sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Cratera da Lua contém muita água...

Novos resultados de uma missão da Agência Espacial Norte-americana (Nasa, na sigla em inglês) realizada há pouco mais de um ano mostram que existe muito mais água na Lua do que os cientistas imaginavam. Em apenas uma cratera do satélite, calcula-se que pode haver quase 4 bilhões de litros, o suficiente para encher 1,5 mil piscinas olímpicas.
A prova de que a Lua é um mundo dinâmico, e não seco e desolado, oferece a possibilidade da criação de postos espaciais, nos quais futuros astronautas poderiam encontrar água para beber e para fabricar combustível para naves, dizem cientistas.
"Os recursos estão lá e são potencialmente utilizáveis em futuras missões", afirmou o cientista Anthony Colaprete, do Centro de Pesquisa Ames da Nasa, que comparou a cratera de cerca de 100 quilômetros de diâmetro por 25 de profundidade a um oásis no deserto. Entretanto, o governo dos Estados Unidos não tem planos de voltar a pousar na Lua em curto prazo.
Em 9 de outubro do ano passado, a Nasa lançou contra a superfície da cratera Cabeus, a cerca de 100 quilômetros do polo sul do satélite, o foguete Centauro e, quatro minutos depois, a sonda Lcross (sigla em inglês para Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares).
O impacto da Centauro registrado pela Lcross e enviado à Nasa antes de sua queda foi tão grande que levantou do fundo da cratera uma nuvem de partículas que não recebiam luz solar havia bilhões de anos. Em novembro, a Nasa divulgou que dessa nuvem constava água congelada, confirmando que o satélite não era tão árido quanto se pensava. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Gás frio explicaria crescimento das galáxias, afirmam cientistas

PARIS, 13 Out 2010 (AFP) -Astrofísicos europeus anunciaram, em artigo publicado na edição desta quarta-feira da revista científica britânica Nature, ter conseguido solucionar um mistério sobre o crescimento das galáxias, que a partir de protoestruturas deram origem às gigantes de bilhões de estrelas da atualidade.

Segundo eles, as jovens galáxias se alimentaram do gás frio que as cercou depois do ''big bang'' para dar à luz novas estrelas, abrindo um novo caminho para se compreender a expansão do universo.

Análises de luz antiga, conhecida no jargão astronômico como ''redshift'' (desvio para o vermelho), indicam que as primeiras galáxias se formaram cerca de 13 bilhões de anos atrás, um bilhão de anos depois do ''big bang'' que deu origem ao universo.

Nos primeiros bilhões de anos que se seguiram ao ''big bang'', a massa da maior parte das galáxias aumentou consideravelmente e entender como isto ocorreu é uma das maiores indagações dos astrofísicos.

Até agora, muitos especialistas acreditavam que as galáxias aumentaram de tamanho colidindo e fundindo-se entre si.

Mas uma teoria diferente argumenta que esta não seria a única resposta. Uma abordagem mais sutil também funcionaria. De acordo com este argumento, uma galáxia jovem sugaria o gás frio interestelar como matéria-prima para produzir novas estrelas.

Uma equipe de astrônomos pôs a ideia à prova, usando um espectrógrafo - equipamento que permite fazer a análise de luz - no telescópio europeu VTL (Very Large Telescope), instalado no deserto do Atacama, no Chile.

Os astrônomos começaram por selecionar três galáxias muito distantes entre si, semelhantes à Via Láctea, com antiguidade estimada em cerca de 2 bilhões de anos depois do ''big bang'', assegurando-se que não tenham tido contato com outras galáxias.

Posteriormente, observaram o centro destas três galáxias com o VTL e perceberam que seu coração continha elementos atômicos menos pesados que os de outras, apesar de formar estrelas vigorosamente.

Inversamente, o centro das galáxias mais próximas da nossa são abundantes em "elementos pesados", ou seja outros que não os gases hélio e hidrogênio.

Os dois gases constituíram a quase totalidade do universo após o ''big bang'' e foi a partir desta matéria-prima que as primeiras estrelas formaram, por fusão nuclear, elementos pesados como oxigênio, nitrogênio, carbono, etc.

A descoberta sugere que a matéria que alimenta a geração de estrelas nas jovens galáxias procedeu do "gás primordial" que as cercava e que continha poucos elementos pesados.

Os resultados "são a primeira evidência direta de que a adição de gás primitivo realmente aconteceu e que foi suficiente para incentivar uma vigorosa formação estelar e o crescimento de galáxias maciças no jovem universo", explicou o chefe da equipe de cientistas, Giovanni Cresci, do Obseratório de Astrofísico Arcetri, na Itália.

Segundo o Observatório Europeu Asutral (ESO), a descoberta é "a maior prova, até agora, de que as jovens galáxias absorvem gás primitivo" e o utilizam como combustível para dar origem a novas estrelas.

"A descoberta terá um enorme impacto na nossa compreensão sobre a evolução do universo do ''big bang'' até os dias atuais", anunciou o Observatório Europeu Austral (ESO), em um comunicado.

"As teorias sobre a formação das galáxias e sua evolução precisam ser reescritas", destacou. [Fonte: Terra]

MAIS BLOGS: