terça-feira, 18 de novembro de 2014

Sonda Philae detecta moléculas orgânicas em cometa, base da vida na Terra


Pousada em um cometa, a sonda europeia Philae "cheirou" moléculas orgânicas contendo o elemento carbono, a base da vida na Terra, antes de sua bateria primária ficar sem energia e desligar, afirmaram cientistas alemães.
Eles disseram ainda não estar claro se as moléculas incluem os compostos complexos que formam as proteínas. Um dos principais objetivos da missão é descobrir se compostos à base de carbono --e através deles, em última instância, a vida-- foram trazidos à Terra por cometas.
A sonda Philae pousou no cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko após uma jornada de 10 anos no espaço a bordo do nave Rosetta em uma missão que pretende desvendar detalhes sobre como os planetas, e talvez até a vida, evoluíram.
A sonda encerrou sua missão de 57 horas na superfície do cometa no sábado, depois de enviar os dados de uma série de experimentos para a Terra por rádio até sua bateria acabar.
Os cometas datam da formação de nossa sistema solar e preservaram moléculas orgânicas antigas, como uma cápsula do tempo.
O instrumento de análise de gás da Philae, conhecido como Cosac, conseguiu "cheirar" a atmosfera e detectar as primeiras moléculas orgânicas depois do pouso, informou o Centro Aeroespacial Alemão (DLR, na sigla em alemão).
A sonda também perfurou a superfície do cometa em busca de moléculas orgânicas, embora ainda não esteja claro se a Philae conseguiu uma amostra para ser analisada pelo Cosac.
Também a bordo da sonda está a ferramenta Mupus, que analisa a densidade e as propriedades térmicas e mecânicas da superfície do cometa que não é tão macia quanto se pensava.
Um sensor térmico deveria penetrar a 40 centímetros da superfície, mas isso não aconteceu, apesar de o martelo utilizado ter sido calibrado em seu nível máximo.
O DLR especula que, depois de atravessar uma camada de pó de 10 a 20 centímetros de espessura, o sensor atingiu uma camada de material que se estima ser tão dura quanto gelo.
“É uma surpresa. Não esperávamos um gelo tão duro no solo”, disse Tilman Spohn, que lidera a equipe responsável pelo Mucus no DLR, em um comunicado nesta terça-feira.
Spohn afirmou que o Mupus poderia ser usado novamente se houver luz solar suficiente para recarregar as baterias da Philae, o que os cientistas esperam acontecer à medida que o cometa se aproximar do sol.[Fonte: R7]

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Chuva de meteoros poderá ser vista nessa madrugada



 Chuva de meteoros poderá ser vista na madrugada de hoje (Foto: Reprodução)

O mês de novembro é marcante para os apaixonados por astronomia. Todos os anos, durante esse período, a chuva de meteoros Leonídeas pode ser vista pelos brasileiros. Na passagem do dia 17 para o dia 18 de novembro, as pessoas terão a chance de vivenciar um dos shows celestes mais bonitos do hemisfério sul.

No geral, especialistas imaginam que a chuva deste ano será apenas “moderada” – com uma média de 10 a 15 meteoros por hora. Mas este tipo de evento é extremamente imprevisível, registrando picos de atividade muito mais intensos em determinados anos.

Estima-se que o melhor horário para observar as estrelas cadentes será pouco antes do amanhecer, entre 4h30 e 5h da manhã. Para conseguir ver os astros com as melhores condições, recomenda-se manter distância dos grandes centros e procurar por lugares com ausência de nuvens, de preferência pontos altos e de baixíssima iluminação. O radiante da chuva será na região da constelação de Leão: para encontrá-la, basta olhar na direção nordeste.

A aparição desses corpos luminosos está associada ao movimento da Terra em torno do Sol. Durante tal período, o planeta encontra um ponto em sua órbita onde estão localizadas essas partículas, no formato de nuvem. As Leonídeas são compostas por restos do cometa Tempel-Tuttle, identificado em 1865. Essas partículas acompanham as órbitas dos cometas em torno do Sol e por isso se encontram com a Terra.[Fonte: Galileu]

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

ESA divulga 'canto' produzido por cometa



(Foto: AP)

A Agência Espacial Europeia divulgou nesta quinta-feira o “canto” do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, onde o robô Philae conseguiu pousar após se desprender da sonda Rosetta em um feito inédito na história da humanidade. O som, inaudível para os seres humanos, teve que ser aumentado 10 mil vezes para ser distinguido. Ouça aqui!

Chamado de "música" pelos próprios pesquisadores, o registro foi captado pela nave espacial Rosetta, que permanece na órbita do corpo celeste.

"Isso é emocionante porque é completamente novo para nós. Não esperávamos isso e ainda estamos tentando entender a física do que está acontecendo", explicou Karl-Heinz Glabmeier, chefe de departamento de Física Espacial Universidade de Tecnologia de Braunschweig, da Alemanha, ao blog RESA Rosetta.

De acordo com a publicação, o som provavelmente é produzido pela atividade do cometa, que solta partículas neutras no espaço, onde colidem com outras partículas de alta energia. “O mecanismo físico exato por trás das oscilações permanece um mistério", continuou o pesquisador.

Postado no SoundCloud, o som já se tornou febre entre os internautas. Alguns acreditam que o “canto” é feito por alienígenas. Outros já usaram o arquivo para criar músicas. O áudio foi ouvido mais de 1 milhão de vezes desde que foi postado.

Primeiro dia na superfície do cometa
O módulo Philae continua ativo nesta quinta-feira sobre a superfície do cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko, após uma aterrissagem bastante complexa e já enviou os primeiros dados, entre eles imagens.

Na manobra de aterrissagem, dois arpões com os quais o Philae se prenderia à superfície do cometa não funcionaram e um sistema para fixar o módulo sobre o cometa também falhou, de acordo com informações veiculadas no Twitter.

Por isso, foi necessário corrigir a manobra até conseguir a aterrissagem correta. A sonda Rosetta lançou na quarta-feira o módulo Philae sobre o cometa, quando se encontrava a uma distância de 22 quilômetros.

Philae, que tem o tamanho de uma geladeira e 98 quilos de peso, aterrissou sete horas depois sobre o cometa para analisar sua composição. Os cometas são os corpos celestes mais antigos do Universo e acredita-se que podem ter levado água para a Terra. [Fonte: Yahoo]

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Módulo Philae aterrissa sobre superfície de cometa



(Foto: AP)

 O módulo Philae aterrissou nesta quarta-feira com sucesso sobre a superfície do cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko, no qual ficará por vários meses para estudá-lo a fundo. A aterrissagem ocorreu em uma zona chamada Agilkia e o módulo se alimentará de energia solar.
A Agência Espacial Europeia (ESA) informou, a partir do centro de controle de operações da cidade de Darmstadt (Alemanha) que a aterrissagem aconteceu às 16h02 GMT (14h02 de Brasília).

O objetivo da missão é estudar a composição do astro. O chefe da missão Rosetta, da Agência Espacial Europeia (ESA), Paolo Ferri, informou na segunda-feira do centro de controle de operações na cidade de Darmstadt, na Alemanha, que o Philae enviou um sinal de telemetria ao satélite Rosetta confirmando seu funcionamento.

O diretor de voo do Rosetta, Andrea Acommazzo, confirmou com um sorriso e entre aplausos a chegada dos dados de telemetria do Philae e do Rosetta.

A separação do módulo Philae aconteceu às 7h03 (de Brasília), mas a hora deve ser descontada em 28 minutos, tempo que a telemetria demora a chegar na Terra.

Foi a primeira vez que uma espaçonave chegou  tão perto de um cometa, algo que os especialistas compararam em importância científica e complexidade técnica à chegada à Lua ou à missão japonesa Hayabusa, que em 2005 realizou testes na superfície de um asteroide.

A sonda europeia Rosetta chegou em agosto próximo ao cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko, após uma viagem de dez anos através do Sistema Solar para estudar sua origem. O cometa não está ativo pois se encontra a uma distância de 450 milhões de quilômetros do Sol.

A ESA vai estudar detalhadamente o desenvolvimento da cauda do cometa, investigar a água que existe dentro do astro e a sua expulsão, analisar que tipo de água se trata e se é semelhante a da Terra. Com isso, será possível descobrir se foram os cometas que trouxeram água para a Terra.

A agência espacial também estudará se existem moléculas complexas no astro -origem da vida- e se foram os cometas quem podem tê-las trazidos para a Terra. [Fonte: Yahoo]

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