sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Vaticano não liga para críticas e mantém Observatório do Universo funcionando


Reprodução
Ainda que a religião católica não admita a existência de vida fora da Terra, parte da Igreja se dedica bastante à observação de fenômenos extraterrestres. Para isso, existem sacerdotes especializados em astronomia que, segundo eles próprios, buscam ajuda para “se conectar com o criador”. 

Por mais que o Observatório Astronômico do Vaticano se dedique a observar o espaço e, consequentemente, fenômenos extraterrestres, ele nega que esteja em busca de outras formas de vida. “Não fazemos nada de estranho, estamos apenas fazendo ciência, não procurando extraterrestres para evangelizar”, afirma Paul Gabor, vice-diretor do Observatório.

E mesmo com todas as críticas vindas de astrônomos consagrados, os sacerdotes que trabalham no Observatório não se deixam abater. “Não é porque somos religiosos que somos fechados à ciência. Sabemos que o Universo está aí para que o entendamos”, finaliza Gabor.

As primeiras referências ao Observatório do Vaticano datam de 1582. Foi, porém, o papa Leão 8 que o estabeleceu oficialmente em 1891. Desde então, ele serve para que a Igreja fique mais próxima do Universo e, segundo os sacerdotes, entenda melhor Deus. [Fonte: Yahoo]

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Cientistas descobrem buraco negro 12 bilhões de vezes maior que o Sol


Um grupo de cientistas descobriu um buraco negro com uma massa aproximadamente 12 bilhões de vezes maior que a do Sol, segundo publicou nesta quarta-feira (25 de Fevereiro de 2015) a revista britânica Nature.
A equipe detectou um quasar que contém um buraco negro supermassivo em seu interior e que pertence a uma época na qual o universo tinha menos de 1 bilhão de anos.
Esta descoberta poderia questionar em profundidade determinadas teorias sobre a formação e o crescimento dos buracos negros e das galáxias.
O buraco negro de grande massa está localizado no coração de um quasar ultraluminoso, um corpo celeste de pequeno diâmetro e grande luminosidade que emite grandes quantidades de radiação.
Após analisar a descoberta, o grupo de astrônomos considera que o buraco negro se originou a cerca de 900 milhões de anos depois do Big Bang, algo que consideraram "particularmente surpreendente".
A descoberta e o estudo posterior foram realizados por uma equipe de astrônomos da universidade de Pequim e coordenado por Xue-Bing Wu, professor do departamento de astronomia dessa universidade.
Xue-Bing Wu e sua equipe realizaram um acompanhamento do quasar utilizando dados de projetos de inspeção e estudos como o SDSS (exploração Digital do Espaço Sloan) e o 2MASS (Reconhecimento em dois micrometros do céu completo).
Além disso, os astrônomos também utilizaram dados do estudo da Nasa Wide-Field Infrared Survey Explorer (WISE), um projeto que lançou um telescópio espacial em 2009 para estudar a radiação infravermelha.
O astrônomo do Max Planck Institute for Astronomy Bram Venemans reagiu em artigo da "Nature" à descoberta e afirmou que "descobrir buracos negros pertencentes ao início dos tempos cósmicos é algo estranho".
Apesar da rareza desta descoberta, Venemans especificou que "a tecnologia atual e futura dará a possibilidade da ciência conhecer as características do universo durante as primeiras centenas de milhões de anos depois do Big Bang".
Segundo a cosmologia atual, a origem do universo se remonta à grande explosão de um ponto de densidade infinita que gerou a matéria, o espaço e o tempo. [Fonte: Info.abril]

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Cientistas revelam que estrela alienígena esteve na fronteira do Sistema Solar há 70 mil anos

O objeto, uma anã-vermelha batizada de Estrela de Scholz, cruzou os limites de uma região do Sistema Solar conhecida do nuvem de Oort. E ela não estava sozinha. A Estrela de Scholz faz parte de um sistema binário com em que é acompanhada por um outro objeto celeste de menor porte - uma chamada anã-marrom, "estrela fracassada" que não conseguiu acumular massa suficiente para dar início ao processo de fusão de átomos em seu núcleo.
A suspeita com relação à aproximação da estrela, publicada na revista "Astrophysical Journal Letters", foi feita com base em observações de sua trajetória que sugerem que há 70 mil anos ela passou a meros 0,8 anos-luz do Sol. Por comparação, a estrela mais próxima, Proxima Centauri, está há 4,2 anos-luz daqui, ou cerca de cinco vezes mais longe.


No estudo, os astrônomos liderados por Eric Mamajek, da Universidade de Rochester, em Nova York, afirmam com 98% de certeza de que a Estrela de Scholz viajou através do que é, hoje, conhecida como nuvem de Oort - uma vasta região no limite do Sistema Solar onde estão trilhões de aglomerados de rocha, gases e gelo que dão origem a muitos dos cometas. Essa região se assemelharia a esfera de objetos ao redor do Sistema Solar e as estimativas são de que ela se estender a até um ano -luz do Sol.

Para determinar a trajetória da estrela, os pesquisadores avaliaram duas informações: a mudança na distância do Sol até a estrela (sua velocidade radial) e o movimento da estrela no céu (sua velocidade tangencial). A Estrela de Scholz, atualmente, está a 20 anos-luz de distância.[Fonte: Yahoo Notícias]

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Via Láctea pode ser um gigantesco buraco de minhoca



Sistema de transporte intergaláctico
Você acreditaria que a Via Láctea inteira pode ser um gigantesco buraco de minhoca, um "sistema de transporte intergaláctico"?
Pois com base nos últimos dados e cálculos dos físicos, nossa galáxia pode, em teoria, ser um enorme buraco de minhoca, um túnel no espaço-tempo capaz de nos levar aos confins do Universo. E, se isso for verdade, a Via Láctea seria um buraco de minhoca "estável e navegável".
Esta é a hipótese levantada por uma equipe de físicos indianos, italianos e norte-americanos que, de quebra, tenta estimular seus colegas cientistas a repensar a matéria escura "com mais precisão".
"Se combinarmos o mapa da matéria escura na Via Láctea com o modelo mais recente do Big Bang para explicar o Universo, e aventarmos a hipótese da existência de túneis no espaço-tempo, o que temos é que a nossa galáxia realmente poderia conter um desses túneis, e que o túnel poderia até mesmo ser do tamanho da própria galáxia," explica Paolo Salucci, astrofísico da Escola Internacional de Estudos Avançados (SISSA), na Itália.
"Mas há mais: Nós poderíamos até mesmo viajar por este túnel, uma vez que, com base em nossos cálculos, ele pode ser navegável, exatamente como aquele que vimos no recente filme Interestelar," acrescenta o cientista.
Buracos de minhoca
Embora túneis no espaço-tempo - ou buracos de minhoca ou Pontes de Einstein-Rosen - tenham ganho popularidade entre o público por meio dos filmes de ficção científica, eles têm sido o foco de atenção de pesquisas sérias dos físicos há décadas - Albert Einstein e Nathan Rosen publicaram seu trabalho em 1935 e levaram a fama, mas Ludwig Flamm havia publicado um trabalho sobre túneis no espaço-tempo em 1916.
Mais recentemente, os buracos de minhoca foram a grande estrela do filme Interestelar, de Christopher Nolan.













"O que tentamos fazer em nosso estudo foi resolver a equação fundamental na qual a astrofísica 'Murph' [personagem do filme, interpretada por Jessica Chastain] estava trabalhando. É evidente que nós fizemos isso muito antes de o filme sair," brinca Salucci. "É, de fato, um problema extremamente interessante para estudos da matéria escura."
"Obviamente não estamos afirmando que nossa galáxia definitivamente é um buraco de minhoca, mas simplesmente que, de acordo com os modelos teóricos, esta hipótese é uma possibilidade," acrescenta.
Mas será que essa teoria poderia ser testada experimentalmente?
"Em princípio, poderíamos testar a hipótese comparando duas galáxias - nossa galáxia e outra, muito próxima, por exemplo a Nuvem de Magalhães, mas ainda estamos muito longe de qualquer possibilidade real de fazer essa comparação," responde Salucci.
Matéria Escura? Fala sério
Para chegar às suas conclusões, os astrofísicos combinaram as equações da Relatividade Geral com um mapa extremamente detalhado da distribuição da matéria escura na Via Láctea, obtido em um estudo realizado pela equipe em 2013.
"Além da hipótese da ficção científica, nossa pesquisa é interessante porque propõe uma reflexão mais complexa sobre a matéria escura," explica o físico, que conclama seus colegas a "falar mais sério" sobre a hipótese da matéria escura.
Ele salienta que os cientistas vêm tentando há muito tempo explicar a matéria escura levantando a hipótese da existência de uma partícula específica, o neutralino, que, no entanto, nunca foi identificada no LHC e nem observada no Universo.
Mas também existem teorias alternativas que não se baseiam nessa partícula "e talvez seja a hora de os cientistas levarem essa questão mais a sério," recomenda Salucci, sem ser muito ácido em suas críticas às atuais teorias da matéria escura.
A seguir ele acrescenta suas próprias ideias e os caminhos que as discussões deveriam tomar.
"A matéria escura pode ser 'outra dimensão', talvez até mesmo um sistema central de transporte galáctico. De qualquer forma, nós realmente precisamos começar a nos perguntar o que a matéria escura é," conclui Salucci. [Fonte: Inovação Tecnológica]
Bibliografia:



Possible existence of wormholes in the central regions of halos

Farook Rahaman, P. Salucci, P.K.F. Kuhfittig, Saibal Ray, Mosiur Rahaman

Annals of Physics

Vol.: 350, Pages 561-567

DOI: 10.1016/j.aop.2014.08.003

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