quinta-feira, 26 de abril de 2007

NOSSO "NOVO" SISTEMA SOLAR


Plutão rebaixado a ‘planeta anão’. Sistema Solar passa a ter apenas oito planetas após decisão da União Astronômica Internacional:

O novo Sistema Solar: Plutão deixa de ser considerado um planeta e ganha o status de 'planeta anão' (arte: IAU).

Os livros didáticos terão que excluir Plutão da lista de planetas do Sistema Solar. Cerca de 2500 especialistas reunidos em Praga na 26ª assembléia geral da União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) acabam de chegar a um consenso quanto à nova definição de planeta. De acordo com a decisão, passa a existir também a categoria de “planetas anões”, da qual Plutão passa a fazer parte. Com isso, o Sistema Solar passa a contar com apenas oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. De acordo com a nova definição, um corpo celeste tem que preencher três requisitos para que seja considerado um planeta: tem que estar em órbita em torno de uma estrela, ter a forma aproximadamente esférica e ser o astro dominante da região de sua órbita. “Ser o corpo mais importante de sua região significa que o planeta agregou a maior parte da matéria disponível ao seu redor no período de formação”, explica o planetólogo Sylvio Ferraz Mello, da Universidade de São Paulo. “Os outros oito planetas giram no mesmo plano e com órbitas parecidas, o que não acontece com Plutão.”Com isso, Plutão deixa de ser considerado um planeta e passa a fazer parte da nova categoria de “planetas anões”. Além dele, outros dois corpos celestes se enquadram nessa classificação. O primeiro é o ex-asteróide Ceres, localizado no Cinturão de Asteróides (região do espaço entre Marte e Júpiter). Logo após sua descoberta, em 1801, foi considerado um planeta, mas os especialistas decidiram que ele não preenchia os pré-requisitos para ser assim classificado. O segundo é 2003 UB313, objeto com massa maior que a de Plutão, localizado no Cinturão de Kuiper.Proposta alternativaOs participantes da assembléia da IAU tiveram que escolher nesta quinta-feira entre duas definições para o conceito de planeta: uma que tirava de Plutão essa categoria e outra que não só ratificava seu status, como também aumentava o número de planetas do Sistema Solar para doze. Acabou prevalecendo a primeira. Desde sua descoberta, em 1930, o status de Plutão dividia os astrônomos. Além de ser menor que os outros planetas, sua órbita não era feita no mesmo plano da de seus oito “ex-colegas”. A controvérsia sobre a definição do conceito de planeta ganhou novo fôlego há três anos, com a descoberta de 2003 UB313, astro maior que Plutão localizado no Cinturão de Kuiper (região do Sistema Solar além de Netuno) e ainda sem nome definido. Até agora não havia uma definição formal: se o astro estivesse girando ao redor de uma estrela e sua imagem no céu fosse um disco, era considerado um planeta. No entanto, os avanços nos instrumentos astronômicos tornaram possível a observação de objetos cada vez menores em regiões longínquas no espaço, o que abriu um debate sobre o status de planeta desses astros. Fim da controvérsia A definição de um conceito preciso de planeta põe fim a essa controvérsia e cria critérios precisos para a classificação dos astros. “A decisão dá um caráter científico à definição de planeta, estabelecendo as características físicas necessárias para que um astro corresponda a essa condição”, avalia o cosmólogo Martín Makler, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. No entanto, ele não está plenamente de acordo com a definição adotada não é totalmente baseada em princípios científicos. “O que diferencia um planeta de um planeta anão não está claro. Não foi estabelecida uma razão física dessa linha divisória. Na outra definição, esses fatores estavam muito mais claros”, opina.Na opinião do astrônomo Alexandre Cherman, da Fundação Planetário do Rio de Janeiro, a decisão vai tornar menos subjetiva a classificação de novos astros que venham a ser descobertos no Sistema . Cherman cita o exemplo de Plutão para ilustrar seu argumento. “Desde sua descoberta, ele foi anunciado como um novo planeta, mas não houve tempo suficiente para que os especialistas analisassem a proposta com rigor. Acredito que o marketing colocado no anúncio foi decisivo para que ele alcançasse esse status”.

UMA PEQUENA AMOSTRA DO UNIVERSO

Telescópio Hubble observa 'zoo' de galáxias:

Olhando em profundidade no Universo o Telescópio Espacial Hubble da NASA observou uma grande e variada coleção de galáxias. Localizadas numa diminuta região do espaço, vemos um numeroso e diversificado conjunto de galáxias de características únicas. Algumas são grandes, outras pequenas. Umas estão relativamente próximas, mas a maioria encontra-se bastante mais afastada. Centenas destas longínquas galáxias cuja ténue luz foi captada pelo Hubble, estão a ser observadas pela primeira vez.

Esta imagem representa uma visão típica do nosso Universo distante. Ao obter esta imagem, o Hubble olhou através de um longo corredor de galáxias que se 'estica' por milhares de milhões de anos-luz de distância, o que corresponde a olhar milhares de milhões de anos para o passado.
O campo da imagem cobre uma relativamente pequena porção do céu, uma fracção correspondente à área ocupada pela Lua cheia, o que não deixa de ser motivo para vermos uma zona ricamente povoada por uma grande variedade de diferentes tipos de galáxias.


A imagem foi obtida em Setembro de 2003, sendo necessária uma exposição de 40 horas da Câmara Avançada para Pesquisas do Hubble. Créditos da imagem: NASA, ESA e The Hubble Heritage Team (STSci / AURA).

Dispersas em toda a imagem encontram-se uma mão cheia de galáxias grandes e completamente formadas. Estas galáxias aparecem visíveis desta forma pelo facto de estarem relativamente próximas. Podemos ver galáxias espirais com discos planos com orientações diversas relativamente ao nosso plano de visão. Vemos ainda galáxias elípticas e outras mais exóticas, barradas ou com caudas provocadas por forças de maré.
Muitas das galáxias que aparecem pequenas estão bastante mais afastadas. De facto, estão tão longe que a luz captada pelo Hubble demorou milhares de milhões de anos a chegar até nós. Estamos assim a ver estas galáxias quando eram muito mais novas que as outras maiores, e mais próximas, que surgem na imagem.
No meio dos milhares de galáxias visíveis nesta imagem, encontramos também uma boa dúzia de estrelas próximas que residem na nossa própria galáxia, a Via Láctea. A mais brilhante desta estrelas é o objecto vermelho ao centro.

A imagem final é uma composição de múltiplas exposições de um único campo obtido com a Câmara Avançada para Pesquisas do Telescópio Espacial Hubble. A imagem, obtida em Setembro de 2003, foi uma espécie de bónus, obtida enquanto outras câmaras do Hubble etavam a fazer fotos para um programa científico. Esta imagem necessitou de uma exposição de quase 40 hora até ficar completa, tornando-a numa das mais longas exposições feitas pelo Hubble.

Créditos da notícia e imagens:

http://www.spacetelescope.org/

http://heritage.stsci.edu/

http://www.nasa.gov/

http://hubblesite.org/

A NOVA "CARA" DO SISTEMA SOLAR



NOVA DESCOBERTA NO ESPAÇO


Planeta tem clima similar ao da Terra...


Cientistas da Organização Européia para a Pesquisa Astronômica no Hemisfério Austral descobriram, pela primeira vez, um planeta habitável fora do Sistema Solar, com temperaturas similares às da Terra. O estudo sai amanhã na revista Astronomy and Astrophysics.

O planeta tem um raio quase 1,5 vez maior do que o da Terra, uma massa cinco vezes maior que a de nosso planeta e capacidade para armazenar água, informou ontem a equipe, com sede na localidade alemã de Garching.

- Achamos que a temperatura dessa superterra oscila entre 0ºC e 40ºC, de modo que a água poderia ser líquida - assinalou Stéphane Udry, do Observatório de Genebra.

O distante planeta fica na constelação de Libra e gira em torno da estrela Gliese 581. O exoplaneta, como os astrônomos definem os que não fazem parte de nosso Sistema Solar, é o menor já descoberto e realiza uma órbita completa em 13 dias.

Além disso, sua distância em relação à Gliese 581 é 14 vezes menor do que a que separa a Terra do Sol, explicaram os cientistas. Mas ainda não foram encontrados indícios de água ou vida.

A estrela do planeta descoberto é menor, menos fria e luminosa do que o Sol. Por isso, o planeta se encontra em uma área habitável, ou seja: em uma região na qual a água poderia ser líquida e as temperaturas ambientais, agradáveis. Os prognósticos realizados pelos cientistas indicam que o planeta deve ser muito rochoso, como a Terra, ou estar coberto por oceanos.

- O planeta será, com grande probabilidade, um alvo muito importante das futuras missões espaciais que se dedicarem à busca por vida extraterrestre - disse Xavier Delfosse, da Universidade de Grenoble e membro da equipe de Udry.

A Gliese 581 é uma das 100 estrelas mais próximas à Terra, situada a 20,5 anos-luz da constelação de Libra e com 30% da massa do Sol.

terça-feira, 24 de abril de 2007

A VIA-LÁCTEA...NOSSA GALÁXIA...









TEORIA DE EINSTEIN CONFIRMADA

Sonda da Gravidade confirma teoria de Einstein:

Em 1905, Albert Einstein mudou para sempre nosso entendimento do universo. Agora, 102 anos depois, um satélite de pesquisas contendo alguns dos mais precisos equipamentos jamais construídos pelo homem começa a confirmar duas de suas mais importantes previsões.

Giroscópios:

Em Abril de 2004 foi lançada a Gravity Probe B, ou Sonda da Gravidade B. A bordo, quatro giroscópios extremamente precisos, construídos seguindo as idéias de Leonard Schiff. Mais de 40 anos antes, em 1960, Schiff havia proposto que a presença do espaço-tempo poderia ser verificada com a utilização de giroscópios.

Seguindo apenas as Leis de Newton, um giroscópio situado na órbita terrestre deverá ficar perfeitamente fixo. Mas se, conforme diz Einstein, o espaço-tempo curva-se pela ação de uma força gravitacional, o giroscópio, devido à sua inércia natural, deverá mover-se com ele. Foi preciso esperar bastante pelo desenvolvimento da tecnologia necessária para construir esses giroscópios com a precisão necessária.

Agora, os cientistas anunciaram os primeiros resultados da Gravity Probe B.

Einstein estava certo:

"É fascinante ser capaz de acompanhar a curvatura do espaço-tempo prevista por Einstein diretamente pelo inclinar dos giroscópios da Gravity Probe," disse o coordenador da missão, Francis Everitt, "mais de um milhão de vezes mais precisos do que os melhores giroscópios de navegação."

A Gravity Probe B foi construída para testar dois efeitos previstos por Einstein: o efeito geodético - como a Terra curva o espaço-tempo - e o efeito de arrasto - como a rotação da Terra distorce o espaço-tempo ao seu redor. Seguindo a teoria de Einstein, o efeito geodético deveria causar uma inclinação de 0,0018 graus nos giroscópios. Já o efeito de arrasto de referenciais deveria causar uma inclinação de 0,000011 graus.

Os cientistas estão ainda na primeira fase de análise dos dados. Os resultados que eles apresentaram agora têm uma precisão de 1%. E eles mostram uma confirmação do efeito geodético. Como o efeito de arrasto de referenciais é cerca de 170 vezes menor que o efeito geodético, os cientistas ainda estão trabalhando para tentar detectá-lo na sua montanha de dados.

O tratamento desses dados deverá continuar até Dezembro, quando os cientistas esperam ter elevado sua precisão para um nível de 0,01%, suficiente para ter plena confirmação dos dois efeitos.

Sonda confirma distorção no espaço prevista por Einstein:

Presença do planeta altera o espaço ao redor, o que provocou um desvio de 0,0018º no alinhamento dos giroscópios do satélite Gravity Probe B.

Dados levantados pelo satélite Gravity Probe B (Sonda de Gravidade B, ou GP-B) confirmam uma das previsões da Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein, de que a presença de matéria provoca distorções no espaço e no tempo. Em órbita, a sonda mediu a distorção provocada pela massa do planeta Terra. Os primeiros resultados da missão GP-B foram apresentados pelo pesquisador Francis Everitt, da Universidade Stanford, numa reunião da Sociedade de Física dos EUA. Dotada de quatro giroscópios extremamente precisos, a GP-B foi projetada para testar duas previsões de Einstein: uma era o efeito geodético, ou distorção no espaço-tempo causada pela presença da massa terrestre. A outra, o chamado arrasto, é a distorção causada pelo fato de a Terra girar. Os resultados preliminares confirmam o efeito geodético. Já o arrasto terá de esperar a análise completa dos dados, prevista para estar pronta até dezembro deste ano. Os efeitos são minúsculos: o geodético faz com que o eixo dos giroscópios se desloque 0,0018º ao ano, em relação à posição original. Já o arrasto, segundo a previsão da teoria, deve causar um desvio ainda menor, de 0,000011º. O GP-B foi lançado ao espaço em abril de 2004, e coletou dados por mais de um ano. Os números estão sendo analisados por cientistas já há 18 meses.

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