sexta-feira, 25 de abril de 2008

Novas imagens do Hubble mostram colisão de galáxias



O Space Telescope Science Institute divulgou nesta quinta-feira (23/04/2008) 59 novas imagens do Telescópio Hubble, para comemorar os 18 anos de seu lançamento. Fotos mostram imagens da colisão de galáxias, com elas rodando, deslizando e entrando uma na outra. O movimento pode dar origem a galáxias novas e maiores.
"Esse novo atlas do Hubble ilustra dramaticamente como as colisões de galáxias produzem uma variedade notável de estruturas complexas, em detalhes nunca vistos antes", afirmou o instituto, em um comunicado.

Imagens do telescópio Hubble mostram fusão de galáxias no Espaço; fotos estão em álbum do Space Telescope Science Institute
"Os astrônomos observam apenas uma entre as milhões de galáxias no Universo próximo em ato de colisão. Entretanto, fusões de galáxias eram muito mais comuns há muito tempo atrás, quando elas estavam mais próximas", diz o instituto.
As imagens, disponíveis na internet, representam uma visão do passado. Leva centenas de milhões de anos até que as galáxias se fundam --a luz de suas estrelas "viajaram" também por centenas de milhões de anos pelo espaço.
Como o equipamento orbita fora da atmosfera da Terra, as câmeras do Hubble podem fazer imagens extremamente nítidas. O futuro do telescópio é controverso, já que exige manutenções regulares feitas por astronautas.
Depois do desastre de 2003 com o Columbia, uma missão marcada inicialmente para 2004 foi cancelada. A Nasa (agência espacial norte-americana) chegou a pensar em abandonar o telescópio, bastante popular entre os cientistas. Depois dos protestos, a agência voltou atrás e uma missão para fazer reparos no Hubble está marcada para agosto. Em 2013, o telescópio James Webb deve substituir o Hubble. (Fonte: FolhaOnline)


sexta-feira, 4 de abril de 2008

Astrônomos descobrem o 1º trio de quasares

Astrônomos anunciaram em reunião da Sociedade Astronômica Americana na cidade de Seattle, nos Estados Unidos, a descoberta do primeiro conjunto conhecido de três quasares.
Quasar é uma poderosa fonte de energia que, acredita-se, seja acionada por buracos negros gigantescos.
Inicialmente, os pesquisadores acharam que o sistema triplo era apenas uma ilusão, causada pelo desvio de feixes de luz.
Mas uma equipe que utilizou o Observatório WM Keck do Havaí constatou que o sistema realmente envolve três buracos negros.
Cada quasar produz enormes quantidades de energia eletromagnética, inclusive luz visível e ondas de rádio.
Eles são acionados por gás que cai em um buraco negro no centro de uma galáxia. Isto acontece com mais eficácia quando galáxias colidem e se fundem.
Um único quasar pode ser milhares de vezes mais brilhante do que uma galáxia inteira com centenas de bilhões de estrelas.


Miragem
George Djorgovski, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena, e seus colegas, estudaram um sistema chamado LBQS 1429-008.
Ele foi descoberto por um outro grupo de astrônomos em 1989. Eles afirmaram que o sistema parecia envolver dois quasares.
Primeiramente, acreditava-se que um dos quasares do par era uma miragem - um fenômeno chamado efeito de lente gravitacional, que ocorre quando um objeto de grande massa se coloca no caminho da luz que emana do quasar. Isto divide os fachos de luz em dois, criando, na verdade, uma imagem dupla.
Mas desde então os astrônomos identificaram cerca de 100 mil quasares e dezenas de quasares binários genuínos.
A equipe de Djorgovski encontrou um terceiro, um quasar quase apagado, usando um dos telescópios de Keck, e medidas de um telescópio de um observatório no Chile.


Galáxia
Eles usaram um modelo de computador para ver se o fenômeno podia ser explicado por efeito de lente gravitacional. A explicação acabou não se encaixando.
Se o sistema triplo tivesse sido causado pela lente, os astrônomos deveriam ter visto quatro fontes de quasar, não três. Teria que haver algo ocultando uma das imagens.
Não havia sinal de uma galáxia, ou cluster de galáxias que poderiam ter causado o efeito de lente gravitacional.
A equipe também documentou diferenças pequenas, mas significativas nas propriedades dos três quasares.
Esta observação é muito mais fácil de entender se os três quasares são objetos fisicamente distintos, e não apenas miragens.
"Quasares são objetos extremamente raros", disse Djorgovski. "Encontrar três é sem precedentes."
Djorgovski acha que a distribuição de quasares no universo não é casual. Ele acredita que a colisão e fusão de galáxias - e os gigantescos buracos negros que residem em seus centros - podem na verdade alimentar essas potentes fontes de energia.
Isto pode explicar porque há mais do que o esperado número de quasares binários.
O quasar está sendo visto durante um período de tempo cósmico, quando tais interações entre galáxias estão em seu auge.
Estes fenômenos podem até desempenhar um importante papel na regulação do crescimento da galáxia, levando à formação de galáxias e seus gigantescos buracos negros, que acionam os quasares.
Djorgovski disse que também é possível que exista e possa ser descoberto um dia um sistema de quatro quasares. (fonte: BBCBrasil)

Planeta descoberto pode ter menos de 2 mil anos

Emissões de rádio mostram o 'planeta' no alto à direita


Pesquisadores britânicos da Universidade de St Andrews, na Escócia, detectaram um "planeta em estágio embrionário", nos arredores do nosso Sistema Solar, que pode ter menos de 2 mil anos de idade.
A descoberta foi apresentada na Reunião Nacional de Astronomia da Grã-Bretanha, em Belfast.
A equipe de astrônomos disse que detectou, em volta de uma estrela, uma bola de poeira e gás que está se transformando em um planeta gigante.
A cientista que liderou as pesquisas, Jane Greaves, afirmou que a descoberta foi uma grande surpresa e acrescentou que o crescimento do planeta pode ter sido desencadeado pela passagem de uma outra jovem estrela pelo sistema há cerca de 1,6 mil anos.
"Na verdade (o planeta) não era o que estávamos procurando. E ficamos surpresos quando encontramos. O planeta mais jovem já confirmado tem 10 milhões de anos", disse Greaves.


Disco de gás
Os cientistas começaram estudando um disco de gás e partículas rochosas em volta da estrela HL Tau, que está a 520 anos-luz da constelação de Touro e teria menos de 100 mil anos.
O disco seria gigantesco e brilhante, o que o torna um local excelente para a procura por sinais de planetas em processo de formação.
Segundo os pesquisadores a imagem que eles conseguiram é a de um planeta primitivo, ainda envolto no material presente em seu nascimento.
Foto: Simulação de computador dos astrônomos britânicos com a estrela HL Tau e o disco de gás e rochasMas existe a possibilidade de que este gigante, que é 14 vezes maior que Júpiter, seja ainda mais novo.


De passagem
Para Ken Rice, do Instituto de Astronomia de Edimburgo, na Escócia, a descoberta joga nova luz nas teorias sobre a formação de planetas.
Segundo um modelo de teoria, os planetas se formam de baixo para cima. Observando este cenário, as partículas de material rochoso colidem e "grudam" umas nas outras, formando um objeto cada vez maior.
Para Rice o planeta primitivo perto da estrela HL Tau se formou de maneira relativamente rápida quando uma região do disco sofreu um colapso, formando uma estrutura independente. Isto poderia ter ocorrido devido à instabilidade no próprio disco.
E, o mais intrigante, uma outra jovem estrela na mesma região, chamada XZ Tau, pode ter passado bem próxima da HL Tau, há cerca de 1,6 mil anos.
Apesar de isso não ser necessário para a formação de um novo planeta, é possível que a passagem desta estrela tenha perturbado o disco, tornando-o instável. E, em termos astronômicos, este evento é muito recente.
"É possível que (a estrela XZ Tau) tenha dado 'puxão' em um lado do disco em volta da HL Tau, o que fez com que ele ficasse instável, e este foi o 'gatilho' para que o planeta se formasse", disse Rice.
"Se o planeta foi formado nos últimos 1,6 mil anos, este evento seria incrivelmente recente", acrescentou o cientista. (Fonte: BBCBrasil)


Astronomia - Via Láctea pode ter 'centenas de planetas' propícios à vida.
Planeta Vermelho - NASA: Marte teria sido salgado demais para abrigar vida.
Astronomia - Novas fotos sugerem atividade vulcânica em Mercúrio.
Espaço - Buracos negros 'podem estar vagando' pela galáxia.
Espaço - Astrônomos descobrem novo planeta.

Cientistas descobrem menor buraco negro já detectado

Foto de arquivo de ilustração da Nasa de um buraco negro. A descoberta do menor buraco negro já detectado por parte de dois cientistas da Nasa deve ser motivo de preocupação para os futuros viajantes do espaço, pois esse fenômeno poderá aprisioná-los e transformar o mais forte dos astronautas em espaguete. Foto:/AFP
A descoberta do menor buraco negro já detectado por parte de dois cientistas da Nasa deve ser motivo de preocupação para os futuros viajantes do espaço, pois esse fenômeno poderá aprisioná-los e transformar o mais forte dos astronautas em espaguete.
Pequeno, porém forte, com uma massa de apenas 3,8 vezes o tamanho do Sol e com um diâmetro de pouco mais de 24 quilômetros, este buraco negro detectado na Via Láctea "revoluciona verdadeiramente os limites", ressaltou o autor da descoberta, Nikolai Shaposhnikov, do centro espacial Goddard da Nasa em Greenbelt (Maryland, leste).
"Há vários anos, os astronautas queriam saber qual poderia ser o menor tamanho de um buraco negro, e este 'rapazinho' nos faz dar um grande passo para responder a esta pergunta", acrescentou.
Apesar de seu tamanho, os futuros astronautas têm muito com o que se preocupar, assegurou Shaposhnikov. Os miniburacos negros exercem uma força de atração muito maior que os gigantes, que se encontram no centro das galáxias. De fato, os objetos pequenos são mais perigosos que os grandes.
"Se você se aventurar muito próximo deste buraco negro, a gravidade transformará seu corpo em um espaguete todo estirado", disse, em tom jocoso, o astrofísico, ressaltando a importância "crucial" do satélite da Nasa RXTE para que essas descobertas tenham siso realizadas.
Este pequeno buraco negro, cujo campo gravitacional é tão intenso que impede qualquer forma de matéria ou radiação, foi detectado ao sul de nossa galáxia, na constelação Ara.
O satélite de raios X da Nasa, RXTE (Rossi X-ray Timing Explorer), descobriu em 2001 esta dupla formada por uma estrela e o buraco negro, batizado de XTE J1650-500, mas não determinou sua massa.
Shaposhnikov e seu colega Lev Titarchuk apresentaram sua descoberta na reunião da Sociedade Americana de Astronomia em Los Angeles (oeste dos Estados Unidos).
Os buracos negros não podem ser observados diretamente, mas são detectáveis graças ao seu impacto sobre seu ambiente. Os cientistas também observaram a matéria aprisionada pelo buraco negro, aquecida a temperaturas consideráveis antes de ser tragada, e que emitem uma torrente de raios X.
Baseando-se na medida da intensidade dos raios X, os astrônomos conseguiram determinar a massa do buraco negro e calcularam que é de 3,8 vezes a do Sol. Esta massa é muito inferior à do menor buraco negro descoberto anteriormente: 6,3 vezes a massa do Sol.
A detecção de um buraco negro tão pequeno tem uma importância capital para a pesquisa em Física.
Uma estrela ao se extinguir pode se tornar uma estrela de nêutrons ou um buraco negro. Os astrofísicos estimam que a diferença entre a formação de um buraco negro e a de uma estrela de nêutrons é de entre 1,7 e 2,7 vezes a massa do Sol.
A definição deste limite será fundamental porque permitirá aos cientistas saber mais sobre o comportamento da matéria submetida a condições de uma densidade extaordinariamente alta.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Não, o Cosmo não vai parar de crescer

Ritmo de expansão do Universo não mudou desde o Big Bang.

Uma das grandes questões da Cosmologia é saber se o Universo vai se expandir para sempre (como vem se expandindo desde o Big Bang, há cerca de 15 bilhões de anos-luz) ou se um dia vai se encolher de novo até virar um ponto ínfimo. A resposta depende fundamentalmente da concentração de matéria que existe no Cosmo. Só com uma alta concentração a atração da gravidade puxaria os corpos de volta. Dois times de astrônomos americanos, da Universidade da Califórnia e do Instituto Harvard-Smithsonian, acham que a primeira hipótese vai prevalecer. Eles analisaram o brilho de supernovas (estrelas explodindo, no fim da vida) muito longe da Terra. A mais distante (e antiga) delas está a 7,5 bilhões de anos-luz, a meio caminho entre o Big Bang e os dias atuais. E verificaram que o ritmo de expansão do Universo não mudou praticamente nada de lá para cá. Ou seja, tudo indica que o Cosmo vai se inflar ainda mais. (Fonte: Super Arquivo)

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