quinta-feira, 28 de julho de 2011

Astrônomos descobrem o primeiro asteroide 'troiano' da Terra

Como um cachorro na coleira, a Terra tem um asteroide que acompanha sua órbita ao redor do Sol. Conhecidos como "troianos", esses objetos foram identificados pela primeira vez ao redor de Júpiter e ficam em ou próximos de um dos cinco pontos do espaço nos quais a força da gravidade de um planeta e a do Sol estão em equilíbrio, permitindo que tenham órbitas relativamente estáveis. Usando dados do observatório espacial infravermelho Wise, da Nasa, astrônomos conseguiram localizar o primeiro deles no caminho que a Terra faz anualmente ao redor de nossa estrela.
Batizado 2010 TK7, o asteroide de cerca de 300 metros de diâmetro atualmente está próximo do ponto conhecido como Lagrange 4 (L4) da órbita terrestre, 60 graus à frente do nosso planeta. O nome dos pontos é uma homenagem ao astrônomo Joseph Louis Lagrange, que em 1772, usando a recém descoberta Teoria da Gravitação Universal de Isaac Newton, calculou onde eles estariam.
O 2010 TK7, no entanto, não está exatamente no L4. As observações indicam que na verdade ele oscila a sua volta, fazendo com que também varie sua órbita para o ponto Lagrange 3 em períodos de cerca de 400 anos. Localizado diretamente no lado oposto da Terra com relação ao Sol, objetos no L3 não podem ser observados de nosso planeta. Os outros pontos estão entre a Terra e o Sol (L1), atrás da Terra na mesma direção (L2), e 60 graus atrás da órbita do nosso planeta (L5). Previsto para ser lançado em 2015, o telescópio espacial James Webb, da Nasa, deverá orbitar em torno do L2, onde o sombra da Terra ajudará a proteger seus sensíveis instrumentos da radiação solar.
A descoberta, publicada na edição desta semana da revista "Nature", faz da Terra o quarto planeta do Sistema Solar com pelo menos um asteroide troiano conhecido. Além de Júpiter, com cerca de 5 mil destes fiéis seguidores, Marte e Netuno têm sua cota de "acompanhantes". E como todos os outros troianos, que não apresentam risco de se chocarem com seus planetas, o 2010 TK7 também não deverá colidir com a Terra, chegando a um distância não menor do que pelo menos 20 milhões de quilômetros a cada 395 anos, desde que outras forças não o tirem de sua atual oscilação estável. [Fonte: Yahoo]

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Chuva em lua de Saturno explica mistério de origem da água no planeta

Um mistério de 14 anos, a origem da água na atmosfera de Saturno, foi explicado pelos cientistas nesta semana após uma análise de uma das mais de 60 luas do planeta: Encélado. O satélite recoberto de gelo “chove” no planeta abaixo, afirmam os pesquisadores.

Encélado 'derramando' água em imagem feita pelo telescópio espacial Herschel (Foto: NASA/JPL/Space Science Institute )

Há quase uma década e meia, os astrônomos investigavam a origem do vapor de água na atmosfera de Saturno. Agora, o telescópio espacial Herschel observou um verdadeiro anel de vapor em volta do planeta, com um formato consistente com a órbita de Encélado.
É a primeira vez que algo do tipo é observado no Universo. Nunca antes foi detectada uma lua capaz de alterar a composição química de seu planeta.
O sexto maior satélite de Saturno, Encélado é muito estudado por ser um dos melhores candidatos no Sistema Solar para abrigar vida. Com sua superfície recoberta por gelo e intensa atividade vulcânica, a lua derrama cerca de 250 quilos de vapor de água por segundo. Cerca de 5% disso acaba caindo no planeta – o resto ou se perde no espaço ou se congela nos anéis de Saturno.


Imagem mostra a água saindo da lua e alimentando o anel E de Saturno (Foto: NASA/JPL/Space Science Institute ) [Fonte: G1]




domingo, 17 de julho de 2011

O Universo tem um eixo central de rotação?

Nova pesquisa sugere que o formato do Big Bang pode ser mais complicado do que se pensa. Como há mais galáxias espirais girando em um sentido do que em outro, pode ser que o Universo tenha um eixo central de rotação.
[Imagem: NASA, ESA]

Nova pesquisa sugere que o formato do Big Bang pode ser mais complicado do que se pensa. Como há mais galáxias espirais girando em um sentido do que em outro, pode ser que o Universo tenha um eixo central de rotação. Pesquisadores estão levantando dúvidas sobre a pressuposta simetria do Universo. Seus cálculos parecem sugerir que, no seu início, nosso Universo girava sobre um eixo central. E que esse movimento de rotação influenciou a formação das galáxias. Os físicos e astrônomos há muito tempo acreditam que o Universo tem uma simetria de espelho, como uma bola de basquete. A imagem espelhada de uma galáxia girando no sentido horário teria, obviamente, o sentido anti-horário de rotação. Mas se os astrônomos encontrarem um número maior de galáxias girando num sentido do que em outro, isto seria uma evidência de uma quebra de simetria, ou, no jargão da física, uma violação de paridade em escala cósmica.

Para aferir isso, Michael Longo e uma equipe da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, catalogaram o sentido de rotação de dezenas de milhares de galáxias espirais fotografadas pelo projeto Sloan Digital Sky Survey, que faz a catalogação de galáxias e que recentemente divulgou a maior imagem já feita do Universo. E o grupo do Dr. Longo descobriu exatamente isso, que as galáxias têm uma “preferência” para girar em uma direção.

Eles descobriram um excesso de galáxias com rotação anti-horária na parte do céu em direção ao pólo norte da Via Láctea. O efeito se estende por mais de 600 milhões de anos-luz de distância. “O excesso é pequeno, cerca de 7 por cento, mas a chance de que ele possa ser um acidente cósmico é algo como 1 em um 1.000.000”, explica Longo. “Estes resultados são extremamente importantes porque parecem contradizer a noção quase universalmente aceita de que, em escalas suficientemente grandes, o universo é isotrópico, sem nenhuma direção especial.”

O trabalho fornece novos insights sobre a forma do Big Bang. Um Universo simétrico e isotrópico teria começado com uma explosão esfericamente simétrica, em forma de uma bola. Se o Universo nasceu girando, por sua vez, afirma Longo, ele teria um eixo preferencial, e as galáxias teriam mantido esse movimento inicial. Então, será que o nosso Universo ainda está girando, em um movimento de rotação universal? “Pode ser”, diz Longo. “Eu acho que este resultado sugere que é.”

Como o telescópio do projeto Sloan está nos Estados Unidos, os dados que os pesquisadores analisaram vieram na maior parte do hemisfério norte do céu. Um teste importante dos resultados será verificar se há um excesso de galáxias em espiral com sentido horário no hemisfério sul. Essa pesquisa já está em andamento. [Fonte: Inovação tecnológica]

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Diretor da Nasa diz que crianças de hoje vão caminhar em Marte

Charles Bolden, diretor da Nasa, agência espacial americana, disse nesta terça-feira (12/07/2011) que o fim da era dos ônibus espaciais não significa o fim das viagens tripuladas ao espaço e destacou que "as crianças de hoje caminharão em Marte".
Bolden discursou à Comissão de Ciência, Espaço e Tecnologia da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, cujos membros foram muito críticos com a agência espacial americana, e em particular com seu diretor, por não ter preparado um veículo para substituir os ônibus espaciais.
O presidente da comissão, o republicano Ralph Hall, lembrou que a audiência foi convocada há meses para que Bolden falasse sobre os custos, as capacidades, o programa de desenvolvimento e como seria o novo veículo espacial. No entanto, nove meses depois de o presidente americano, Barack Obama, assinar a lei de autorização de verbas para a Nasa, que incluía cláusulas para selecionar a próxima nave tripulada e o sistema de lançamento, Bolden não anunciou em que veículo os Estados Unidos trabalharão.
Hall considerou o silêncio da Nasa um "insulto" para os membros da comissão e uma "vergonha" para os que querem "preservar", "proteger" e "defender" a liderança dos Estados Unidos na prospecção espacial.
- Estamos vendo a Nasa pagar, por viagens à estação espacial, países que poderiam não ter em mente os melhores interesses dos Estados Unidos.
Os astronautas americanos que viajarem a partir de agora à ISS terão de fazê-lo a bordo das naves russas Soyuz. Por isso, terão de pagar mais de R$ 63,24 milhões (US$ 40 milhões).
Além disso, cada viagem poderá ter no máximo dois americanos.
Bolden defendeu que o fim da era dos ônibus espaciais não representa o fim da prospecção espacial americana. Pelo contrário, segundo ele, a Nasa pretende alcançar um asteroide até 2025 e liderar uma missão tripulada a Marte até 2030.
- As crianças de hoje não voarão nos ônibus espaciais, mas caminharão em Marte. [Fonte: R7]

Astronauta da ISS tuíta foto em órbita da Terra

O astronauta Ronald Garan tuitou nesta quarta-feira (13/07/2011) uma foto feita durante a caminhada espacial realizada na terça. A imagem foi feita por Michael Fossum, o parceiro de Garan durante a saída ao espaço.

Garan costuma publicar imagens feitas em órbita da Terra em sua conta.

Muitos astronautas mantêm contas no Twitter. A Nasa mantém uma lista com todos os tuíteiros em órbita. Ela é atualizada sempre que uma nova tripulação chega ao espaço. Siga:

- @astro_ferg
O comandante do Atlantis Chris Ferguson. Em inglês.

- @astro_doug
O piloto do Atlantis Doug Hurley. Em inglês.

- @astro_sandy
A especialista de missão do Atlantis Sandy Magnus. Em inglês.

- @astro_rex
O especialista de missão do Atlantis Rex Walheim. Em inglês.

- @astro_ron
O americano Ronald Garan, na ISS. Em inglês.

- @astro_aggie
O americano Michael Fossum, na ISS. Em inglês.

- @astro_satoshi
O japonês Satoshi Furukawa, na ISS. Em inglês e japonês.

Outros:

- @Nasa
Canal oficial da agência americana. Em inglês.

- @astro_pontes
Astronauta brasileiro Marcos Pontes acompanha de Houston a missão e posta os detalhes em português.

- @Lori_Garver
Administradora assistente da Nasa. Em inglês.

- @NASAKennedy
Canal do Centro Espacial Kennedy. Em inglês.

[Fonte: G1]

Foto da Nasa mostra limite entre atmosfera da Terra e o espaço


A Nasa divulgou uma foto do que seria o limite da atmosfera da Terra, tirada por astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A imagem mostra exatamente onde termina a atmosfera do planeta Terra e onde começa o espaço.

A foto foi captada quando o ônibus espacial Endeavour estava acoplado à ISS.

A nave Endeavour deve chegar de seu retorno à Terra nesta quarta-feira (1º), no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, às 14h35 (horário local) e 13h35 (horário de Brasília).

    [Fonte: noticias.r7.com]

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cientistas descobrem peróxido de hidrogênio no espaço

A assinatura característica da radiação emitida pelo peróxido de hidrogênio foi encontrada em parte das nuvens de Rho Ophiuchi
Foto: ESO/Divulgação
O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou pela primeira vez, que uma equipe internacional de astrônomos encontrou moléculas de peróxido de hidrogênio no espaço. A descoberta pode fornecer pistas sobre a ligação química entre duas moléculas indispensáveis à vida: água e oxigênio.
O peróxido de hidrogênio (que em solução aquosa é a conhecida água oxigenada) é um elemento chave na química da água e do ozônio na atmosfera do planeta. Os astrônomos utilizaram o telescópio Atacama Pathfinder Experiment (APEX), situado no Chile e operado pelo ESO.
A equipe observou a região da Via Láctea localizada próxima da estrela Rho Ophiuchi, na constelação Ofiúco, a cerca de 400 anos-luz de distância. A região contém nuvens densas de gás e poeira cósmica, muito frias (cerca de -250 °C), onde novas estrelas se estão se formando. As nuvens são principalmente constituídas de hidrogênio, mas contêm traços de outros elementos químicos e são alvos principais na procura de moléculas no espaço. Telescópios como o APEX, que observam na região de comprimentos de onda do milímetro e submilímetro, são ideais para detectar sinais vindos destas moléculas.
"Sabíamos, por experiências laboratoriais, quais os comprimentos de onda que devíamos procurar, mas a quantidade de peróxido de hidrogênio na nuvem é apenas de uma molécula para dez bilhões de moléculas de hidrogênio, por isso para a detecção ser possível são necessárias observações muito cuidadosas", disse Per Bergman, astrônomo do Observatório Espacial Onsala, na Suécia. Bergman é o autor principal do estudo, publicado na revista especializada Astronomy & Astrophysics.
Crê-se que o peróxido de hidrogênio se forme no espaço na superfície de grãos de poeira cósmica - partículas muito pequenas semelhantes a areia e cinza - quando o hidrogênio (H) se adiciona a moléculas de oxigênio (O2). Uma reação adicional do peróxido de hidrogênio com mais hidrogênio é uma das maneiras de produzir água (H2O). Esta nova detecção de peróxido de hidrogênio ajudará por isso os astrônomos a compreender melhor a formação de água no Universo.
"Não sabemos ainda como é que algumas das mais importantes moléculas existentes na Terra se formam no espaço. Mas a nossa descoberta de peróxido de hidrogênio com o APEX parece indicar-nos que a poeira cósmica é o fator que falta no processo", diz Bérengère Parise, co-autor do artigo científico e diretor do grupo de investigação de formação estelar e astroquímica Emmy Noether do Instituto Max-Planck de Rádio Astronomia na Alemanha. [Fonte: Terra]

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Descoberto Quasar mais distante já visto da Terra...

AFP PHOTO / ESO/ M. Kornmesser

A imagem acima é uma impressão artística do quasar mais distante da Terra divulgada pelo Observatório do Sul Europeu (ESO). Em 29 de junho, astrônomos da ESO disseram ter capturado luz de uma “galáxia” antiga e brilhante com um buraco negro super massivo em seu centro. Esse fenômeno é chamado quasar, um objeto astronômico similar a uma galáxia e extremamente brilhante com um buraco negro no núcleo.
Quasares são os maiores emissores de energia do universo, um deles pode liberar até mil vezes mais energia do que uma galáxia inteira. Eles são muito grandes para ser considerados estrelas e pequenos para serem classificados como galáxias, são objetos astronômicos distintos.

Como não existem quasares em nossa galáxia, só sabemos da existência de objetos como esse porque captamos as ondas de rádio que eles emitem com nossos radiotelescópios. Toda a imagem de quasar não é verdadeira, mas um impressão artística baseada em interpretações científicas de como seria sua forma.
Chamado de ULAS J1120+0641, esse quasar emite uma luz vermelha que ajuda os cientistas a calcularem sua distância da Terra. Sua luz leva 12,9 bilhões de anos para chegar até nós. Sua massa é duas bilhões de vezes a do Sol.

O quasar é representado pelo pontinho vermelho no centro da imagem. // AFP PHOTO / ESO/UKIDSS/SDSS
Essa outra imagem feita com base nos resultados das pesquisas Sloan Digital Sky e UKIRT Infrared Deep Sky mostra o quasar como um ponto avermelhado no centro. Além de ser o mais distante encontrado, ele é visto por nós como se estivesse há “apenas” 770 milhões de anos após o Big Bang, explosão que gerou o universo. O que, para a astronomia, é pouco tempo. Por isso, a descoberta pode ajudar a explicar aspectos do início do Universo.[Fonte: Galileu]

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