terça-feira, 8 de março de 2016

“Um grande passo de volta no tempo”: Telescópio Hubble descobre a galáxia mais antiga e distante do universo

O telescópio espacial Hubble detectou a galáxia mais antiga de que se tem notícia — um verdadeiro vislumbre dos primórdios do próprio tempo, apenas 400 milhões após o Big Bang.


A galáxia está tão distante, que sua luz leva 13,4 bilhões de anos para chegar à Terra.
Ela foi encontrada por uma equipe internacional, liderada por pesquisadores da Universidade de Yale.
“Nós demos um grande passo de volta no tempo, muito além do que esperávamos que fosse possível fazer com o Hubble. Nós vimos a galáxia em um momento em que o universo tinha apenas 3% de sua idade atual, muito perto da chamada Idade das Trevas do Universo,” declara o astrônomo Pascal Oesch, líder da investigação.
Descrita por seus descobridores como “surpreendentemente brilhante,” a galáxia, chamada GN-z11, está localizada na direção da constelação da Ursa Maior.
A equipe de pesquisadores usou a câmera de campo largo 3 do Hubble, para medir a distância até a GN-Z11 com precisão e espectroscopicamente, dividindo as cores da luz.
Os astrônomos medem grandes distâncias determinando o desvio para o vermelho (também conhecido pelo termo inglês redshift) de uma galáxia — um fenômeno causado pela expansão do universo. 
Cientistas descobriram uma nova galáxia chamada GN-Z11, que se encontra a 13,4 bilhões de anos luz de distância.
Cada objeto distante no universo parece estar se afastando de nós, porque sua luz é alongada para comprimentos de onda maiores e mais vermelhos: quanto maior o desvio para o vermelho, mais distante se encontra a galáxia.
“Para nossa surpresa, o Hubble mediu um desvio para o vermelho de 11,1, muito maior do que o recorde anterior de 8,7. É um feito extraordinário para o telescópio, visto que ele conseguiu superar telescópios terrestres, que eram bem maiores e mantiveram os recordes das distâncias anteriores durante anos”; afirmou Pieter van Dokkum do Departamento de Astronomia da Universidade de Yale
Os pesquisadores disseram que a GN-z11 é 25 vezes menor do que a Via Láctea em tamanho, e tem 1% da massa de nossa galáxia em estrelas. No entanto, a recém-descoberta GN-z11 está crescendo rapidamente, formando estrelas com uma rapidez 20 vezes maior do que a de nossa galáxia, a Via Láctea.
Isso faz com que essa galáxia tão remota seja brilhante o suficiente, para que o Hubble a encontre e realize observações detalhadas.[Fonte: Yahoo]

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