quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Identificado buraco negro tão grande que “nem deveria existir” na galáxia

Buraco negro: (Elen11/Getty Images)
Astrônomos descobriram na Via Láctea um buraco negro tão grande que desafia os modelos existentes de como as estrelas evoluem, disseram pesquisadores nesta quinta-feira.
O LB-1 fica a 15.000 anos-luz da Terra e tem uma massa 70 vezes maior que a do Sol, segundo a revista Nature.
Estima-se que na Via Láctea haja 100 milhões de buracos negros estelares, mas o LB-1 é duas vezes mais maciço do que o que os cientistas pensavam ser possível, disse Liu Jifeng, professor do Observatório Astronômico Nacional da China, que liderou a pesquisa.
“Buracos negros com essa massa nem deveriam existir em nossa galáxia, de acordo com a maioria dos modelos atuais de evolução estelar”, acrescentou.
Os cientistas em geral acreditam que existem dois tipos de buracos negros.
Os buracos negros estelares, mais comuns – até 20 vezes mais maciços que o Sol – se formam quando o centro de uma estrela muito grande entra em colapso.
Buracos negros supermaciços são pelo menos um milhão de vezes maiores que o Sol e suas origens são incertas.
Mas os pesquisadores acreditam que estrelas típicas da Via Láctea liberam a maior parte de seu gás através de ventos estelares, impedindo o surgimento de um buraco negro do tamanho do LB-1, disse Liu.
“Agora os teóricos terão que aceitar o desafio de explicar sua formação”, afirmou em comunicado.
Os astrônomos ainda estão começando a entender “a abundância de buracos negros e os mecanismos pelos quais eles se formam”, disse à AFP David Reitze, físico do Instituto de Tecnologia da Califórnia que não está envolvido na descoberta.
Buracos negros estelares geralmente são formados após as supernovas, explosões de estrelas extremamente grandes no final de suas vidas.
A grande massa do LB-1 cai dentro de um intervalo “conhecido como ‘instabilidade de pares’ no qual as supernovas não deveriam tê-lo produzido”, disse Reitze.
“Isso significa que este é um novo tipo de buraco negro, formado por outro mecanismo físico”, acrescentou.
O LB-1 foi descoberto por uma equipe internacional de cientistas por meio do sofisticado telescópio LAMOST da China.
Imagens adicionais de dois dos maiores telescópios ópticos do mundo – o espanhol Gran Telescopio Canarias e o telescópio Keck I nos Estados Unidos – confirmaram o tamanho do LB-1, que o Observatório Nacional Astronômico da China disse “não é nada menos que fantástico”. Fonte: Exame.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Rádio Deshima

Pesquisadores japoneses e holandeses construíram um novo tipo de receptor de rádio que está se mostrando a ferramenta ideal para ouvir as estrelas.
O novo rádio foi batizado de DESHIMA, nome de um lugar importante na história dos dois países, mas que se converteu em uma sigla para Mapeador Espectroscópico Profundo de Elevado Desvio para o Vermelho - o desvio para o vermelho é o "esticamento" do comprimento de onda da luz que viaja até nós em virtude da expansão constante do Universo.
Combinando a capacidade de detectar simultaneamente uma ampla faixa de frequência de ondas de rádio cósmicas e dispersá-las em diferentes frequências, o novo rádio demonstrou sua capacidade única de medir distâncias até os objetos mais remotos e mapear as distribuições de várias moléculas em nuvens cósmicas próximas.
"O DESHIMA é um tipo completamente novo de instrumento astronômico, com o qual poderemos construir um mapa 3D do Universo primitivo," disse Akira Endo, da Universidade de Tecnologia de Delft, referindo-se aos corpos celestes mais distantes de nós.


A singularidade do rádio espectroscópico é que ele pode dispersar a ampla faixa de frequências das ondas de rádio captadas do Universo em diferentes frequências - ele captura uma banda larga e distribui as frequências, permitindo que elas sejam estudadas individualmente. Sua largura de frequência instantânea (332-377 GHz) é mais de cinco vezes maior do que a dos receptores usados pelo radiotelescópio ALMA, que está revolucionando a astronomia - foi o ALMA que fez a primeira 
imagem histórica da formação de planetas, por exemplo.
Dispersar as ondas de rádio cósmicas em diferentes frequências significa fazer espectroscopia, uma técnica usada para extrair várias informações sobre o Universo. Como diferentes moléculas emitem ondas de rádio em diferentes frequências, observações espectroscópicas nos informam a composição dos objetos celestes. Além disso, a expansão cósmica diminui as frequências medidas, e medir o desvio da frequência em relação à frequência nativa nos fornece as distâncias até os corpos celestes mais remotos.
Embora a espectroscopia esteja por trás de avanços como o telescópio virtual do tamanho da Terrae a primeira imagem de um buraco negro, colocar tudo em um único equipamento exigiu o desenvolvimento de uma nanotecnologia inovadora.
Akira Endo e seus colegas desenvolveram um circuito elétrico supercondutor, chamado banco de filtros, no qual as ondas de rádio são dispersas em diferentes frequências, de forma parecida com uma correia transportadora em um centro de distribuição, que manda as mercadorias para seus diversos destinos. No final dos "transportadores de sinais", sensores especiais, chamados detectores de indutância cinética por micro-ondas (MKID) detectam os sinais individuais. O rádio DESHIMA é o primeiro instrumento do mundo a combinar essas duas tecnologias em um único chip.
Novo rádio detecta todas as estações do Universo
Distribuição de moléculas CO, HCN e HCO+ na Nebulosa de Órion, comprovando a capacidade do equipamento em medir várias assinaturas de substâncias em uma única observação. [Imagem: DESHIMA Project Team/Endo et al.] Universo
Quando os astrônomos tentam detectar a emissão de rádio de um objeto remoto com distância desconhecida, geralmente eles varrem uma certa faixa de frequências. Usando receptores de rádio convencionais, com sua largura de banda tipicamente estreita, eles precisam repetir as observações enquanto mudam levemente a frequência. Já o DESHIMA, com sua banda larga, faz tudo de uma vez só, simplificando as observações sem deixar nenhuma frequência para trás, o que permitirá produzir mapas de galáxias distantes, por exemplo.
Como primeira observação de teste, o instrumento DESHIMA foi instalado no Telescópio Submilimétrico de Atacama (ASTE), operado pelo Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ) no norte do Chile. O primeiro alvo era a galáxia ativa VV 114. A distância até a galáxia já havia sido medida em 290 milhões de anos-luz, o que serviu para aferir os resultados.
Mas os resultados mais entusiasmantes vieram com a detecção das moléculas de monóxido de carbono (CO) na galáxia na frequência correta esperada quando se leva em conta a expansão do Universo, mostrando que o instrumento permite verificar a composição mesmo de regiões e corpos celestes muito distantes.
O alto desempenho do DESHIMA também foi comprovado para observações de nuvens moleculares próximas, visualizando a distribuição dos sinais de emissão de três moléculas - CO, íon formila (HCO+) e cianeto de hidrogênio (HCN) - na nebulosa de Órion. [Fonte: Inovação Tecnológica]

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Assista o Documentário Que Prova Que a Terra Não é Redonda!!!

http://www.terraconvexa.com.br/#inicio

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Astrônomos revelam a primeira imagem de um buraco negro

Astrônomos tiraram a primeira foto de um buraco negro no coração de uma galáxia distante. Ele foi descrito por cientistas como "um monstro". É três milhões de vezes maior que a Terra e está na distante galáxia M87, a 55 milhões de anos-luz. Ainda assim, não foi fácil registrar as imagens. Foi necessário criar uma rede de oito telescópios em diferentes partes do mundo e cinco dias para registrar as primeiras imagens reais - até agora só havia ilustrações de buracos negros. Buracos negros são estrelas moribundas que entram em colapso dentro de si mesmas. A atração da gravidade dentro deles é tão forte que não deixa escapar luz e os fazem começar a sugar tudo que se aproxima, como um aspirador gigante. O vídeo mostra as primeiras imagens do buraco negro fotografado e também apresenta simulação do que fazem esses corpos que, tecnicamente, são invisíveis. As imagens capturadas são das rajadas de energia de radiação do que é puxado para dentro do buraco. Fonte: UOL.

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