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quinta-feira, 14 de junho de 2007
MARTE JÁ TEVE OCEANO

segunda-feira, 4 de junho de 2007
TEMPESTADES MAGNÉTICAS
Há pelo menos três dias, o Apolo11 vêm chamando a atenção para o surgimento de mais uma mancha solar, que a cada dia se torna mais proeminente e ativa. A mancha, batizada de 960, já pode ser facilmente vista, tanto diretamente como através de imagens das satélites.

Dados recebidos de diversos instrumentos, baseados em terra e no espaço, indicam que as chances de ocorrerem fortes tempestades solares de classe X aumentaram para 20% nas últimas 24 horas, enquanto as tempestades de classe M podem ocorrer a qualquer momento, com 70% de probabilidades entre as próximas 24 e 72 horas. Tempestades solares também são chamadas de flares solares.
Como conseqüências dessas tempestades, são esperados blackouts de radiopropagação nas freqüências mais baixas, usadas especialmente em equipamentos de radio localização, ILS de aeroportos e rádio-faróis, além de distúrbios em equipamentos de geração e distribuição de energia elétrica e sistemas a bordo de satélites.
Na última sexta-feira, um flare solar de classe M produzido pela mancha 960 causou blackouts de radiopropagação sobre toda a Europa, impedindo as comunicações em diversas freqüências de ondas curtas. Na República Tcheca, rádio-faróis que transmitem em 3.5 mHz também foram afetados, como mostra a plotagem abaixo.

Pelo gráfico, vemos que o sinal de radio localização na freqüência de 3.594 mHz, transmitido pela estação OK0EU, foi totalmente silenciado por quase 45 minutos, entre as 11h45 e 12h30 pelo horário de Brasília.
Flares solares:
Os flares, também chamados de rajadas solar, são explosões que acontecem quando uma gigantesca quantidade de energia, armazenada em campos magnéticos próximos às manchas solares, é repentinamente liberada.
Essa liberação de energia produz uma enorme emissão de radiação que se espalha por todo o espectro eletromagnético, se propagando desde a região das ondas de rádio até a região dos raios X e raios gama. Em conseqüência, temos as chamadas Ejeções de Massa Coronal, enormes bolhas de gases ionizados com mais de 10 bilhões de toneladas, que são lançadas ao espaço a velocidades surpreendentes, que ultrapassam facilmente a marca de um milhão de quilômetros por hora.
Nesta velocidade, as partículas ejetadas levam poucos dias para cruzar os 150 milhões de quilômetros que separam o Sol do nosso planeta.

Quando observadas dentro do espectro de raios-x, que vai de 1 a 8 Angstroms, produzem um intenso brilho ou clarão. A intensidade desse clarão (ou flare) permite classificar o fenômeno.
Além dos flares de Classe X e M, existem as rajadas de Classe C, fracas e pouco perceptíveis aqui na Terra.
A maior parte das partículas altamente carregadas é desviada quando atingem a magnetosfera da Terra. No entanto, parte dela consegue furar o bloqueio e chega até as camadas superiores da atmosfera. Quando isso ocorre temos as chamadas auroras boreais e austrais.
Como acompanhar:
Se você possui um receptor de ondas curtas, mesmo simples, também poderá detectar as rajadas solares. As perturbações podem ser detectadas monitorando as freqüências ao redor de 15 e 21 mHz. Nesta região as tempestades produzem variações de amplitude facilmente perceptíveis, que se assemelham às ondas do mar. Ouça um exemplo de áudio captado no dia 19 de maio de 2007 na freqüência de 21 mHz.
Dá pra ver?
As explosões solares podem ser vistas facilmente através das imagens captadas pelo satélite Soho e disponibilizadas aqui no Apolo11. As melhores imagens são as azuis, geradas pelo instrumento LASCO C3, o coronógrafo de ângulo largo a bordo do satélite. A mancha 956 pode ser vista nas imagens IGR e MAG, também disponíveis.
Atenção:
Para ver as manchas com seus próprios olhos é fundamental o uso de um telescópio acoplado a um filtro solar do tipo Baader ou H-Alpha. Nunca olhe diretamente para o Sol, nem com telescópio, binóculos ou a olho nu. Você corre o sério risco de nunca mais enxergar! Se não possuir esses filtros, utilize uma máscara de soldador número 14. Chapas de raios-x também não são aconselháveis. Os filtros devem ser adaptados à objetiva do telescópio e as observações feitas em intervalos curtos e alternados.
Artes: No topo, imagem do Sol captada pelo Observatório Solar e Heliosférico Soho mostra a mancha solar 960. A Terra, no canto superior serve como comparação de tamanhos. Na seqüência, plotagem de radiopropagação mostra o "silêncio" na freqüência de 3.5 mHz, durante forte interferência eletromagnética causada pela mancha 960. Na foto menor, violento flare captada pelo satélite Soho.