sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Astrônomo americano consegue primeira foto de um exoplaneta


Depois de oito anos em busca de imagens, um astrônomo americano conseguiu captar, com uma câmera do telescópio espacial Hubble, as primeiras fotografias ópticas de um exoplaneta, situado a 25 anos-luz do Sistema Solar.
Com uma massa provavelmente próxima da de Júpiter, este planeta orbita a estrela Fomalhaut na constelação de Piscis austrinus (Peixe Austral), situada quatro vezes a distância que separa Netuno do Sol, afirma Paul Kalas, da Universidade de Berkeley, Califórnia, principal autor do estudo.
O planeta, batizado Fomalhaut b, pode ter um sistema de anéis de dimensão comparável aos que rodeiam Júpiter.
Suspeitava-se da existência deste exoplaneta desde 2005, quando imagens feitas por Kalas, com a ajuda da câmera de observação avançada do Hubble, mostraram uma borda muito claramente definida no interior do cinturão de pó em torno de Fomalhaut, o que levou a pensar num astro com uma órbita elíptica.
"Previmos este fenômeno em 2005 e agora temos a prova direta com duas fotos do planeta", afirmou Kalas.
A estrela Fomalhaut tem apenas 200 milhões de anos e deve esgotar seu combustível nuclear em, aproximadamente, 1 bilhão de anos, uma vida curta se comparada a do nosso Sol, de 4,5 bilhões de anos e que ainda deve brilhar por mais 5 bilhões de anos.
Uma segunda equipe, dirigida por Christian Marois, do Instituto de Astrofísica Herzberg, em Vitória, na Columbia Britânica (Canadá), obteve com a ajuda de telescópios no Havaí as primeiras imagens realmente visíveis de três planetas gigantes, na órbita de uma jovem estrela chamada HR8799, na constelação de Pegasus, a cerca de 130 anos-luz da Terra.
"São planetas gasosos, muito quentes, e têm entre sete e dez vezes a massa de Júpiter. São muito novos", disse à AFP René Doyon, um dos oito astrofísicos que participaram desta investigação.
"É muito difícil ver planetas em torno de estrelas porque são muito débeis em relação a elas, o que nos levou a desenvolver uma técnica que permite atenuar o sinal da estrela de forma muito eficaz", assinalou o astrofísico canadense.
As duas descobertas aparecem publicadas na revista americana Science de 14 de novembro.
Desde 1995, já foram descobertos cerca de 300 planetas fora do nosso sistema solar, principalmente observando seus efeitos sobre os campos gravitacionais de sua estrela. (Fonte: Google Notícias)

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