segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O mistério do objeto mais esférico já encontrado no Universo


Esse é o objeto mais esférico do Universo que já foi estudado - Foto: Mark A. Garlick / BBCBrasil.com

Os planetas e as estrelas não são. As forças centrífugas a que são submetidos fazem com que sejam "esmagados" nos pólos.

Mas, a 5.000 anos-luz da Terra, está Kepler 11.145.123 (ou KIC 11145123), cuja esfera parece desafiar as leis da física. Trata-se do objeto mais esférico encontrado no espaço até agora. A sua esfera está tão perfeitamente intacta que pesquisadores do Instituto Max Planck para o Sistema Solar e da Universidade de Gottingen, na Alemanha, estão intrigados em descobrir o que leva o objeto a ser alheio às turbulências do espaço. "Kepler 11145123 é o objeto natural mais esférico que já medimos, é muito mais redondo do que o Sol", disse o astrônomo Laurent Gizon, chefe do estudo. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores usaram uma técnica conhecida como sismologia, ou asterosismologia estelar, que estuda a estrutura interna das estrelas e determina a esfericidade do objeto.  Passo de tartaruga Ao girar em seus eixos, as luas, planetas e estrelas são submetidos a forças centrífugas que achatam seus pólos. O nosso Sol tem um ciclo de rotação de 27 dias e o raio da sua circunferência é 10 quilômetros maior na sua linha do equador do que nos pólos. No caso da Terra, essa diferença é de 21 quilômetros. Já a KIC 11145123 apresenta uma diferença de apenas 3 quilômetros, incrivelmente pequena se considerarmos que esta estrela tem um raio de 1,5 milhões de quilômetros, duas vezes maior do que o Sol. Embora os especialistas não tenham uma resposta conclusiva sobre a razão deste fenômeno, eles dão alguns palpites: "A rotação desta estrela é surpreendentemente mais lenta, três vezes mais devagar do que o Sol, e não sabemos exatamente o motivo", disse Gizon à BBC. "Mas, ao girar mais devagar, deforma menos", acrescentou. Além disso, seu centro gira mais lentamente do que suas camadas externas. Campo magnético O especialista afirma que a rotação não é, no entanto, o único fator que determina a forma de uma estrela. Também existe o campo magnético. "Nós percebemos que esta estrela parecia um pouco mais arredondada do que previa sua rotação", diz o especialista. "É por isso que também atribuimos sua forma à presença do campo magnético". "Nós sugerimos que seu fraco campo magnético (muito mais fraco do que o do Sol) seja uma possível explicação para a sua esfericidade", relataram os autores do estudo, publicado na revista Science Advances . Para os cientistas, a forma da estrela KIC 11145123 traz à tona dúvidas sobre a origem dos campos magnéticos. "Este trabalho é um primeiro passo no estudo de formas estelares com a asterosismologia", conclui. Fonte: Terra.

domingo, 13 de novembro de 2016

Maior superlua em quase 70 anos será vista nesta segunda

Superlua: Lua vai ficar 14% maior e 30% mais brilhante (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Os brasileiros ainda compravam em cruzeiros, o presidente era Eurico Gaspar Dutra e os televisores não existiam no País na última vez em que a lua esteve tão perto da Terra. Nesta segunda-feira (14/11/2016) o satélite vai estar à menor distância do planeta desde 1948, cerca de 355 mil quilômetros, o que faz do fenômeno uma super-superlua. O intervalo médio entre o satélite e a Terra é de aproximadamente 384 mil quilômetros. A diferença entre as duas posições lunares daria para percorrer o Brasil quase sete vezes, de norte a sul.

A superlua ocorre quando a lua cheia ou nova atinge o perigeu, o ponto mais próximo da Terra em sua órbita mensal. A trajetória da Lua é elíptica e, como ela não faz um círculo perfeito ao redor da Terra, existem datas em que o satélite está mais próximo ou distante do planeta. A superlua é um fenômeno comum, que ocorre em média seis vezes por ano. Em 2016, são três consecutivas, nos dias 16 de outubro, 14 de novembro e 14 de dezembro.
Em outubro e dezembro, a lua fica cheia no mesmo dia em que atinge o perigeu. Neste mês, ela entra na fase cheia duas horas antes, o que faz com que esta seja uma superlua ainda maior. A agência espacial norte-americana Nasa afirmou que ela deve chegar a um tamanho 14% superior e ficar 30% mais brilhante do que uma lua cheia no ápice da sua órbita.
Um fenômeno como esse só deve ocorrer novamente no dia 25 de novembro de 2034. Do Observatório do Instituto de Astronomia da Universidade de São Paulo (IAG-USP), em Valinhos (SP), Messias Fidêncio Neto afirma que visualmente a diferença entre a superlua de novembro e outras superluas não é percebida a olho nu. “É possível ver a mudança se você observar pelo telescópio, medir o diâmetro e olhar nos mínimos detalhes”, diz o técnico do Observatório Abrahão de Moraes.
“Nos próximos anos haverá outras superluas, que vão estar um pouco mais longe, mas para nós a diferença é mínima”, afirma Messias. Ele recomenda, para os curiosos pelo fenômeno, que observem a lua nascendo, perto do horizonte leste do céu. “O que ocorre é uma ilusão de que o satélite parece ainda maior, mas essa técnica de observação também pode ser utilizada para qualquer outra lua cheia”, comenta.
No Brasil, o ápice da superlua vai ocorrer durante o dia, às 11 horas e 52 minutos do dia 14 de novembro, o que dificulta a visibilidade. Apesar disso, o técnico diz que, na noite anterior e na própria noite do dia 14, a lua já vai estar maior do que o normal e será possível observar o fenômeno nesses períodos.
O técnico do Observatório apontou que a melhor maneira de ver a superlua é em lugar aberto, distante da iluminação urbana. “Fora da cidade ou em uma montanha, onde a interferência atmosférica é menor, já que muitas vezes a poluição, as luzes e os prédios escondem o horizonte e só fica possível observar a lua quando ela estiver bem no alto do céu”, afirma.
“O termo superlua entrou para o senso comum nos últimos anos. Originalmente, era uma palavra da astrologia moderna para nomear uma lua nova ou cheia que estava 90% mais próxima da Terra dado a sua órbita”, explica a Nasa. Para a agência, hoje o termo foi popularizado e se refere de uma forma abrangente a uma lua cheia que está mais próxima da Terra do que o normal.
No dia 14, a Terra deve receber um pouco mais de luz que a Lua reflete do Sol, mas o fenômeno não tem nenhuma influência gravitacional sobre o planeta. O técnico do Observatório também comenta que a lua cheia não é a melhor fase para se observar o satélite pelo telescópio, já que o sol a ilumina de frente e fica mais difícil de ver os detalhes. “O que a superlua tem de mais importante é despertar a curiosidade astronômica nas pessoas”, afirma Messias.[Fonte: Exame]

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Universo tem 2 trilhões de galáxias, 10 vezes mais que o esperado

Análise de dados coletados durante vinte anos pelo telescópio Hubble teve o objetivo de resolver o mistério de quantas galáxias é formado o universo

Imagens como essa da foto acima foram captadas pelo Telescópio Espacial Hubble e serviram de base para o estudo (AFP)


Um levantamento feito com dados recolhidos durante duas décadas pelo telescópio Hubble revelou que o universo abriga 2 trilhões de galáxias, dez vezes mais do que os astrônomos acreditavam. O estudo, liderado pelo astrofísico Christopher Conselice, da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, levou quinze anos para ser concluído e será publicado no periódico científico Astrophysical Journal. Segundo Conselice, 90% dessas galáxias não podem ser observadas da Terra, restando apenas 10% para ser captado pelos instrumentos. Parte da luz emitida no espaço pelos objetos distantes ainda não chegou aqui no planeta.
“A maioria delas tem sinais muito fracos ou estão muito longe. Quem sabe que propriedades interessantes vamos encontrar quando estudarmos essas galáxias com a próxima geração de telescópios?” afirmou Conselice, em nota.
A quantidade exata de galáxias intriga os cientistas desde a descoberta de Edwin Hubble. O astrônomo americano detectou que as chamadas nebulosas eram galáxias fora da Via Láctea e isso poderia fazer o número aumentar.

Mapa de galáxias

O primeiro passo para encontrar o número foi converter as imagens captadas pelo Hubble de 2D para 3D. Em seguida, os cientistas fizeram cálculos para descobrir a densidade das galáxias e o volume das regiões mapeadas para tentar descobrir quantas galáxias poderiam ser vistas. A análise cobriu 13 bilhões de anos, época muito próxima ao Big Bang – momento em que a ciência acredita que o universo teve origem – e chegou ao número de 2 trilhões. De acordo com os cientistas, no princípio do universo existiam ainda mais galáxias, cerca de dez vezes mais.
“Isto é muito surpreendente, pois sabemos que, ao longo dos 13,7 bilhões de anos de evolução cósmica desde o Big Bang, galáxias foram crescendo através de formação de estrelas e fusões com outras galáxias. Encontrar mais galáxias no passado implica que a evolução significativa deve ter ocorrido para reduzir o número de galáxias através de uma extensa fusão de sistemas”, afirmou Conselice. [Fonte: Veja.com] 
 

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Nasa afirma ter encontrado possíveis evidências de vida em lua de Júpiter

Um assunto que sempre desperta o interesse das pessoas é se existe vida fora do planeta Terra. Informações divulgadas nesta segunda-feira (26/09/16) colocam a humanidade um passo mais perto de ter uma resposta para essa questão: a Nasa disse que encontrou evidências numa lua de Júpiter chamada Europa.
Através do telescópio Hubble, os cientistas puderam ver vapor de água, que se transforma em chuva, sobre a superfície dessa lua. Portando uma quantidade duas vezes maior de água do que os oceanos do nosso planeta, a lua Europa é uma forte candidata a abrigar vida fora da Terra. Toda essa água está coberta por uma camada extremamente dura de gelo.
Como na Terra a vida é encontrada onde há água, energia e nutrientes, os cientistas estão muito esperançosos sobre essa possível descoberta em Júpiter. Duas missões estão em andamento para ir até a lua Europa e recolher amostras que possam dizer se o vapor é mesmo água.
Esta imagem mostra nuvens de vapor de água em erupção fora do membro da lua de Júpiter Europa
Foto: Reprodução/ NASA

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Telescópio Gaia revela mais detalhado mapa astronômico já produzido

 
Atlas da Via Láctea e das galáxias vizinhas baseado nas observações do telescópio Gaia
 
 
O mapa astronômico mais detalhado já produzido até hoje, com 1,142 bilhão de estrelas da Via Láctea, foi divulgado nesta quarta-feira (14/09/16) pela Agência Espacial Europeia (ESA), com base nas observações de seu telescópio espacial Gaia.
"É o maior e mais preciso mapa já realizado da nossa galáxia", disse o pesquisador Anthony Brown, da Universidade de Leiden, na Holanda, e diretor do centro de processamento de dados do projeto Gaia, em entrevista coletiva da ESA em Madri.
Esse inventário impressionante inclui estrelas até meio milhão de vezes menos brilhantes do que aquelas que podemos ver a olho nu.
Ao todo, 450 astrônomos de 25 países participam desse projeto, que complementa os dados reunidos há 23 anos pela Hipparcos, outra missão astronômica da ESA.
Lançada em 19 de dezembro de 2013, a sonda espacial Gaia orbita a Terra, enquanto observa o espaço dotada de dois telescópios - o segredo de sua espetacular precisão - e uma câmera fotográfica com 1 bilhão de pixels.
A resolução é nítida o suficiente para medir o diâmetro de um fio de cabelo humano a uma distância de 1.000 quilômetros, disse Brown.
"Gaia está na vanguarda da astrometria, mapeando o céu com uma precisão jamais alcançada", explicou o diretor científico da ESA, o espanhol Álvaro Giménez.
A sonda mapeia a posição das estrelas na Via Láctea, que se estende por cerca de 100.000 anos-luz, e não somente identifica sua localização, como também traça seus movimentos, ao digitalizar cada estrela várias vezes.
"A publicação de hoje nos dá apenas uma primeira impressão da extraordinária quantidade de dados que nos esperam e que vão revolucionar nosso conhecimento sobre como as estrelas estão distribuídas e se movem em nossa galáxia", descreveu Giménez.
A enorme quantidade de dados que reuniu já permitiu elaborar esse catálogo com as posições de 1,142 bilhão de estrelas, ou seja, 200 milhões a mais do que havia sido previsto inicialmente. O objetivo final é completar o mapa celeste em 3D mais preciso até o momento.
Além das mais de um bilhão de estrelas - uma mina de ouro para os astrônomos, mas apenas 1% da população estelar estimada da nossa galáxia -, o telescópio também mostra a trajetória de dois milhões delas.
Ao longo da missão de cinco anos de Gaia, o catálogo de estrelas deverá se expandir em 500 vezes.
Ao mesmo tempo, a sonda irá coletar dados sobre temperatura, luminosidade e composição química, de modo a compilar o que os astrônomos chamam de "carteira de identidade" de cada estrela individual.
Milhares de outros objetos não detectados anteriormente também foram descobertos, como asteroides, planetas que circundam estrelas próximas e supernovas.
- A origem da galáxia -
Após seu lançamento, há exatamente 1.000 dias, Gaia começou seu trabalho de observação em julho de 2014. Os dados divulgados nesta quarta-feira englobam os dados registrados nos 14 primeiros meses de trabalho, até setembro de 2015.
A partir de agora, os astrônomos poderão consultar os dados sobre os diferentes corpos celestes, incluindo anãs brancas, estrelas variáveis e 2.152 quasares, os objetos mais afastados do Universo.
"Gaia não apenas nos fornece a posição das estrelas, mas também seu movimento, e isso também nos permite compreender melhor como nossa galáxia se formou", explicou Antonella Vallenari, do Observatório de Pádua (Itália).
A sonda permitirá, por exemplo, saber se nosso Sol foi criado de um "cluster", um aglomerado de matéria. A posição e o movimento de 400 desses aglomerados já foram registrados por Gaia, lembrou Vallenari.
Cerca de 2.500 desses - as incubadoras de novas estrelas - foram identificados na Via Láctea até agora, mas os cientistas suspeitam de que existem mais de 100.000, e a Gaia deve ser capaz de rastrear todos eles.
Também se espera que a informação coletada permita saber mais acerca de um dos grandes enigmas do universo, a matéria escura.
Os astrofísicos pretendem, ainda, testar a Teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein, ao observar como a luz é desviada pelo Sol e por seus planetas.
Sentinela sempre alerta, Gaia também observa o movimento dos asteroides, caso sua trajetória constitua uma ameaça para a Terra.
Gregory Laughlin, da Universidade de Yale, afirma que Gaia revelará à comunidade de astrônomos "milhares de novos mundos", embora ainda precise completar seu trabalho de coleta. Sua missão de observação astronômica será concluída no fim de 2020.
Um primeiro conjunto de estudos científicos baseados nos novos dados foi publicado nesta quarta em uma edição especial da revista Astronomy & Astrophysics.
O lançamento de hoje "abre um novo capítulo na Astronomia" e certamente vai gerar centenas de outros estudos, disse François Mignard, membro da equipe de Gaia.[Fonte: Yahoo]

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Cientistas Descobrem "Segunda Terra"

Nesta quarta-feira (25/08/2016) foi confirmada a descoberta de um exoplaneta com tamanho semelhante ao da Terra e localizado a uma distância adequada de seu sol para permitir a presença de água na superfície e consequente existência de vida.
O planeta, que recebeu o nome de Próxima B, orbita ao redor da Próxima Centauri, a estrela mais próxima do nosso sistema solar, a 4,2 anos-luz da Terra.
Segundo o site Gizmodo, esta é uma das descobertas astronômicas mais importantes do século. O planeta recém-descoberto fica a uma distância de 7 milhões de quilômetros da sua estrela. Isto equivale apenas a 5% da distância entre a Terra e o Sol, mas, uma vez que a estrela Próxima Centauri é muito mais fria, o exoplaneta é uma "zona habitável" e tem uma temperatura que permite que a água se encontre em estado líquido.
site destaca que ainda não se sabe se o planeta Próxima B tem atmosfera. O corpo celeste é submetido a um fluxo de raios-X emitidos pela estrela 400 vezes maior do que a Terra sofre, o que poderá ser um obstáculo à existência de atmosfera.
No entanto, o cientista alemão Ansgar Reiners frisa que tudo depende do tempo em que o exoplaneta foi formado. Se se formou quando estava a uma distância maior do seu sol, é possível que tenha atmosfera.
Sendo assim, isso seria "um grande sinal para a possibilidade de ter vida", diz o portal. Além disso, a estrela Próxima Centauri tem uma esperança de vida muito maior do que o nosso Sol, por isso um planeta habitável como este seria um local óbvio para a nossa civilização migrar quando o Sol se extinguir, dentro cerca de 5 bilhões de anos, cita a edição Abraham Loeb, da Universidade de Harvard. [ABC]

Essa "Segunda Terra" está localizada em órbita na estrela Proxima Centauri, pertencente ao sistema da estrela Alpha Centauri, a aproximadamente 4 anos-luz do nosso planeta

O mundo habitável mais próximo de nós pode estar na nossa vizinhança espacial, segundo um estudo recém-publicado na revista Nature.
Cientistas da Universidade Queen Mary de Londres, no Reino Unido, dizem que a estrela mais próxima de nosso Sistema Solar, a Proxima Centauri, é orbitada por um planeta do tamanho da Terra, o Proxima b.
"Acredito que essa seja a descoberta mais importante possível de um exoplaneta", diz Carole Haswell, pesquisadora da Open University, em referência ao nome dado a mundos existentes fora do nosso Sistema Solar. "O que poderia superar um planeta habitável que orbita a estrela mais próxima do Sol?"
Entenda a seguir o que torna este achado tão significativo.

1. Proxima b está bem perto de nós

Em escala espacial, esse planeta é praticamente um vizinho da Terra. Está a apenas 4 anos-luz de distância.
Ele estava "escondido" bem embaixo de nossos narizes, orbitando a estrela mais próxima ao nosso Sistema Solar, Proxima Centauri.


Proxima bImage copyrightESO
Image captionO planeta orbita a estrela mais próxima do Sol, Proxima Centauri

2. É um planeta parecido com a Terra

Proxima b tem dimensões bem parecidas com a do nosso mundo.
E, assim como a Terra, cientistas acreditam se tratar de um planeta sólido e rochoso.

3. É possível que tenha água líquida

O planeta está se movendo a 7,3 milhões de km de sua estrela, uma distância consideravelmente menor do que a da Terra para o Sol, de 149 milhões de km.
Mas Proxima Centauri é uma estrela-anã vermelha, ou seja, bem menor e mais fria do que o nosso Sol, então, Proxima b acaba recebendo 70% do fluxo de energia que normalmente atinge a Terra.


Proxima bImage copyrightESO
Image captionProxima b está a uma distância de sua estrela que torna possível a existência de água líquida

Nessas condições, o planeta não é quente ou frio demais para que exista água em estado líquido em sua superfície. Se houver, também pode haver vida nele.
Mas ainda é preciso determinar se ele tem ou não uma atmosfera, o que é muito importante para essa hipótese.

4. Mas a radiação é um problema...

Proxima b orbita um tipo de estrela muito ativa e que emite uma forte radiação por meio de explosões.
Isso tornaria desafiador que qualquer coisa sobreviva em sua superfície, mas alguns cientistas acreditam que esse fator não necessariamente elimina a possibilidade de o planeta abrigar vida.


Escala de estrelasImage copyrightESO
Image captionProxima Centauri é bem menor e mais fria do que o nosso Sol

5. E chegar lá ainda é uma missão impossível

Apesar de ser o exoplaneta mais próximo que já encontramos, levaríamos, com a tecnologia atual, milhares de anos para percorrer os 40 trilhões de quilômetros que nos separam dele.
Ainda assim, é um ótimo objeto de estudo para a ciência. E, com a ajuda de telecópios posicionados na Terra e no espaço, será possível observá-lo mais de perto para checar se Proxima b de fato tem as condições ideias para vida.
"Claro, ir até lá atualmente é ficção científica", diz Guillem Anglada-Escudé, integrante da equipe que revelou a existência do planeta.
"Mas não é mais apenas um exercício de imaginação pensar em enviar uma sonda até ele algum dia." [Fonte: BBC Brasil]

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Hubble faz imagens inéditas do 'fim do Universo'


Existem várias teorias do que é e como funciona o Universo. Uma delas diz que ele tem sim um fim, mas que está em eterna expansão. E se ele realmente tiver um fim, esse foi fotografado.
Bem, não exatamente o fim, pois, como dito, não há nem certeza se ele existe. 

Mas o telescópio Hubble conseguiu fazer, pela primeira vez, imagens do acúmulo de galáxia Abell S1063. Esse acúmulo em questão está a 4 bilhões de anos luz da Terra e possui nada menos do que 100 trilhões de massas solares entre suas 450 galáxias, nebulosas e estrelas. As imagens, apesar de distorcidas, se tornam essenciais na compreensão do Universo.

Isso porque, para cientistas, essa pode ser a chamada “fronteira final”. Graças às imagens obtidas, também, poderemos saber como eram nossas galáxias logo após o Big Bang. Mais do que isso, cientistas creem que poderão saber mais sobre matéria escura.





quarta-feira, 13 de julho de 2016

Cientistas capturam a melhor imagem do coração da nebulosa de Órion


Quem vive longe dos grandes centros — ou seja, longe da poluição luminosa da cidade — já deve ter se deparado, ao olhar para o céu, com a impressionante nebulosa de Órion, localizada na Constelação de Órion. Como toda nebulosa, ela é formada por gás e poeira estelar, e é vista a olho nu da Terra porque é iluminada intensamente com radiação ultravioleta e gás ionizado brilhante.
Agora, os astrônomos conseguiram uma imagem jamais captada pelo olho humano (veja a imagem em alta resolução). Graças às lentes da câmera infravermelha HAWK-I, montada no Very Large Telescope, telescópio que fica no Chile — você pode ver como ele funciona aqui. Segundo o ESO(European Southern Observatory), esta é a imagem mais profunda desta região obtida até hoje e revela muito mais objetos de pouca massa planetária do que o esperado.
“Entender como tantos objetos de pouca massa são formados na nebulosa de Órion é muito importante para restringir as teorias atuais sobre formação estelar”, explica Amelia Bayo, co-autora do estudo que anunciou a descoberta. “Agora percebemos que a forma como esses objetos se formam dependem do ambiente em que estão inseridos.”
Veja o vídeo que mostra a imagem em zoom:

Nasa divulga primeira imagem após Juno entrar na órbita de Júpiter

Imagem feita pela JunoCam no dia 10 de julho mostra Júpiter e três das quatro luas do planeta (Foto: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS)
Ainda deve levar algumas semanas para podermos observar as primeiras imagens em alta resolução do planeta Júpiter feitas pela JunoCam, a câmera a bordo da sonda Juno. Mas a Nasa já divulgou uma imagem enviada pela câmera depois que a sonda entrou na órbita de Júpiter no dia 5 de julho. Isso prova que o equipamento está funcionando e foi bem-sucedido em enviar dados àTerra.
"Esta cena da JunoCam indica que ela sobreviveu sua primeira passagem pelo ambiente de radiação extrema sem nenhum dano e está pronta para fotografar Júpiter", disse Scott Bolton, principal pesquisador do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, em San Antonio (EUA). "Não podemos esperar para ver as primeiras imagens dos polos de Júpiter."
A imagem divulgada pela Nasa foi tirada no dia 10 de julho, quando a sonda Juno estava a 4,3 milhões de  km de Júpiter. Na imagem, é possível ver Júpiter e três das quatro luas do planeta.

Sobre a missão
Após 5 anos de viagem, a sonda Juno entrou na órbita de Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Com transmissão ao vivo pela internet, a equipe na Nasa comemorou a inserção na magnetosfera à 0h54 do dia 5 de julho.
A sonda se aproximou sobre o pólo-norte do planeta, mostrando uma perspectiva inédita do sistema de Júpiter - incluindo as suas quatro grandes luas. Um laboratório da Nasa localizado em Pasadena, na Califórnia, administrou a missão Juno, chefiado pelo pesquisador Scott Bolton, que também ajudou a levar uma sonda a Saturno.

Esta é a primeira vez que Júpiter será visto abaixo da cobertura densa de nuvens. Por isso o nome Juno, uma homenagem à deusa romana que era esposa de Júpiter.
Lançada em 5 de agosto de 2011, a sonda percorreu 716 milhões de quilômetros - quase 18 mil voltas na Terra - até o planeta.  Se nada der errado, a missão deve ser encerrada em fevereiro de 2018.

Juno tem 3,5 metros de altura e 3,5 metros de diâmetro e é movida a energia solar.
Todo o programa custou US$ 1,13 bilhão. A Juno foi a primeira missão que levou uma nave movida a energia solar comandada a partir da Terra, além de orbitar de pólo a pólo de um planeta. Nenhuma outra sonda chegou, até agora, tão perto da superfície de Júpiter.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Sonda Juno entra na órbita de Júpiter


Diretores do projeto da sonda Juno concedem entrevista coletiva em Pasadena, Califórnia em 4 de julho de 2016

A Nasa celebrou um triunfo vital nesta terça-feira à noite, depois que a sonda Juno conseguiu entrar com sucesso na órbita de Júpiter em uma missão para investigar a origem do sistema solar.
O Jet Propulsion Laboratory da NASA, em Pasadena, Califórnia, explodiu em comemoração quando a sonda alimentada entrou com sucesso na órbita do maior planeta do sistema solar às 03H53 GMT de terça-feira (00H53 Brasília).
"Estamos dentro", gritou Scott Bolton, diretor científico da missão da agência espacial americana.
"É quase um sonho que vira realidade", completou.
A sonda não tripula e propulsada por energia solar viajou 2,7 bilhões de quilômetros desde seu lançamento, há cinco anos, de Cabo Canaveral, Flórida.
"Este maravilhoso universo que observamos, como funciona e como começou?", perguntou o cientista da Nasa Steve Levin.
"Essa é uma das maravilhas de trabalhar para a Nasa e trabalhas em grandes projetos. Você chega a responder grandes perguntas", disse.
Os nove instrumentos da sonda incluem uma câmera, que, antes de começar a orbitar, fez imagens de Júpiter e suas luas em diferentes velocidades.
"Em nossa história nunca fomos realmente capazes de ver o movimento de um corpo celeste contra outro", disse Bolton, após a exibição do vídeo durante uma entrevista coletiva depois que a sonda entrou em órbita.
"Este é o rei de nosso sistema solar e seus discípulos girando a seu redor", destacou.
"Para mim, isto é muito significativo. Finalmente somos capazes de ver com um vídeo real, com tomadas reais, este movimento, algo que até agora só havíamos sido capazes de imaginar", explicou.
Todo o equipamento não essencial da sonda foi desativado para a entrada em órbita, mas as primeiras imagens posteriores devem chegar nos próximos dias, informou a Nasa.
Principais objetivos
Um dos principais objetivos da missão será compreender melhor do que é composto o interior, até agora inobservável, do planeta gigante.
Juno, uma missão de 1,1 bilhão de dólares lançada no dia 5 de agosto de 2011, também vai cartografar os campos gravitacionais e magnéticos de Júpiter para determinar sua estrutura interna
A sonda de quase quatro toneladas realizará uma série de 37 sobrevoos em torno de Júpiter, a maior parte entre 10.000 e 4.667 quilômetros sobre a espessa camada nebulosa, durante uma missão científica de 18 meses.
Os sobrevoos de Juno serão muito mais próximos do planeta gigante que o recorde anterior de 43.000 km estabelecido pela sonda americana Pioneer 11, em 1974.
Depois das duas primeiras voltas de 53,5 dias, Juno se colocará, a partir de outubro, em uma órbita de 14 dias, que a fará passar sucessivamente perto dos dois polos.
Durante seus sobrevoos, os instrumentos da sonda penetrarão a espessa camada de nuvens para estudar as gigantes auroras boreais, sua atmosfera e sua magnetosfera.
Juno não apenas deve ajudar a descobrir os segredos que cercam Júpiter, como também fornecerá novos índices sobre as condições que imperavam no momento do início do sistema solar, quando o planeta gigante estava em formação.
Potenciais riscos
Os responsáveis pela missão advertiram sobre os riscos potenciais para Juno ao se aproximar tanto do planeta. Mencionam principalmente a camada de hidrogênio - 90% da atmosfera - submetida a uma pressão tão grande que atua como um poderoso condutor elétrico.
Segundo os cientistas, este fenômeno combinado com a rápida rotação de Júpiter - um dia no planeta dura apenas 10 horas terrestres - geram um campo magnético muito potente que cerca o planeta e que pode ameaçar a sonda.
Para se proteger das fortes radiações, Juno possui uma sólida armadura de titânio que cobre seus instrumentos eletrônicos, seu computador de bordo e seus cabos elétricos. Com 172 quilos, esta abóbada reduzirá as exposições às radiações 800 vezes em comparação com a parte não protegida.
Juno leva a bordo três estatuetas da LEGO feitas de alumínio. Elas representam Júpiter, o rei dos deuses na mitologia romana, sua esposa e irmã Juno, e Galileu, o cientista italiano que descobriu as quatro grandes luas de Júpiter.
Há mais de 20 anos, a missão Galileu da Nasa permitiu estudar as luas de Júpiter, entre elas a Europa, dotada de um oceano de água sob sua espessa camada de gelo, onde podem existir organismos vivos. [Fonte: Yahoo]

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Asteroid HO3 - Earth's Constant Companion

Nasa encontra “segunda Lua” ao redor da Terra

A Nasa anunciou a descoberta de uma mini-lua na órbita terrestre. O corpo celeste é um asteroide bem menor do que a nossa já conhecida Lua e tem uma trajetória irregular.
Como o curso do asteroide chamado 2016HO3 é elíptico, a distância dele varia entre 38 e 100 vezes a distância da Terra da Lua. Com isso, ele fica entre 14 milhões e 40 milhões de quilômetros de nós.
Seu movimento de translação ao redor do Sol leva 365,93 dias, o que é um pouco mais do que o tempo que o nosso planeta precisa para realizar o mesmo movimento.
Avistado pela primeira vez em 27 de abril deste ano, com o uso do telescópio espacial Pan-STARRS 1, que fica no Havaí, o asteroide tem 36,5 metros de diâmetro. O 2016HO3 gira em torno do nosso planeta há um século e deve permanecer nesse trajeto durante várias centenas de anos.
Veja abaixo a rota do asteroide e a rota do planeta Terra ao redor do sol.[Fonte: Super.Abril]

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