra uma escura flor de cerejeira", afirmou Michael McElwain, integrante do grupo de cientistas da Nasa - a agência espacial americana - que descobriu o planeta.
GJ 504b, é o planeta de menor massa já descoberto ao redor de uma estrela como o Sol. De acordo com a teoria mais aceita, chamada de core-accretion, estrelas como essas não têm “metais” em quantidade suficiente para formar os núcleos maciços de planetas gigantes. Planetas como Júpiter começam a se desenvolver no "disco" cheio de gás que envolve uma estrela jovem. O núcleo produzido por colisões entre asteroides e cometas fornece uma "semente", e quando atinge massa suficiente sua atração gravitacional rapidamente atrai gás do disco para formar o planeta.os:
Enquanto esse modelo explica bem planetas até a distância de Netuno, a cerca de 30 vezes a distância média entre a Terra e o Sol (30 unidades astronômicas), a teoria se torna problemática para mundos localizados mais longe de suas estrelas. GJ 504b fica a uma estimada distância de 43,5 unidades astronômicas de sua estrela.
"Esse está entre os planetas mais difíceis de explicar no tradicional âmbito de formação planetária", explica o astrônomo Markus Janson. "Sua descoberta implica na conclusão de que precisamos reconsiderar seriamente teorias de formação alternativas, ou até reavaliar alguns dos pressupostos básicos da teoria de core-accretion".[Fonte: Terra]

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Brasil ganha cinco medalhas na Olimpíada de Astronomia

Brasileiros mostram premiações da olimpíada de astronomia
Foto: Divulgação
A equipe brasileira obteve duas medalhas de prata e três de bronze na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA, na sigla em inglês), em Vólos, na Grécia.
Levaram prata Daniel Mitsutani (São Paulo) e Luís Fernando Valle (Guarulhos). Os bronzes foram para Fábio Kenji Arai (São Paulo), Allan dos Santos Costa (Bauru) e Larissa Fernandes de Aquino (Recife). Os líderes foram os professores Eugênio Reis (Museu de Astronomia e Ciências Afins - Mast) e Gustavo Rojas (Universidade Federal de São Carlos - UFSCar).
"As medalhas também mostram nossa evolução em eventos de conhecimento no exterior e a necessidade de mais investimentos na educação para que o País possa se destacar cada vez mais no campo científico", diz o professor João Canalle, coordenador nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).

Robô falante japonês vai ao espaço em missão histórica



O robô humanoide Kirobo é projetado para navegar em gravidade zero - Foto: Reuters


Kirobo, um pequeno robô com botas vermelhas e o corpo preto e branco, foi lançado do Japão para a Estação Espacial Internacional para testar como as máquinas podem ajudar os astronautas com seu trabalho.
O robô de língua japonesa, equipado com tecnologia de voz e de reconhecimento facial, foi embalado juntamente com toneladas de suprimentos e equipamentos para a tripulação da base de pesquisa orbital.
Lançado do Centro Espacial Tanegashima, no sudoeste do Japão, no domingo, a aeronava vai chegar ao posto na sexta-feira, segundo o site da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão. Em uma recente demonstração, Kirobo disse que "ter esperança de criar um futuro onde os seres humanos e robôs vivam bem juntos".
Como ele será responsável pelas primeiras conversas entre robôs e humanos no espaço, o principal interlocutor de Kirobo será o astronauta japonês Koichi Wakata, que deve decolar para a estação espacial com outros seis membros da tripulação em novembro. Wakata deverá assumir o comando do complexo em março. 
Kirobo - desenvolvido em conjunto pela Universidade de Tóquio, a Toyota Motor Corp e a Dentsu Inc - vai ficar no espaço até o final de 2014.
Com 34 centímetros de altura e pesando cerca de 1 quilo, Kirobo é projetado para navegar em gravidade zero e seu nome é uma combinação da palavra japonesa "kibo", que significa "esperança", e "robô".[Fonte: Terra]

Em 1 ano, Curiosity vê indícios de água e vida microbiana no passado de Marte

A sonda Curiosity completa um ano em Marte nesta terça-feira. Em metade do tempo previsto para sua missão principal, o jipe-robô já detectou que o planeta pode ter abrigado vida no passado.
"Os sucessos da nossa Curiosity - aquele dramático pouso um ano atrás e as descobertas científicas desde então - nos levam adiante na exploração espacial, em direção ao envio de humanos para asteroides e para Marte", afirma o diretor da Nasa, Charles Bolden. "Marcas de pneus hoje vão nos levar a pegadas de botas mais tarde".
Entre esses sucessos, quatro descobertas se destacam, de acordo com Duilia Fernandes de Mello, professora associada da Universidade Católica da América, de Washington, e pesquisadora associada do Goddard Space Flight Center, da Nasa: “Inspeção de pedras que parecem ser do leito de um riacho extinto, confirmação de que Marte teve água no passado, análise da composição química das rochas marcianas e confirmação de que Marte já teve condições de abrigar vida microbiana”.
Para esses avanços, a Curiosity coletou 190 gigabits de dados, enviou 36,7 mil imagens completas à Terra, disparou mais de 75 mil vezes seu raio laser, perfurou e coletou material de duas rochas e percorreu mais de 1,6 quilômetros de distância.
Primeiro sucesso

Em uma missão desse tamanho, até o pouso pode ser considerado uma conquista. Da década de 1960 até hoje, a taxa de sucesso do envio de sondas a Marte fica abaixo de 50%. E a Curiosity não é uma sonda qualquer: o jipe-robô custa US$ 2,5 bilhões, carrega aparato científico delicado e pesa quase 1 tonelada. Mesmo assim, após se desvencilhar da nave que a levou até o planeta vermelho, a representante terrestre atingiu a Cratera de Gale intacta às 2h32 do dia 6 de agosto de 2012.

Depois da viagem de oito meses e 570 milhões de quilômetros da Terra até Marte, o trabalho da sonda estava só começando. Seus objetivos eram claros: analisando o clima, a geologia e a habitabilidade de Marte, constatar se há ou se já houve vida em Marte e coletar o máximo de dados para determinar se será viável uma missão tripulada ao planeta vermelho no futuro.
Na Terra, angústia. Imediatamente após o pouso, dezenas de cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia, aguardavam em silêncio o anúncio de que a sonda havia descido com segurança. Em imagens transmitidas pela agência, ouviram-se os gritos que eclodiram pela sala ante a confirmação. Braços para o alto, choro, pulos na cadeira, abraços. “Oh god”, disse um. “Vamos ver até onde a Curiosity vai nos levar”, falou outro.

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