Mostrando postagens com marcador Europa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Europa. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Antiga nave da Nasa aponta para nova evidência de água em lua de Júpiter





A lua gelada de Júpiter, Europa, em uma imagem da Nasa

Um novo olhar sobre dados de um sobrevoo de 1997 da lua de Júpiter Europa sugere que a espaçonave Galileo da Nasa voou diretamente através de uma pluma de água, aumentando as esperanças de encontrar sinais de vida em torno do segundo planeta do Sistema Solar a partir da Terra.
As revelações, divulgadas nesta segunda-feira (14/05/2018), vieram depois que os cientistas revisitaram uma leitura intrigante de um instrumento a bordo do Galileo, que em 1995 se tornou a primeira nave espacial a entrar na órbita de um planeta gigante gasoso.
O que eles encontraram foi a evidência mais direta até hoje de plumas emergindo da superfície congelada de Europa, relataram pesquisadores na revista científica Nature Astronomy.
Os cientistas acreditam que Europa abriga um oceano salgado com o dobro do tamanho do nosso.
Dada a suspeita de abundância de água morna e líquida sob sua camada de gelo espessa, esta lua é considerada uma "candidata principal" pela Nasa a abrigar vida no sistema solar, além da Terra.
Nos últimos anos, o Telescópio Espacial Hubble da Nasa detectou evidências de plumas em Europa, mas de longe.
O Galileo chegou muito mais perto durante seus 11 sobrevoos da Europa.
"Em uma passagem particular por Europa, a nave chegou muito, muito perto da superfície - que eu me lembre a menos de 150 quilômetros acima da superfície - e foi nessa passagem que vimos assinaturas que nós nunca realmente entendemos", disse Margaret Kivelson, professora emérita de física espacial da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, na Nasa TV.
Essa região estava em uma área onde o Telescópio Espacial Hubble havia detectado repetidas evidências de plumas.
Quando outro pesquisador apresentou recentemente descobertas sobre a coleção de observações do Hubble, "isso nos levou a perceber que precisávamos voltar e examinar os dados da Galileo", disse Xianzhe Jia, professor associado da Universidade de Michigan, em Ann Arbor.
Para o novo estudo, os especialistas mediram as variações no campo magnético da lua e nas ondas de plasma, com base nos dados obtidos durante o sobrevoo de perto de Galileu, e descobriram que elas eram "consistentes" com o cruzamento de uma pluma pela nave espacial.
"Esses resultados fornecem fortes evidências independentes da presença de plumas na Europa", escreveram na Nature.
A equipe reconstruiu o caminho da espaçonave para identificar a localização da pluma na superfície da lua.
"Essas descobertas ajudarão a planejar missões futuras à Europa, como a Europa Clipper, da Nasa, e a nave Jupiter Icy Moons Explorer, da ESA, ambas previstas para chegar a Júpiter entre o final da década de 2020 e início da década de 2030", disse um resumo da Nature.
- Perguntas permanecem -
A Nasa havia relatado evidências duas vezes, a partir de seu Telescópio Espacial Hubble, da existência de plumas de água em Europa, embora essa interpretação tenha causado muito debate.
E muitas questões permanecem sobre o que as plumas contêm, e se isso inclui alguma forma de vida.
Elizabeth Turtle, pesquisadora do Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins em Laurel, Maryland, disse que o oceano subterrâneo "é provavelmente a parte mais habitável de Europa porque é mais quente e protegida do ambiente de radiação pela camada de gelo".
E se as plumas entrarem em erupção como gêiseres, "pode ​​haver maneiras do material do oceano sair para cima da camada de gelo, e isso significa que poderíamos testá-lo", disse.
O relatório foi descrito pela Nasa como uma "boa notícia" para a missão não tripulada Europa Clipper, um empreendimento de US$ 8 bilhões com lançamento previsto para junho de 2022 e planos de uma série de sobrevoos de baixa altitude em Europa, quando poderia obter amostras do líquido congelado e de partículas de poeira.
"Agora parece haver muitas linhas de evidência para descartar plumas na Europa", disse Robert Pappalardo, cientista do projeto Europa Clipper no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em Pasadena, Califórnia.
"Se existem plumas, e podemos testar diretamente o que vem do interior de Europa, então podemos mais facilmente saber se Europa tem os ingredientes para a vida", disse em um comunicado.
A Galileo foi lançada em 1989 para examinar o quinto planeta a partir do sol.
Antes de terminar sua missão em 2003, com uma queda planejada na atmosfera de Júpiter, Galileu reportou os primeiros dados sugerindo um oceano de água líquida sob a superfície de Europa.(Fonte: Yahoo)

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Nasa afirma ter encontrado possíveis evidências de vida em lua de Júpiter

Um assunto que sempre desperta o interesse das pessoas é se existe vida fora do planeta Terra. Informações divulgadas nesta segunda-feira (26/09/16) colocam a humanidade um passo mais perto de ter uma resposta para essa questão: a Nasa disse que encontrou evidências numa lua de Júpiter chamada Europa.
Através do telescópio Hubble, os cientistas puderam ver vapor de água, que se transforma em chuva, sobre a superfície dessa lua. Portando uma quantidade duas vezes maior de água do que os oceanos do nosso planeta, a lua Europa é uma forte candidata a abrigar vida fora da Terra. Toda essa água está coberta por uma camada extremamente dura de gelo.
Como na Terra a vida é encontrada onde há água, energia e nutrientes, os cientistas estão muito esperançosos sobre essa possível descoberta em Júpiter. Duas missões estão em andamento para ir até a lua Europa e recolher amostras que possam dizer se o vapor é mesmo água.
Esta imagem mostra nuvens de vapor de água em erupção fora do membro da lua de Júpiter Europa
Foto: Reprodução/ NASA

domingo, 22 de maio de 2016

NASA encontra mais evidências de que pode ter havido vida na lua Europa



Cientistas encontraram evidências de que a Europa, uma das 67 luas conhecidas de Júpiter, pode ter sido lar de vida alienígena dentro de seus oceanos congelados. A pequena lua já havia sido declarada pela NASA como "o lugar mais provável para se encontrar vida em nosso sistema solar atualmente", graças aos oceanos profundos e salgados que muitos suspeitam esconder algo. Um novo estudo mostrou que o equilíbrio químico desses oceanos é similar aos oceanos da Terra, sugerindo que lá existe hidrogênio e oxigênio suficientes para que haja vida - mesmo sem atividade vulcânica. O pesquisador chefe do laboratório de propulsão à jato da NASA, Steve Vance, explicou que a equipe está estudando o oceano alienígena usando métodos desenvolvidos para entender o movimento de energia e nutrientes dos próprios sistemas terrestres. "O ciclo de oxigênio e hidrogênio no oceano de Europa será um grande propulsor para a atividade química de qualquer vida lá, assim como na Terra", disse. Para entender como isso funciona, a equipe comparou o potencial da Europa de produzir hidrogênio e oxigênio com o da Terra. Para os propósitos de pesquisa, só foram considerados processos que não envolvem o vulcanismo, atividade que é considerada chave para a formação da vida na Terra. A equipe queria entender se os processos passivos na lua também poderiam ter originado vida. A surpresa foi que, pelos cálculos, esses processos poderiam, sim, ter gerado vida no corpo celeste. Os resultados do estudo foram publicados na revista Geophysical Research Letters e mostram que quantidades de hidrogênio e oxigênio podem ser comparáveis em escala. Em ambos os astros, a produção de oxigênio é 10 vezes maior que a produção de hidrogênio. Na Terra, nossos oceanos produzem hidrogênio através de um processo chamado serpentinização. Nele, quando a água salgada entra nas aberturas da crosta terrestre, acaba reagindo com diversos minerais e produzindo hidrogênio e calor, dois importantes ingredientes para a vida. O potencial disso também acontecer na Europa é a primeira coisa que a equipe pesquisadora procurou entender, e, baseado em como a lua tem esfriado desde sua formação, eles calcularam que seria necessário que as fraturas no interior rochoso da lua tivessem a profundidade de 25 quilômetros (cinco vezes mais profundo que na Terra) para que o processo de produção de hidrogênio ocorresse. Em relação ao potencial de formar oxigênio, a equipe acredita que isso poderia acontecer quando as moléculas de água congeladas na superfície do oceano fossem repartidas no meio por radiação cósmica. O time prevê que esses elementos podem, então, ser transportados para as profundezas do oceano e começar seu ciclo da vida. Se a vida pode ser originada a partir desses elementos, é uma questão que ainda precisa ser respondida. A agência espacial dos EUA está planejando uma missão para a Europa na metade de 2020, e, até que uma nave seja enviada para escanear o que acontece no subterrâneo do mar congelado, não é possível precisar se a lua tem capacidade de abrigar vida.



Fonte: Canaltech

sexta-feira, 10 de abril de 2015

NASA prevê descoberta de vida alienígena até 2025

Existe vida fora da Terra? Aparentemente sim, e poderíamos descobrir sua existência na próxima década. Segundo a cientista-chefe da Nasa, Ellen Stofan, teremos registros de alienígenas que vivem em outros planetas até 2025.
Stofan acredita que serão encontrados sinais de vida fora da Terra em até 10 anos, e provas definitivas disso em até 20 anos.
"Nós sabemos onde procurar. Então sabemos como procurar", disse, em um debate transmitido na Nasa TV sobre a possibilidade de encontrar outros "mundos habitáveis". "Na maioria dos casos, nós temos a tecnologia e estamos no processo de implementá-la. Então acreditamos que estamos definitivamente no caminho certo para isso."
A agência já possui um grupo destinado a procurar sinais químicos de vida extraterrestre.

O que estamos procurando? E onde?
As primeiras descobertas de vida fora da Terra provavelmente estão mais perto do que imaginamos, mas não serão homenzinhos verdes em naves espaciais e, sim, alguma espécie de plâncton ou de alga.
Existe muita água no Sistema Solar. É quase certo que existam oceanos de água salgada sob as camadas superficiais geladas das luas Europa e Ganimedes, de Júpiter, assim como nas luas Encélado e Titã, de Saturno.
  • Ganimedes pode ter oceano subterrâneo
  • Encélado: lua de Saturno pode ter oceano sob o gelo
A água é mantida líquida pela gravidade intensa dos planetas gigantes onde as luas orbitam, que as deforma e contribui para o aquecimento de seus núcleos. Acredita-se que Encélado tenha atividade vulcânica nas profundezas de seu oceano, o que manteria a água aquecida a uma temperatura de 93º.
Acredita-se que todas as três luas têm mais água em seus oceanos do que todos os oceanos da Terra juntos. Ainda não é possível saber se há vida lá, mas são ótimos lugares para começar a procurar.
  • Sonda espacial vai procurar vida em luas de Júpiter
E o plano mais recente da agência norte-americana, anunciado no mês passado, envolve o envio de um submarino à lua Titã, de Saturno.
Vida vermelha
E também há Marte, é claro. É quase certo que o planeta vermelho teve oceanos algum dia, e há indícios sugerindo que ainda existe água escondida sob a superfície.
O robô Curiosity recentemente descobriu "moléculas orgânicas que contêm carbono". Isso significaria "blocos de construção da vida".
No entanto, água e moléculas não significam vida. O próximo robô que será lançado com direção à Marte em 2020 irá buscar sinais de que possa ter existido vida no planeta.
A Nasa também tem como objetivo enviar astronautas para Marte em 2030, um passo que cientistas como Ellen Stofan acreditam que será "chave" para procurar sinais de vida, porque mesmo com câmeras ultratecnológicas, encontrar fósseis usando o veículo é muito difícil - às vezes é preciso procurar embaixo da pedra, não nela em si.
"Sou uma geóloga Eu saio a campo e abro rochas para procurar por fósseis," disse Stofan durante a apresentação. "Isso é difícil de encontrar. Então eu acredito fortemente que será necessário, em algum momento, colocar humanos na superfície de Marte - geólogos, astrobiólogos, químicos - para buscar provas da existência de vida que eles possam trazer de volta para a Terra para cientistas analisarem."
Europa e além
A Nasa também está planejando uma missão para a Europa, uma das luas de Júpiter, que deverá ser lançada em 2022.
  • NASA anuncia missão para procurar vida em lua de Júpiter
O principal objetivo dessa missão, que custará cerca de US$ 2,1 bilhões (R$ 6,4 bilhões), é estudar se a lua congelada tem potencial habitável e, ao fazer isso, procurar também sinais de vida nas nuvens de vapor de água que aparentemente irrompem do polo sul de Europa.
E a vida em torno de outras estrelas? O telescópio espacial James Webb, que será lançado em 2018 e custará US$ 8,8 bilhões (R$ 26,8 bilhões), é tão poderoso que poderá analisar gases na atmosfera de planetas em volta de outras estrelas, buscando sinais de vida.[Fonte: Inovação Tecnológica]

quinta-feira, 6 de março de 2014

Nasa anuncia missão para lua de Júpiter que pode ter vida



 A agência espacial americana, Nasa, anunciou planos de enviar uma missão não tripulada a Europa, a lua de Júpiter coberta de água e apontada por cientistas como um local onde pode haver vida.

A Nasa já separou US$ 15 milhões em sua proposta de orçamento para 2015 para iniciar o projeto. O lançamento da missão deve ocorrer, porém, só após 2020.

O administrador da agência, Charles Bolden, fez o anúncio da missão. A pedido do governo americano, a Nasa apresentou o orçamento para o ano fiscal de 2015 já prevendo este projeto.

Bolden destacou que no ano que vem a Nasa continuará a desenvolver "missões científicas que irão longe em nosso sistema solar, revelarão aspectos desconhecidos de nosso universo e fornecerão conhecimentos importantes sobre nosso planeta".

"Estão incluídas verbas para missões para Marte e a formulação (de um projeto) para uma missão para a lua de Júpiter, Europa", acrescentou.

Sem detalhes
Não foram divulgados mais detalhes a respeito da missão para Europa, mas a chefe do setor financeiro da Nasa, Elizabeth Robinson, confirmou na terça-feira que a missão só será iniciada na próxima década.

Segundo Robinson, o ambiente com muita radiação que predomina em volta de Júpiter e a distância da Terra serão os grandes desafios para este projeto.

A Nasa vai analisar várias ideias para uma missão a Europa e, por isso, a agência ainda não sabe o tamanho ou o custo exato do projeto, disse Robinson.

Para a chefe do setor financeiro da agência, um dos grandes objetivos será a busca de vida na água líquida que está logo abaixo da superfície coberta de gelo da lua de Júpiter.

Quando a Nasa enviou a sonda Galileu para Júpiter, em 1989, foram necessários seis anos para que a sonda chegasse ao quinto planeta do Sistema Solar.

Outras sondas da Nasa já passaram perto de Europa, especialmente a Galileu, mas nenhuma se concentrou especificamente na lua, que é uma das dezenas que orbitam Júpiter.

Ciensitas acreditam que Europa é um ambiente promissor para a vida. Em 2013, foram descobertos jatos de água sendo expelidos através do gelo que cobre a lua. [Fonte: Olhar Direto]

quarta-feira, 5 de março de 2014

NASA anuncia missão para procurar vida em lua de Júpiter

A NASA já analisou várias missões para o sistema de Júpiter e suas luas. [Imagem: NASA/JPL]
Orçamento para a ideia
A NASA, anunciou planos de enviar uma sonda robótica a Europa, a lua de Júpiter, vista como um dos locais vizinhos mais promissores para a existência de vida fora da Terra.
Europa é coberta de gelo, e acredita-se haver um grande oceano de água líquida sob essa camada de gelo.
No ano passado, astrônomos anunciaram ter encontrado vapor de água saindo de Europa, aumentando o interesse e as chances de encontrar algum tipo de vida na lua.
O anúncio veio na forma de uma referência curta e rápida feita pelo administrador da agência, Charles Bolden, durante a apresentação da proposta de orçamento da NASA para 2015.
"[O orçamento] inclui verbas para missões a Marte e a formulação de um projeto para uma missão para a lua de Júpiter, Europa", disse Bolden.
São apenas US$ 15 milhões para iniciar o projeto, o que é suficiente para analisar as diversas propostas já feitas para a missão, que não deverá ir ao espaço antes de 2020.
Resta saber se os orçamentos futuros garantirão recursos para uma missão desse porte: enviar um robô a Júpiter sairá muito mais caro do que enviar umrobô a Marte.
Candidatos
A NASA já analisou várias missões para o sistema de Júpiter e suas luas, incluindo missões para visitar simultaneamente várias luas, missões específicas para Europa e missões específicas para Encélado, outra lua de Júpiter de grande interesse para busca de vida.
A principal candidata no páreo é uma sonda robótica ainda sem nome, que deverá pousar em Europa e tentar perfurar sua camada superficial de gelo.
Outra candidata é a Europa Clipper, que não teria um módulo de pouso, mas faria vários sobrevoos rasantes em Europa, em altitudes variando de 2.700 a meros 25 quilômetros.
No caso de uma colaboração com a agência espacial europeia (ESA), as duas agências já estudaram a fundo a missão Europa Jupiter System Mission, que estudaria as luas Europa, Ganimede e Callisto. A NASA construiria uma sonda, chamada Europa, e a ESA construiria a sonda Ganimede, sendo ambas enviadas separadamente.
A ESA está trabalhando também na missão JUICE (Jupiter Icy moons Explorer: explorador da luas geladas de Júpiter), que deverá estudar várias luas e Júpiter, mas não possui um módulo de pouso.
Desafios
Serão necessários ainda vários anos até que se defina a missão e a sonda seja construída.
Embora haja muitos desafios técnicos, incluindo a forte radiação em torno de Júpiter, o maior teste de sobrevivência da ideia de procurar sinais de vida em Europa será o teste do orçamento, que precisará vencer vários governos.
Depois do lançamento, será necessário ainda uma dose paciência até que a sonda chegue a Júpiter - a Galileo, lançada em 1989, levou seis anos para chegar até lá.
Além da missão a Europa, Charles Bolden afirmou que o orçamento contempla todas as necessidades para manter "a mesma rota firme que vimos seguindo para enviar humanos a Marte em 2030".[Fonta: Inovação Tecnológica]

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Nasa planeja explorar lua de Júpiter que pode abrigar vida

Concepção artística mostra como deve ser a visão da superfície da lua Europa de Júpiter
Europa, uma das luas de Júpiter, é uma forte candidata a abrigar vida. Ao saber disso, a Nasa, agência espacial americana, tornou as pesquisas sobre o satélite natural uma prioridade e, agora, divulgou seus planos para a futura exploração do local.
Europa é uma lua com uma superfície gelada. Tem um oceano debaixo da sua crosta de gelo em contato com rochas no fundo. A lua é geologicamente ativa e bombardeada por radiações que criam oxidantes e formam, ao se misturar com a água, uma energia ideal para a vida, ainda que na forma de micróbios e outras estruturas rudimentares.
Segundo Daniel Nunes, cientista brasileiro que trabalha no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL), o problema é que Europa é muito longe da Terra. Esse fator dificulta a exploração dessa lua.
"As temperaturas são muito extremas e a radiação de Júpiter é muito forte. O equipamento tem que ser muito resistente a essas condições", afirma Nunes em entrevista a INFO. Além disso, a crosta de gelo é muito espessa. "Acessar o oceano da Europa é bem difícil, um grande desafio", diz.
Apesar dos obstáculos, a Nasa planeja mandar uma sonda para Europa. A lua é o lugar mais provável no Sistema Solar, além da Terra, para abrigar vida. Logo, uma sonda no local seria a melhor forma para procurar sinais de vida, segundo Robert Pappalardo, autor principal do estudo.
Mas como os cientistas ainda não sabem muito sobre a geologia do satélite, o pouso deverá ser o ponto mais crítico da missão. Cogita-se fazer o pouso na área chamada Thera Macula, um terreno com intensa atividade geológica, mas com grandes indícios de que é possível encontrar evidências sobre vida.
Os equipamentos necessários para a exploração incluem um espectrômetro, um magnetrômetro e uma pequena perfuratriz. Essas ferramentas seriam capazes de penetrar na crosta de gelo até 10 centímetros, descobrir a composição química, medir massa e salinidade.
Ainda não há uma data determinada para o lançamento de uma missão. Ainda é preciso preparar muitas coisas antes de pousar nessa lua, mas estudar e planejar ajudará a Nasa a se concentrar nas tecnologias necessárias para chegar lá.
A sonda Juno, lançada em 2001, chegará a Júpiter em 2016. A Nasa acredita que também ajudará a estudar Europa mais de perto a fim de adiantar o projeto.[Fonte: Info]

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cientistas encontram lagos sob a superfície de lua de Júpiter

Europa, uma das luas de Júpiter, que teria lagos a 3 km de profundidade
Superfície sulcada da lua de júpiter intriga cientistas há muitos anos
Cientistas americanos encontraram evidências da existência de água em estado líquido perto da superfície de uma das luas geladas de Júpiter, Europa.Análises de imagens sugerem que há colunas de água quente sob a crosta congelada do satélite. Essa água seria responsável pelo derretimento e o rompimento das camadas mais superficiais.Os resultados, publicados na revista científica Nature, indicam que os lagos estejam somente três quilômetros abaixo da superfície.Qualquer concentração de água líquida pode representar um potencial de habitat propício para a existência de formas de vida.Com base em modelos de forças magnéticas e imagens da superfície de Europa, os cientistas suspeitavam que um oceano gigante, de cerca de 160 quilômetros de profundidade, estaria em algum local entre 10 e 30 quilômetros sob a crosta de gelo.Muitos astrobiólogos, especialistas em vida no espaço, sonhavam em seguir os passos do personagem fictício David Bowman, criado pelo escritor Arthur C. Clarke, que no livro "2010: Uma Odisséia no Espaço 2" descobre formas de vida aquáticas no fundo do oceano da mesma lua de Júpiter.No entanto, fazer buracos na grossa camada de gelo de Europa sempre pareceu impossível, até a descoberta dos lagos rasos.Quente e frioSegundo os cientistas, os lagos rasos significam que as águas congeladas da superfície podem estar se misturando com as águas quentes mais profundas.Correntes geladas poderiam estar transferindo nutrientes entre a superfície da lua e as profundezas do oceano subterrâneo."Isso pode fazer com que Europa e seu oceano sejam mais habitáveis", diz a pesquisadora Britney Schmidt, da Universidade do Texas, que coordenou o estudo.Ela analisou imagens de Europa feitas pelo satélite Galileo, lançado em 1989.Glaciólogos estudam a superfície da Europa há muitos anos, tentando entender o que forma sua superfície sulcada."Observando a Antártida, onde nós vemos características similares - geleiras e plataformas de gelo - podemos inferir algo sobre os processos que estão acontecendo em Europa", disse o glaciólogo Martin Siegert, da Universidade de Edimburgo, na Escócia.Os Estados Unidos e os países europeus estão trabalhando em missões para esta e outras luas de Júpiter, que deverão ser lançadas no final desta década ou no início dos anos 2020.[Fonte: BBC Brasil]

MAIS BLOGS: