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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Cientistas Fazem Descoberta Que Pode Mudar Para Sempre a Nossa Compreensão do Universo

 


Cientistas fizeram uma descoberta que pode transformar completamente nossa compreensão sobre a energia escura, um dos principais componentes do universo, nos próximos anos.


De acordo com a AP News, há décadas, os cientistas sabem que o universo está se expandindo, impulsionado por uma força misteriosa.


Além disso, acreditava-se, até então, que essa expansão ocorria em aceleração constante.

Essa força, invisível e impossível de medir diretamente, foi nomeada energia escura.


Os cientistas teorizavam que, além de ser uma força constante, é perfeitamente ajustada ao modelo matemático padrão do cosmos, explicando a simetria do universo.


De acordo com a NASA, a energia escura compõe cerca de 70% do universo, enquanto as estrelas e a matéria visível somam apenas cerca de 5%.


No entanto, com a nova pesquisa, os cientistas passaram a questionar não apenas o funcionamento, mas até mesmo a própria existência da matéria escura, causando um grande impacto em diversos campos científicos, informou a AP News.


Os resultados foram apresentados por uma colaboração internacional de 900 cientistas especializados no estudo do movimento das galáxias.


A equipe internacional descobriu que a força responsável pelo movimento das galáxias e, consequentemente, pela expansão do universo, em vez de ser uma constante, pode mover-se de forma irregular.


Segundo a AP News, a colaboração internacional já havia apresentado resultados semelhantes no início deste ano. Agora, com uma análise mais abrangente, o novo estudo confirmou os mesmos achados.


domingo, 8 de abril de 2012

Entrevista com Michio Kaku - Universos Paralelos

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Cientistas russos esperam encontrar vida alienígena até 2031

Cientistas russos esperam que a humanidade se depare com civilizações alienígenas nas próximas duas décadas, disse um importante astrônomo russo na segunda-feira (27).
"A gênese de vida é tão inevitável como a formação de átomos... A vida existe em outros planetas e vamos encontrá-la dentro de 20 anos", disse Andrei Finkelstein, diretor do Instituto de Astronomia Aplicada da Academia Russa de Ciências, segundo a agência de notícias Interfax.
Falando num fórum internacional sobre a busca de vida extraterrestre, Finkelstein disse que 10 por cento dos planetas conhecidos orbitando ao redor de estrelas parecem a Terra.
Se for encontrada água, então também pode ser encontrada a vida, disse ele, acrescentando que muito provavelmente os alienígenas serão parecidos com os humanos, com dois braços, duas pernas e uma cabeça.
"Eles podem ter uma cor de pele diferente, mas mesmo isso nós temos", disse ele.

O instituto de Finkelstein é responsável por um programa lançado nos anos 1960, no auge da corrida espacial da Guerra Fria, para observar e emitir sinais de rádio ao espaço.
"O tempo inteiro ficamos buscando por civilizações extraterrestres; basicamente esperamos por mensagens do espaço e não o outro lado", disse ele. [Fonte: IG]

Prêmio Nobel de Física garante que existe vida fora da Terra

O Prêmio Nobel de Física de 2004, o americano Frank Wilczek, se mostrou hoje convencido da existência de vida extraterrestre, "provavelmente", inclusive em nosso próprio sistema solar.
Em entrevista concedida à Agência Efe, Wilczek cogitou a possibilidade de que planetas como Marte, e talvez alguns satélites de Saturno, abriguem formas de vida, que seriam parecidas às bactérias extremófilas que habitam em condições de limite em alguns ambientes da Terra.
O Prêmio Nobel, que participa de um evento científico realizado em San Sebastián, no norte da Espanha, explicou que há tantos planetas e estrelas no universo que fica difícil "considerar que só um, a Terra, tenha vida".
De qualquer maneira, ele lembrou que "uma coisa é a vida e outra é a vida inteligente", uma qualidade que "requer muito tempo e uma série de condições" específicas. Segundo ele, haver todos esses ingredientes ao mesmo tempo "é difícil".
No entanto, embora ele não considere possível que Marte contenha alguma forma de vida, Wilczek não é favorável a organizar, no momento, missões tripuladas por humanos ao planeta vermelho, já que "a tecnologia da qual dispomos atualmente para enviar pessoas ao espaço é muito perigosa e muito cara".
Por este motivo, ele considera que até se pode enviar astronautas ao espaço, mas que seria melhor destinar o dinheiro "a outro tipo de coisas que têm mais prioridade". [Fonte: IG]

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Astrônomos desenvolvem melhor mapa 3D de nosso universo

Está pronto o mais completo mapa 3D do nosso universo local, que revela detalhes inéditos sobre o lugar do planeta Terra no cosmos. O mapa mostra todas as estruturas visíveis a cerca de 380 milhões de anos-luz, o que inclui aproximadamente 45 mil das nossas galáxias vizinhas – o diâmetro da Via Láctea é de cerca de 100 mil anos-luz.
“O mapa nos dá algumas respostas no sentido de compreender o nosso lugar no universo”, observa Karen Masters, da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra. “Seria ruim não ter um mapa completo da Terra. Trata-se da mesma situação aqui. É bom ter um mapa completo do lugar onde vivemos”, compara.
O mapa foi montado com os dados de dois projetos de pesquisa astronômicos: Two-Micron All-Sky Survey, ou “2MASS” na sigla em inglês, e Redshift Survey, ou “2MRS”. Ambos levaram 10 anos para fazer a varredura completa do céu noturno utilizando luz infravermelha. Os projetos contaram com o auxílio de dois telescópios terrestres, nos EUA e no Chile.
A radiação infravermelha, que possui um comprimento de onda mais longo que a luz visível, pode penetrar nas nuvens de poeira opacas, comuns nas galáxias. Isso permitiu que o levantamento 2MRS estendesse seus “olhos” para mais perto do plano da Via Láctea do que jamais havia sido possível em estudos anteriores. A área é muito escura devido à poeira e apenas tecnologias como a empregada pelo 2MRS de luz infravermelha conseguem penetrar no local.
“Isso cobre 95% do céu”, conta Masters. “Com o infravermelho, somos menos afetados pelos componentes da Via Láctea que não nos interessam e, assim, somos capazes de enxergar melhor e mais perto o plano da galáxia”.
O aspecto 3D do mapa vem do fato de que os pesquisadores mediram o desvio de objetos cósmicos, o que indica o quanto da luz foi deslocada para a extremidade vermelha do espectro de cores. Isso acontece por causa do chamado efeito Doppler, que faz com que o comprimento de onda de luz seja ampliado quando a fonte de luz está se afastando de nós.
Tendo em vista que o universo está se expandindo, através da medição do desvio para o vermelho de um objeto e, consequentemente, sua velocidade, os astrônomos podem deduzir sua distância. Isso porque objetos mais distantes se movem mais rapidamente.
Além de fornecer um quadro mais completo do nosso lugar no universo, o novo mapa poderia ajudar a resolver o mistério desconcertante do movimento peculiar da Via Láctea. Este movimento, de aproximadamente 600 quilômetros por segundo, ainda tem de ser explicado pela atração gravitacional dos objetos conhecidos perto da nossa galáxia.
“A questão científica mais importante do que possuir um mapa completo do universo é descobrir a fonte do movimento da Via Láctea”, afirma Masters. “Sabemos que a causa de tudo isso é a gravidade. Agora encontrar a fonte da gravidade e onde a massa está tem sido o grande problema, já há algum tempo. Porém, agora que temos um mapa completo de todas as galáxias, devemos ser capazes de explicar esse movimento”, acredita.
Por exemplo, foi encontrada uma estrutura até então desconhecida e ainda um tanto misteriosa, que pode exercer uma força gravitacional na Via Láctea. De acordo com os pesquisadores, essa pode ser parte da solução.[LiveScience]

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Nasa cria material “mais preto que o preto”

Nanotubos de carbono são a base do material

Notícia que pode perfeitamente inaugurar a série: “esses cientistas malucos e suas invenções aparentemente inúteis”. Cientistas do Centro Espacial Goddard, da NASA, passaram algum tempo quebrando a cabeça para criar uma matéria mais escura do que a tinta mais preta disponível no mercado.
Conseguiram um novo material que é dez vezes mais preto do que o preto mais preto que você já viu em uma lata de tinta. Como? Usando nanotubos de carbono criados a partir de titânio. Para que?
A ideia é que o material seja usado em futuras câmeras e telescópios usados para vasculhar o espaço sideral.
Hoje em dia nossos olhos lá em cima usam uma tinta desenvolvida pela NASA chamada Z306, que é bem preta, mas não é preta o suficiente para reduzir ao mínimo a contaminação por fótons (luz) das fotos tiradas lá em cima. Cerca de 40% das imagens capturadas são inutilizadas por causa do excesso de luz. Essa nova camada de nanotubos pode resolver isso ao absorver aproximadamente 99,5% da luz. O resultado pode ser esse aí embaixo.


A NASA projeta que o material será usado pela primeira vez em uma nova geração de instrumentos usados para medir fotossíntese marítima. [Fonte: msn Tecnologia]

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Nosso universo pode não ser o primeiro – nem o último



A atual teoria amplamente aceita do começo vida e do universo diz que tudo que existe agora nasceu de um “pacote pequeno e apertado” a partir do qual houve a explosão conhecida como Big Bang, cerca de 13,7 bilhões de anos atrás. Essa explosão arremessou violentamente tudo à existência.

Mas 13,7 bilhões anos para chegar onde estamos não é suficiente para alguns especialistas. O físico Roger Penrose tem uma teoria diferente: ele acredita poder provar que as coisas não são ou não foram tão simples assim.

Com base em uma evidência encontrada na radiação cósmica de fundo, o físico afirma que o Big Bang não foi o começo do universo, mas um em uma série de Big Bangs cíclicos, sendo que cada um desses Big Bangs gerou o seu próprio universo.

Apesar de haver teorias meio malucas, a ideia do físico parece ser relativamente possível. Ele afirma ter encontrado as provas de que precisava para sustentar sua hipótese do universo cíclico na radiação cósmica. A radiação cósmica de fundo deve ter começado a existir quando o universo tinha apenas 300 mil anos de idade, e por isso é tratada como uma espécie de registro do estado do universo naquele momento.

Pela estimativa do cientista, o nosso universo não é o primeiro, e mais importante, nem será a último. Na verdade, é esse alto grau de ordem aparentemente presente desde o nascimento do universo que levou o físico a essa linha de pensamento.

O atual modelo do Big Bang não fornece um motivo para que um estado altamente ordenado e uma baixa entropia existissem no momento do nascimento do nosso universo, a menos que as coisas fossem colocadas em ordem antes de ocorrer o Big Bang.

De acordo com Penrose, cada universo retorna a um estado de baixa entropia à medida que se aproxima do dia final da sua expansão ao nada. Os buracos negros, devido ao fato de que sugam tudo o que encontram, passam suas vidas trabalhando para “limpar” a entropia do universo. E, conforme o universo se aproxima do seu fim, os buracos negros se evaporam, colocando as coisas de volta em um estado de ordem. Incapaz de se expandir mais, o universo “se colapsa” e volta a ser um sistema altamente organizado, pronto para disparar o próximo Big Bang.

O modelo atual do universo diz que qualquer variação de temperatura na radiação cósmica de fundo deve ser aleatória, mas o físico afirma ter encontrado círculos concêntricos muito claros dentro dessa radiação, sugerindo regiões onde a radiação tem faixas de temperatura muito menores. Essas seriam as evidências esféricas dos efeitos gravitacionais das colisões de buracos negros durante o universo anterior. Os círculos se encaixam bem em sua teoria, mas não são tão coerentes na teoria padrão do Big Bang.

Ainda assim, não é possível afirmar que a nova teoria seja mais verdadeira. O físico ainda tem que “ligar” algumas pontas soltas de seu trabalho, e provar alguns pressupostos. Seus estudos vão ser examinados cuidadosamente, e quem sabe um dia sua teoria pode vir a revolucionar os fundamentos da física moderna. [Fonte: Hypescience]

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cientista famoso descarta existência de Deus para explicar origem do universo



Em novo livro, Stephen Hawking diz que Big Bang é consequência das leis da física.


Em seu novo livro, o cientista britânico Stephen Hawking exclui a possibilidade de que Deus tenha criado o universo. 

Da mesma maneira como o darwinismo eliminou a necessidade de uma Criador no campo da biologia, Hawking afirma que as novas teorias científicas tornam redundante o papel de um criador do universo. 

O Big Bang, a grande explosão que deu origem ao universo, foi consequência inevitável das leis da física, argumenta o famoso cientista em seu livro, que teve trechos revelados hoje pelo jornal britânico The Times. Hawking volta atrás em opiniões anteriores, expressas na obra Uma Breve História do Tempo, na qual sugeria não haver incompatibilidade entre a existência de um Deus criador e a compreensão científica do universo. 

"Se chegamos a descobrir uma teoria completa, seria o triunfo definitivo da razão humana, porque desvendaríamos a mente de Deus", escreveu o astrofísico naquele livro, um best-seller do fim da década de 80. 

Em seu novo livro, cujo título em inglês é The Grand Design, Hawking argumenta que a ciência moderna não deixa lugar para a existência de um Deus criador do Universo. 

Segundo ele, as condições que deram à Terra o ambiente perfeito para a existência da vida humana são muito menos singulares do que se supunha. Ou seja, há muitos outros lugares no universo com características semelhantes. Hawking vai além: é provável que existam outros universos. Ou seja, se a intenção de Deus era criar o homem, para que outros universos? [Fonte: AN]


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Astrônomos cidadãos descobrem tipo raro de pulsar de rádio

O novo pulsar - chamado PSR J2007+2722 - é uma estrela de nêutrons que gira 41 vezes por segundo, emitindo ondas de rádio. Ele está na Via Láctea, a cerca de 17 mil anos-luz da Terra, na constelação da Raposa.[Imagem: AEI Hannover]


Ócio criativo
Três "cientistas-cidadãos" - um alemão e um casal norte-americano - descobriram um novo pulsar de rádio escondido nos dados coletados pelo Observatório de Arecibo.
Esta é primeira descoberta feita pelo projeto Einstein@Home, um grande projeto de computação distribuída que usa o tempo ocioso dos computadores de 250 mil voluntários de 192 países diferentes.

Os voluntários, em cujos computadores o novo pulsar foi descoberto, são Chris e Helen Colvin, de Ames, Iowa, nos Estados Unidos, e Gebhardt Daniel, da Universidade de Mainz, na Alemanha.
Seus computadores, juntamente com outros 500 mil de todo o mundo, analisam continuamente os dados do Einstein@Home - em média, os doadores contribuem com dois computadores cada um.
Pulsar de rádio
O novo pulsar - chamado PSR J2007+2722 - é uma estrela de nêutrons muito densa, que gira 41 vezes por segundo, emitindo ondas de rádio na frequência de 40,8 hertz. Ele está na Via Láctea, a cerca de 17 mil anos-luz da Terra, na constelação da Raposa.
Diferentemente da maioria dos pulsares que giram constantemente em velocidade semelhante, o PSR J2007+2722 está sozinho no espaço, e não tem nenhuma estrela companheira.
Os astrônomos o consideraram especialmente interessante porque ele é provavelmente um pulsar reciclado que perdeu sua companheira. No entanto, eles não descartam a possibilidade de que ele seja um pulsar jovem nascido com um campo magnético menor do que o usual.
Cientista cidadão
O projeto Einstein@Home funciona a partir da instalação de um software nos computadores dos voluntários, que devem estar ligados à internet.
Toda vez que a máquina estiver ociosa por alguns minutos, o software entra em funcionamento, usando a capacidade de processamento para analisar os dados recebidos dos servidores centrais que ficam na Universidade de Wisconsin - veja mais detalhes na reportagem Caçadores de pulsares farão expedição astronômica usando PCs.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Stephen Hawking: Homem terá que colonizar espaço para sobreviver

A raça humana terá que colonizar o espaço nos próximos 200 anos se não quiser desaparecer, advertiu esta segunda-feira o astrofísico britânico Stephen Hawking, em entrevista publicada no site 'Big think'.
"Penso que o futuro a longo prazo da raça humana está no espaço. Será difícil evitar uma catástrofe no planeta Terra nos próximos cem anos, sem falar dos próximos mil anos ou dos próximos milhões de anos", declarou o cientista no site na internet que se apresenta como um "fórum mundial que relaciona pessoas e ideias".
"A raça humana não deveria apostar apenas no planeta", acrescentou o cientista.
"Vejo grandes perigos para a raça humana. Em muitas ocasiões no passado, sua sobrevivência foi difícil", afirmou, mencionando em especial a famosa crise dos mísseis, em 1963, em Cuba.
"A frequência de tais ameaças provavelmente aumentará no futuro. Teremos necessidade de prudência e juízo para lidar com elas com sucesso. Sou otimista", disse Hawking.
Segundo ele, "se pudermos evitar uma catástrofe nos próximos dois séculos, nossa espécie se salvará se nos lançamos no espaço".
"Se somos os únicos seres inteligentes da galáxia, temos que garantir nossa sobrevivência", disse o cientista, considerando que o aumento da população mundial e os recursos limitados da Terra ameaçarão cada vez mais a espécie humana.
"Por isso, sou favorável a fazer voos tripulados ao espaço", disse.
Em abril, o cientista havia advertido que se os extraterrestres existissem, os homens deveriam evitar qualquer contato com eles, porque as consequências poderiam ser devastadoras.
Stephen Hawking, de 68 anos, mundialmente conhecido por seus trabalhos sobre o universo e a gravidade, é autor de "Uma Breve História do Tempo", um dos maiores 'best-sellers' da literatura científica.
Sofrendo desde os 22 anos de esclerose lateral amiotrófica, doença degenerativa que provoca paralisia, o cientista desloca-se em cadeira de rodas e se comunica através de um computador e um sintetizador de voz. (Yahoo)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Fósseis de seres vivos nas rochas marcianas



Minerais detectados em Marte, com quatro mil milhões de anos, revelam fósseis da vida que existiu naquele planeta.

Uma equipa internacional de cientistas usou métodos indirectos para identificar aquilo que poderá ser vida fossilizada em rochas marcianas com quatro mil milhões de anos. A curiosidade dos cientistas foi provocada pela descoberta, em 2008, de carbonatos em rochas de Marte. Este mineral é produzido pelos restos fossilizados de seres vivos. Na Terra, surge associado a restos de ossos ou de conchas.
Nesta investigação, os cientistas usaram um dos instrumentos a bordo da sonda orbital da NASA Mars Reconnaissance Orbiter para estudar rochas da zona conhecida por Nili Fossae onde se sabia existir estes carbonatos. A técnica, que consistia em usar luz infravermelha, foi depois utilizada, da mesma forma, para analisar rochas muito antigas do planeta Terra, numa zona do Noroeste da Austrália conhecida por Pilbara.
O que o estudo apurou é que o conteúdo mineral das rochas de Nili Fossae e das de Pilbara era muito semelhante, sugerindo processos idênticos, envolvendo vida no segundo caso. Segundo os cientistas, nenhum processo geológico poderia ter produzido aquelas características.
Nili Fossae é agora um dos alvos primordiais para futuras explorações de Marte, estando a ser avaliado como potencial lugar de aterragem da próxima sonda da NASA, Mars Science Laboratory, cuja partida está prevista para 2011. Trata-se de um veículo não tripulado que precisará de planícies desafogadas, o que não é o caso de Nili Fossae, onde há muitas pedras de certa dimensão a impedir o progresso da máquina. [Fonte:DN Ciência]

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Hawking: homem deveria evitar contato com eventuais ETs

Os extraterrestres podem existir, mas os homens deveriam evitar qualquer contato com eles porque as consequências poderiam ser devastadoras, advertiu o astrofísico britânico Stephen Hawking, em um programa exibido no domingo pelo canal Discovery Channel.
"Se os extraterrestres nos visitassem, o resultado seria mais importante do que quando Cristóvão Colombo chegou à América, o que não foi positivo para os índios americanos", afirmou o cientista.
"Extraterrestres evoluídos poderiam talvez ser nômades e querer conquistar e colonizar os planetas que forem conhecendo", completou na nova série "No Universo com Stephen Hawking".
Na hipótese da existência de vida extraterrestre, o astrofísico destacou que "o verdadeiro desafio consiste em saber com que se parecem atualmente os 'aliens'".
O homem já fez várias tentativas de contato com civilizações extraterrestres. Em 2008, a Nasa, a agência espacial americana, emitiu no espaço a canção dos Beatles "Across the Universe" para mandar uma mensagem de paz a eventuais extraterrestres. A mensagem deve chegar à região de Polaris em 2439.
Stephen Hawking, 68 anos, mundialmente conhecido pelos trabalhos sobre o universo e a gravidade, é autor de "Uma Breve História do Tempo", um dos maiores êxitos da literatura científica, e de "O Universo numa Casca de Noz". [Fonte: Yahoo Notícias]

APRENDA A VIAJAR NO COSMOS


Estão abertas as inscrições para o curso de introdução à astronomia “Leitura do Céu e Sistema Solar”. As aulas acontecem no mês de maio no Planetário da UFSC. Os participantes do curso poderão aprender sobre formações como a nebulosa de Orion (foto), uma enorme concentração de poeira estelar e de gases localizada a 1,5 mil anos-luz do nosso sistema solar. Informações: http://www.gea.org.br/curso.html

terça-feira, 2 de março de 2010

Terremoto no Chile pode ter encurtado duração dos dias, diz Nasa


Washington, 2 mar (EFE).- O forte terremoto que atingiu o Chile no último fim de semana pode ter movido o eixo da Terra e encurtado a duração dos dias, segundo cientistas da Agência Espacial Americana (Nasa).

O pesquisador Richard Gross e seus colaboradores do Laboratório de Propulsão da Nasa avaliaram, com a ajuda de computadores, de que forma o abalo de 8,8 graus na escala Richter poderia ter alterado a rotação do planeta.

De acordo com o estudo, o tremor fez com que um dia na Terra passasse a ter 1,26 microssegundos - um microssegundo é a milionésima parte de um segundo - a menos.
Além disso, os cientistas chegaram à conclusão de que o eixo da Terra - sobre o qual a massa do planeta se mantém equilibrada e que é diferente do eixo norte-sul, de polo a polo - mudou em 2,7 milissegundos (cerca de oito centímetros).

Ainda segundo o cientista, o mesmo modelo de cálculo foi usado para fazer a mesma avaliação no caso do terremoto que atingiu a ilha de Sumatra (Indonésia) em 2004. Por causa daquele tremor de 9,1 graus na escala Richter, os dias foram reduzidos em 6,8 microsegundos, e o eixo do planeta sofreu redução de 2,32 milisegundos - cerca de 7 centímetros.

Gross afirmou que apesar do terremoto no Chile ter sido menor do que aquele, provocou mais alteração no eixo terrestre por ter ocorrido mais longe da linha do equador, e porque a falha geológica na qual aconteceu o terremoto chileno foi mais profunda e ocorreu em um ângulo ligeiramente mais acentuado do que a responsável pelo terremoto de Sumatra. EFE. [Fonte: Yahoo Notícias]

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Construa o seu próprio Universo


Cientistas querem criar um big-bang em outra dimensão:

Deus existe? Se existir, é melhor se cuidar, pois tem cientista de olho no cargo Dele. Parece megalomania, mas é verdade: baseados em idéias da cosmologia, alguns físicos estão ousando criar o impensável dentro do laboratório: universos. Um deles é Nobuyuki Sakai, da Universidade Yamagata, no Japão, que diz ter descoberto um meio de usar aceleradores de partículas para bombear zilhões de cacos de átomos num único ponto e, com isso, causar um novo big-bang, a explosão que deu origem a tudo. Segundo o físico, é só fornecer a matéria-prima que ele faz o serviço. O problema é que muitos dos ingredientes de que Sakai precisa para brincar de Deus são um tanto excêntricos – como o monopolo, uma partícula que só existe em teoria. Mas, mesmo que o cientista encontre o material necessário para inaugurar um novo Cosmos, não conseguirá segurar o cargo de todo-poderoso por muito tempo. Isso porque, depois de criado, o novo Universo desaparecerá do nosso num piscar de olhos. E o cientista continuará sem nenhum planetinha para governar. Pois é: Deus não é funcionário público, mas tem estabilidade no emprego.

Crescei-vos

Pegue tudo o que existe num raio de 50 metros e coloque no pingo deste i. Essa é a densidade de um núcleo atômico. Agora repita o processo 1 060 vezes e comprima tudo no ponto. Difícil? Os cientistas também acham. Então inventaram um atalho para isso: bombardear um monopolo (1) – um tipo de partícula superdensa – com pedaços de átomos até que ele obtenha essa concentração de matéria.

Espalhai-vos

Desse jeito, o ponto ficaria tão denso que o "peso" dele abriria um rombo no espaço-tempo – a parede invisível que envolve o nosso Universo. Na prática, nasce um pequeno buraco negro (2). Alguns cientistas acham que os buracos dão origem a novos universos do lado de fora do espaço-tempo. Então pronto: ao criar um corpo assim no laboratório, você detonaria um big-bang em outra dimensão (3).

Multiplicai-vos

O buraquinho negro se desconecta do nosso Universo em um trilionésimo de segundo (4). Ou seja, se você conseguir virar Deus, nem terá tempo de contemplar sua obra (5). Mais: os eventuais habitantes de lá nunca saberão o que os criou. A menos que eles descubram como fazer universos... Mas, ei: quem garante que alguém em outro Universo não tenha aprendido isso há 13,5 bilhões de anos? (Fonte: Super Arquivo)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

100 Horas de Astronomia (100HA)

A celebração do Ano Internacional da Astronomia 2009 tem como um de seus programas globais o evento 100 Horas de Astronomia (100HA), que consiste em atividades de divulgação entre hoje e domingo, 2 e 5 de abril. Setenta e nove países já divulgaram sua programação, contando mais de 1500 atividades. Espera-se que 1 milhão de pessoas participem dos eventos. Para uma visão mais detalhada, visite o site http://www.100hoursofastronomy.org

É muito interessante ver que o Brasil está no honroso segundo lugar, com 180 atividades, comparado com os EUA, em primeiro lugar, com 400 atividades, e a Nova Zelândia, em terceiro, com 67. Esses números são do dia 1° de abril e crescem continuamente, dado o vício brasileiro de anunciar tudo na última hora. Para visualizar atividades em todo o mundo, use este link. Ele abre um mapa, como o que está ao lado, e, clicando em cima de cada bandeira, você acessa o mapa de cada país. Detalhes de cada evento no Brasil, como horário, endereço etc., podem ser acessados no site http://www.astronomia2009.org.br, clicando no link “Eventos”.

A amplitude das 100 Horas de Astronomia se deve principalmente ao entusiasmo dos astrônomos amadores. Esse tipo de atividade é feita fora das academias, por cidadãos autodidatas que custeiam seus próprios meios de observação. Na Europa, essa atividade remonta há séculos, logo depois da invenção do telescópio. Muitos astrônomos amadores fizeram contribuições elevantes para a ciência astronômica, o que não tem paralelo em outros ramos do conhecimento.

Mas, como interpretar esse surpreendente desempenho do Brasil, um país com tradição de cultura científica tão pobre e incipiente? Quantos grupos de amadores existem? Ao iniciarmos, em 2007, a preparação do Ano Internacional da Astronomia, esperávamos encontrar 30-40 clubes amadores no Brasil. Cadastramos 125! Um número comparável ao da França ou Inglaterra, que são os países de maior tradição na área. Isso é difícil de explicar devido a fatores adversos no Brasil como: pobreza de cultura científica, falta de instrumentos de observação no mercado local e alto custo dos importados, reduzido número de noites de céu limpo. O brilhante desempenho da astronomia profissional brasileira, que vem crescendo 15% ao ano sem parar ao longo de 3 décadas, tem tido uma excelente receptividade pública. Entretanto, isso sozinho não explica o enorme entusiasmo de nossos cidadãos para os eventos celestes. Fica aqui a sugestão para que alguém estude esse fato.

No âmbito profissional, existe um programa chamado “Volta ao Mundo em 80 Telescópios”. Ele consiste de webcasts (transmissões de vídeo e áudio pela internet) ao vivo a partir dos maiores telescópios em operação: no solo, o Keck, o Gemini, o VLT, o telescópio sul-africano de 11 metros; no espaço, o telescópio espacial Hubble/NASA, os telescópios da ESA (Agência Espacial Européia) em altas energias XMM-Newton e Integral. O programa se inicia amanhã, dia 3, às 9h UT (Universal Time, ou horário de Greenwich, que está três horas à frente do fuso de Brasília) e dura 24 horas seguidas. Os webcasts serão transmitidos pelo popular site www.ustream.tv, que se associou ao 100HA. Além desse site internacional, o próprio site do 100HA estará transmitindo webcasts de todas as partes do mundo.

A idéia é que, a qualquer hora do dia ou da noite, os cidadãos de todo o mundo poderão olhar o céu através de algum telescópio. O Hubble ofereceu uma oportunidade de votação (you decide) para um grupo de 6 alvos e um deles será observado durante as 100HA. No Brasil, o Laboratório Nacional de Astrofísica do Ministério da Ciência e Tecnologia (LNA/MCT) oferecerá um evento de portas abertas no Observatório do Pico dos Dias , em Brazópolis, no sul de Minas Gerais, com visitação pública no dia 4, sábado. A partir das 16h (hora local), haverá transmissão via internet a partir de um de seus telescópios.

Augusto Damineli - Edição Online - 02/04/2009
Revista Pesquisa FAPESP

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Cientistas descobrem três exoplanetas 'super-Terras' em torno de uma estrela

Três exoplanetas um pouco maiores do que a Terra, denominados "super-Terras", foram detectados em torno de uma mesma estrela por uma equipe de astrofísicos suíços e franceses que revelou sua descoberta nesta segunda-feira (16/06/2008), em Nantes (oeste da França).

A equipe do Observatório da Universidade de Genebra (Unige) apresentou três exoplanetas com massa 4,2, 6,7 e 9,4 vezes maior que a da Terra, gravitando em torno da estrela HD 40307, situada a 42 anos-luz do nosso planeta. "A estrela está muito próxima, é quase nossa vizinha", explicou Michel Mayor, astrônomo de Genebra e descobridor do primeiro exoplaneta em 1995.
Os astrônomos também anunciaram ter encontrado duas "super-terras" em torno de duas outras estrelas, sendo uma com 7,5 vezes a massa da Terra em torno de HD 181433.

Mais de 270 exoplanetas já foram registrados em torno de estrelas, mas eles eram até hoje, em sua maioria, grandes demais para serem comparados à Terra, do tamanho de Saturno ou de Júpiter.
As últimas "super-Terras" foram detectadas graças ao espectrógrafo HARPS, um instrumento de ponta concebido e construído no Observatório da Unige e instalado sobre um dos telescópios de La Silla, no Chile. Ele já permitiu a descoberta de 45 planetas de menos de 30 vezes a massa da Terra, indicaram os astrônomos nesta segunda-feira (16/06/2008).

"Sabemos atualmente que talvez quase todas as estrelas têm planetas que giram em torno delas. O que anunciamos nesta segunda-feira é que seguramente existem planetas muito pequenos, ou seja, quatro vezes menos a massa da Terra", explicou Michel Mayor.
"Em torno das estrelas, sem dúvida em um ou dois anos, descobriremos planetas habitáveis", assegurou Stephane Udry, outro membro da equipe da Universidade de Genebra. (Fonte: YahooNotícias)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Missão de nave que deixou Sistema Solar em busca de ETs faz 25 anos

Em 13 de junho de 1983, a nave "Pioneer 10" abandonou o Sistema Solar em busca de seres de outros mundos para entregar a eles uma mensagem do Homem que povoa o pequeno planeta Terra.

A nave partiu a esse encontro às cegas no dia 2 de março de 1972 montada em um foguete Atlas-Centaur de três módulos que a colocou na órbita de Júpiter a mais de 51.850 km/h, a máquina mais veloz fabricada pelo homem até então.
Além dos instrumentos com os quais transmitiu informação sobre os planetas de nosso sistema, a "Pioneer 10" levava consigo uma placa de ouro que descreve o Homem, nossa aparência e a data do começo da missão.

O último contato de rádio com o Centro Glenn de Pesquisa da Nasa (agência espacial americana) que tinha o controle da missão ocorreu em 23 de janeiro de 2003.

Na ocasião, o mensageiro espacial do homem se encontrava a 12,160 bilhões de quilômetros da Terra, além do cinturão de asteróides, de Júpiter e de Plutão.
Segundo engenheiros da Nasa, as transmissões da "Pioneer 10" morreram devido ao esgotamento da fonte radioisotópica de energia da nave.
"Para nós, a missão terminou quando foram interrompidas as comunicações. Não sabemos nada da 'Pioneer 10', mas supomos que continuou sua viagem pelo cosmos na busca de seu destino final", disse um porta-voz do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, em inglês) da Nasa.

"Passou-se toda uma geração e quem tinha em mãos a missão, engenheiros e cientistas, já não estão conosco", acrescentou.
Entretanto, suas façanhas científicas estão longe de ficar no esquecimento e a "Pioneer 10" continua sendo considerada uma das grandes façanhas da exploração espacial dos Estados Unidos.
Em 15 de julho de 1972, a "Pioneer 10" ingressou no cinturão de asteróides, uma zona de mais de 288 milhões de quilômetros de largura e mais de 80 milhões de quilômetros de espessura.

O cinturão é povoado por milhões e milhões de corpos que vão desde partículas de pó estelar até massas de rochas de milhares de quilômetros de diâmetro.
Desta região a nave foi para Júpiter, planeta em frente do qual cruzou em 3 de dezembro de 1973.

A "Pioneer 10" foi a primeira nave espacial que fez observações diretas e transmitiu imagens em primeiro plano de Júpiter. Também enviou informação sobre seus cinturões de radiação, localizou seus campos magnéticos e constatou que esse planeta é gasoso.
Após seu encontro com Júpiter e passar além da órbita de Plutão, o "ex-planeta" mais distante do Sol, a "Pioneer 10" explorou os extramuros do Sistema Solar e estudou o vento do Sol e os raios cósmicos que invadem a parte da Via Láctea onde se encontra a Terra.
A nave continuou fornecendo informação sobre os extremos do Sistema Solar até que se deu oficialmente por concluída sua missão, em 31 de março de 1997.

"A 'Pioneer 10' foi uma pioneira no mais rígido sentido da palavra. Após deixar Marte para trás em sua viagem rumo às profundezas do espaço, entrou em lugares onde nunca tinha chegado algo construído pelo homem", disse então Colleen Hartman, diretora da Divisão de Prospecção do Sistema Solar na Nasa.

"A 'Pioneer 10' figura entre as missões mais históricas e mais ricas em prospecção científica empreendidas", acrescentou.
Para Larry Lasher, que dirigiu o projeto, a "Pioneer 10" cumpriu seus objetivos além do esperado.

"Originalmente designada como uma missão de 21 meses, a 'Pioneer 10' durou mais de 30 anos. Poderíamos dizer que valeu cada centavo gasto", manifestou.
Os cientistas admitem que não sabem o que aconteceu com a "Pioneer 10" nos últimos anos de uma viagem virtualmente eterna.

Caso não tenha acontecido nada, o mensageiro do homem no espaço interestelar deveria estar agora se deslocando em direção à estrela vermelha Aldebarã, no centro da constelação de Touro e vai demorar dois milhões de anos para chegar a seu destino final. (Fonte: Yahoo Notícias)

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Na Califórnia, pesquisadores procuram sinais de vida extraterrestre

"Não descobriremos nada se ficarmos olhando só para nós mesmos", diz astrônoma.Bilionário americano financia pesquisas da Universidade de Berkeley.
Numa região de montanhas geladas ao norte da Califórnia, numa área onde são raros os sinais de civilização, enormes antenas fazem um balé sincronizado. Ora viram para o poente, ora para o nascente. Para onde quer que apontem olham na direção do infinito e tentam responder a uma das questões mais antigas da humanidade: estaremos, afinal, sozinhos neste universo?

As parabólicas do observatório radioastronômico Red Creek foram ligadas pela primeira vez em outubro deste ano. Foram construídas com o dinheiro de um bilionário americano que decidiu financiar o projeto de pesquisadores da Universidade de Berkeley, na Califórnia - uma das mais importantes dos Estados Unidos no estudo da astronomia. E se as antenas olham sempre na mesma direção é porque trabalham juntas e formam um gigantesco telescópio a procura de vida a milhões de quilômetros da Terra.
Até mesmo entre os grandes cientistas, discutir a existência de extraterrestres é tão complicado quanto discutir política ou religião.

Existem mais de 200 bilhões de estrelas e planetas na galáxia que nós habitamos. Para muitos a vida seria um privilégio exclusivo do planeta Terra. Mas o que os cientistas da Califórnia tentam provar é que os ETs não só existem, como podem estar em várias partes do universo.

Primos distantes
Só aqui bem perto de nós - sob ponto de vista científico - a alguns milhares de ano-luz, existem 400 bilhões de estrelas - muitas delas do tamanho ou até maiores e mais antigas do que o nosso Sol. É na direção desses primos distantes do Sol que os telescópios apontam. Quem comanda o observatório é a astrônoma e engenheira Jill Tarter. "Pode haver muitas outras civilizações com tecnologia ou podem ser apenas micróbios. Não descobriremos nada se ficarmos olhando só para nós mesmos", diz a astrônoma. Jill vive em meio às antenas olhando para o céu. "Procuramos sinais de vida em outros planetas e que não possam ter sido produzidos pela natureza", define ela. A astrônoma explica que será possível detectar os ETs, por exemplo, se eles usarem algo como os nossos raios lasers, já que as estrelas não emitem luzes parecidas.

Futebol
A maior dificuldade dos pesquisadores é separar os sinais enviados por aeroportos, emissoras de TV e telefones celulares do que seriam sinais alienígenas. E se os extraterrestres também estiverem tentando fazer contato? "Se eles não estiverem procurando por nós, só conseguiríamos encontrá-los se eles estivessem, por exemplo, transmitindo uma partida de futebol de um planeta para outro. Teria que ser uma transmissão muito forte", esclarece Jill. A tecnologia do observatório da Califórnia que pode levar ao descobrimento de vida extraterrestre começa com antenas que lembram mandíbulas de tubarão. Os sinais chegam em milhões de freqüência diferentes. São amplificados e por meio de cabos de fibra ótica, atravessam o subsolo do observatório.

Na sala de comando, os dados das antenas são condensados. O mapeamento é distribuído para supercomputadores que fazem uma análise hipercomplexa. Qualquer sinal de vida inteligente fora da Terra fará soar um alarme dentro do laboratório. Mas quando a máquina terminar seu trabalho a inteligência humana é que vai ter que dar a palavra final. "Depois de fazer todas as verificações, quando for possível for dizer que o sinal vem de outro planeta, vamos contar ao mundo. Porque esse sinal não pertence a nós. Ele foi enviado aos habitantes do planeta Terra", garante Jill. (Fonte G1)

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Ciência e Religião

Vaticano sedia conferência de astronomia:

Cientistas vão discutir conceitos de tempo e espaço.

O Vaticano está sediando, em Roma, uma conferência científica que reúne mais de 200 astrônomos de 26 países, incluindo Estados Unidos, Grã-Bretanha, Itália, Alemanha, Rússia e Japão. Durante o encontro de cinco dias, na Universidade Papal, os cientistas vão usar fórmulas e simulações matemáticas para discutir as origens do universo, especialmente a formação e evolução de galáxias, estrelas e planetas.
É a segunda vez em sete anos que o Vaticano organiza um evento do tipo. Segundo o padre José Funes, chefe do Observatório do Vaticano, importantes descobertas foram feitas com a ajuda de telescópios desde o último encontro astronômico do Vaticano, em 2000, e há muito para ser discutido.
O padre Funes lidera uma equipe de 13 cientistas, a maioria padres jesuítas, para realizar seus programas de pesquisa astronômica e coopera com renomadas universidades em várias partes do mundo. Um dos integrantes do grupo, frei Guy Consolmagno, explica as motivações da Igreja para financiar pesquisas científicas depois de séculos de discussões a respeito dos papéis da ciência e da religião: "Eles (o Vaticano) querem que o mundo saiba que a Igreja não tem medo da ciência". "Esse é nosso modo de ver como Deus criou o Universo e eles (o Vaticano) querem deixar o mais claro possível que a verdade não contradiz a verdade; que se você tem fé, você nunca vai temer o que a ciência vai revelar, porque é verdade", diz o frei.

Calendário
A Igreja Católica começou a se interessar seriamente pelo estudo de astros e galáxias quatro séculos atrás, quando o Papa Gregório 13º instituiu um comitê para examinar os efeitos para a ciência de sua reforma do calendário.
Em 1582, o Papa substituiu o calendário juliano, que vigorava desde os tempos de Júlio César, pelo calendário gregoriano, mais correto cientificamente e usado até hoje.
Mas que pode ser considerado o primeiro observatório astronômico do Vaticano foi criado apenas em 1789 em um prédio chamado de Torre dos Ventos, que ainda existe perto do Palácio Apostólico. Um século depois, em 1891, o Papa Leo 13º, numa tentativa de contrabalançar a percepção de uma suposta hostilidade da Igreja em relação à ciência, criou outro pequeno observatório numa montanha atrás do Domo da Basílica de São Pedro.
Por causa do crescimento de Roma e do aumento da poluição, que atrapalhava a visibilidade das estrelas, os telescópios do Vaticano mudaram de lugar diversas vezes. Desde 1981, o Vaticano escolheu a cidade americana de Tucson, no Arizona, como base para seu grupo de pesquisas astronômicas. É lá que fica hoje o telescópio de tecnologia avançada do Vaticano.

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