quinta-feira, 7 de abril de 2016

Buracos negros supermassivos não se formam a partir de buracos negros estelares

Agora, uma nova pesquisa de colaboração internacional – envolvendo a Universidade de Kentucky (EUA), Universidade do Texas em Austin (EUA), Universidade de Colorado em Boulder (EUA) e Universidade de Osaka (Japão) – pode nos ajudar a desvendar esse mistério.

Simulações

Os pesquisadores fizeram simulações onde buracos negros supermassivos são semeados por nuvens de gás caindo em poços de matéria escura – a matéria invisível que os astrônomos ainda não conseguiram detectar, mas que acreditam que compõe a maior parte da massa do universo.
Eles descobriram que, enquanto a maioria das partículas nas simulações não cresceram muito, a nuvem central cresceu rapidamente para mais de dois milhões de vezes a massa do nosso sol em apenas dois milhões de anos, o que demonstra um caminho viável para um buraco negro supermassivo.
Pesquisadores observam buracos negros supermassivos prestes a se fundir
“Claro que apontar para um caminho viável ainda não significa que percorreu todo o caminho e formou um objeto tão bizarro”, disse o astrofísico Isaac Shlosman, um dos autores do estudo, ao portal Science Daily.
Ou seja, essa é uma boa hipótese para explicar como tais monstros galácticos surgiram, mas ainda precisamos entender melhor esse processo.
Buracos negros normais x supermassivos

Anteriormente, os cientistas assumiam que os buracos negros supermassivos eram simplesmente buracos negros “normais”, estelares, que cresceram ao longo do tempo.
Porém, quasares recém-descobertos – objetos brilhantes e distantes que contêm buracos negros supermassivos – tornaram essa hipótese menos provável. Alguns desses quasares já existiam 700 milhões de anos após o Big Bang. Seria muito difícil crescer buracos negros supermassivos a partir de buracos negros de tamanho estelar em tão pouco tempo depois do Big Bang.
Buracos negros supermassivos mais próximos da Terra são descobertos
Um argumento adicional contra a ideia de que buracos negros supermassivos foram semeados pelo colapso de algumas das primeiras estrelas é que estudos mostram que essas primeiras estrelas eram de tamanho normal e formaram buracos negros normais.
“Buracos negros normais e buracos negros supermassivos são completamente diferentes animais”, explica Shlosman.

No futuro

Os pesquisadores esperam que suas simulações sejam validadas quando o Telescópio Espacial James Webb, da NASA, for lançado, o que deve acontecer em 2018. Ele está programado para observar fontes distantes onde o colapso de gás está acontecendo. [ScienceDaily]

Cientistas podem ter descoberto Planeta 9 que está fora do sistema solar

Uma equipe de cientistas liderada por Alexander Mustill do Observatório de Lund, na Suécia, está propondo que o Planeta 9 pode ser realmente um exoplaneta (um mundo além do nosso Sistema Solar) capturado por nosso Sol durante uma passagem estreita de outra estrela. “Embora essas probabilidades sejam baixas, não podemos negar que existem”, disse Mustill.
A evidência para essa teoria vem de simulações dirigidas por Mustill e seus colegas sobre como o sol interagiu com outras estrelas. O estudo observa que o sol deve ter passado por uma estrela a uma distância de mais de 150 unidades astronômicas para evitar perturbar significativamente a região de cometas na borda do sistema solar conhecida como Cinturão de Kuiper.
A teoria original proposta por Michael Brown e Konstantin Batygin era que o Planeta 9 poderia ser um planeta gasoso do tamanho de Netuno. Outra teoria também publicada recentemente na Arxiv, sugere que pode simplesmente ter se formado da mesma maneira como outros corpos do Sistema Solar.[Fonte: Yahoo]

sábado, 2 de abril de 2016

Universo pode ser DEZ VEZES maior do que pensamos: Há Mais de 100 Trilhões de Galáxias

Espaço Profundo - Foto Mais Distante do Universo Tirada Pelo Telescópio Hubble
Realizar uma estimativa da quantidade de matéria bariônica no universo é um dos trabalhos dos astrônomos. Um dos métodos para tanto envolve contar as galáxias visíveis em uma região do céu, estimar sua massa através do brilho que elas apresentam, e depois extrapolar o número encontrado para o resto do céu.
As estimativas que os astrônomos chegaram envolvem os seguintes números:
  • 10 milhões de superaglomerados;
  • 25 bilhões de grupos de galáxias;
  • 350 bilhões de galáxias gigantes;
  • 7 trilhões de galáxias anãs;
  • 30 bilhões de trilhões (3×10²²) de estrelas no universo visível.
Entretanto, os astrônomos que obtiveram estes números sabem que se trata de uma estimativa incompleta. Em primeiro lugar, só podemos obter informação de estrelas cuja luz já teve tempo de chegar até nós desde a formação do universo, criando o horizonte observável. Além disso, parte da luz de galáxias distantes é absorvida por nuvens de gás e poeira, não chegando a nós.
  • Uma a cada cinco estrelas tem um planeta habitável:
Segundo um novo estudo publicado na revista PNAS, astrônomos estimam que uma a cada cinco das 100 bilhões de estrelas em nossa galáxia hospeda um planeta potencialmente habitável.
Usando dados do telescópio espacial Kepler, da NASA, cientistas argumentam que um quinto das estrelas como o nosso sol deve abrigar um mundo do tamanho da Terra, localizado na sua “zona habitável”, a distância da estrela que permite a existência de água líquida, ingrediente chave para a vida.
“O que isto significa é que, quando você olha para as milhares de estrelas no céu noturno, a estrela semelhante ao sol mais próxima com um planeta do tamanho da Terra na zona habitável está provavelmente a apenas 12 anos-luz de distância e pode ser vista a olho nu”, disse um dos autores do estudo, Erik Petigura, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA).
Os cientistas vasculharam 42.000 estrelas e encontraram 600 planetas prováveis. Destes, 10 eram do tamanho da Terra e estão localizados a uma distância ideal para a água líquida persistir na superfície. Após corrigir os dados para evitar interpretações erradas, os astrônomos foram capazes de estimar que 22% de todas as estrelas semelhantes ao sol na Via Láctea têm planetas do tamanho da Terra na zona habitável.
A pesquisa demonstra que planetas como o nosso são relativamente comuns por toda a galáxia. Na semana passada, os astrônomos anunciaram a descoberta de um planeta rochoso do tamanho da Terra que orbita sua estrela a um centésimo da distância entre a Terra e o sol. As temperaturas neste mundo chegariam a 2.000° C a 2.800° C, ou seja, haveria pouca chance de vida lá.
E os pesquisadores explicam que nem mesmo planetas semelhantes ao nosso na zona habitável de sua estrela poderiam não ser hospitaleiros para a vida. Uns podem ser frios demais, outros quentes demais, mas certamente pode haver algum com superfície rochosa capaz de abrigar água em estado líquido, adequada para organismos vivos. [BBC]

Mais de 100 Trilhões de Galáxias em nosso Universo:
Para verificar o quanto esta estimativa é real, astrônomos do Observatório de Genebra resolveram investigar a região no espaço profundo chamada “campo GOODS-South”, usando o telescópio europeu VLT (“Very Large Telescope” ou “Telescópio Bem Grande” em tradução livre), no Chile, em busca de galáxias cuja luz foi emitida há mais de 10 bilhões de anos (ou seja, com redshift igual a 2.2).
A equipe liderada pelo astrônomo Matthew Hayes fez um exame daquela região usando duas metodologias diferentes. Primeiro, eles procuraram pela radiação Lyman-alfa (abreviada normalmente como Lya), um dos procedimentos padrão para investigar galáxias distantes. Em seguida, usaram a câmera especializada chamada HAWK-1, em busca de linhas de hidrogênio-alpha (abreviada Ha), uma outra forma de radiação emitida pelo hidrogênio.
Comparando seus achados com os de estudos anteriores na mesma região, eles descobriram muitas fontes de luz que haviam escapado a exames anteriores, incluindo algumas das galáxias de luz mais fraca já encontradas.
A partir destas comparações, Hayes estima que todos os estudos usando a radiação Lya estão errados em uma ordem de magnitude, e devem ser revisados. Ou seja, para cada 10 galáxias encontradas usando Lya, existem mais 100 galáxias cuja luz na faixa Lya foi absorvida pelo caminho e não foi observada. [From: QuarksToQuasars,ESOScienceDaily
Pesquisado em: Hypescience

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terça-feira, 8 de março de 2016

“Um grande passo de volta no tempo”: Telescópio Hubble descobre a galáxia mais antiga e distante do universo

O telescópio espacial Hubble detectou a galáxia mais antiga de que se tem notícia — um verdadeiro vislumbre dos primórdios do próprio tempo, apenas 400 milhões após o Big Bang.


A galáxia está tão distante, que sua luz leva 13,4 bilhões de anos para chegar à Terra.
Ela foi encontrada por uma equipe internacional, liderada por pesquisadores da Universidade de Yale.
“Nós demos um grande passo de volta no tempo, muito além do que esperávamos que fosse possível fazer com o Hubble. Nós vimos a galáxia em um momento em que o universo tinha apenas 3% de sua idade atual, muito perto da chamada Idade das Trevas do Universo,” declara o astrônomo Pascal Oesch, líder da investigação.
Descrita por seus descobridores como “surpreendentemente brilhante,” a galáxia, chamada GN-z11, está localizada na direção da constelação da Ursa Maior.
A equipe de pesquisadores usou a câmera de campo largo 3 do Hubble, para medir a distância até a GN-Z11 com precisão e espectroscopicamente, dividindo as cores da luz.
Os astrônomos medem grandes distâncias determinando o desvio para o vermelho (também conhecido pelo termo inglês redshift) de uma galáxia — um fenômeno causado pela expansão do universo. 
Cientistas descobriram uma nova galáxia chamada GN-Z11, que se encontra a 13,4 bilhões de anos luz de distância.
Cada objeto distante no universo parece estar se afastando de nós, porque sua luz é alongada para comprimentos de onda maiores e mais vermelhos: quanto maior o desvio para o vermelho, mais distante se encontra a galáxia.
“Para nossa surpresa, o Hubble mediu um desvio para o vermelho de 11,1, muito maior do que o recorde anterior de 8,7. É um feito extraordinário para o telescópio, visto que ele conseguiu superar telescópios terrestres, que eram bem maiores e mantiveram os recordes das distâncias anteriores durante anos”; afirmou Pieter van Dokkum do Departamento de Astronomia da Universidade de Yale
Os pesquisadores disseram que a GN-z11 é 25 vezes menor do que a Via Láctea em tamanho, e tem 1% da massa de nossa galáxia em estrelas. No entanto, a recém-descoberta GN-z11 está crescendo rapidamente, formando estrelas com uma rapidez 20 vezes maior do que a de nossa galáxia, a Via Láctea.
Isso faz com que essa galáxia tão remota seja brilhante o suficiente, para que o Hubble a encontre e realize observações detalhadas.[Fonte: Yahoo]

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Viajar para Marte pode levar 30 minutos, diz Nasa

Nasa, agência espacial americana, estuda uma técnica de lançamento de espaçonaves que pode reduzir o tempo de viagem para Marte, que atualmente é de seis a oito meses, para apenas 30 minutos.
Chamada de propulsão de energia direcionada, essa técnica consiste em disparar um laser de alta potência – entre 50 e 100 gigawatts – em uma espaçonave e, com isso, acelerá-la a uma fração significativa da velocidade da luz, cerca de 30%. 
O plano da Nasa é usar essa técnica para explorar exoplanetas que podem abrigar vida e que estejam em um raio de 25 anos-luz. 
Também seria possível visitar a Alpha Centauri, que é a terceira estrela mais brilhante no céu vista a olho nu e está a pouco mais de quatro anos-luz de distância do Sol. Nesse caso, a viagem levaria 15 anos.
Esse tipo de lançamento é estudado por um pesquisador da Nasa, que trabalha na divisão de Conceitos Inovadores Avançados. Philip Lubin, do Grupo de Cosmologia Experimental da Universidade de Santa Bárbara explicou a ideia no ano passado. O assunto foi abordado recentemente no canal da Nasa no YouTube, que poderá ser visto ao final da reportagem.
O pesquisador garante que a tecnologia para fazer isso já existe e não é coisa de ficção científica.
"Poderíamos impulsionar um veículo robótico de 100 kg [com 1 m de altura] para Marte em poucos dias", afirma Lubin, no vídeo. A estimativa mais convervadora para realizar a viagem até o planeta vermelho é de três dias. 
No entanto, a Nasa ainda não tem projetos em andamento para utilizar esse tipo de propulsão na exploração espacial – apesar de existirem algumas propostas.
Confira o vídeo da Nasa sobre a propulsão de energia direcionada, em inglês. [Fonte: Exame]



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Asteroide passará "de raspão" pela Terra em março


Um asteroide de 30 metros de diâmetro passará "de raspão" pelaTerra no dia 5 março deste ano. 
Chamado 2013 TX68, ele estará a uma distância entre 14 milhões e 17 milhões de quilômetros do nosso planeta, o que é mais próximo do que a órbita de satélites geoestacionários.
O asteroide é observado há apenas alguns anos, por isso a incerteza quanto à distância que ele estará da Terra no começo do mês que vem. 
Não há chance de colisão nesta passagem do asteroide, segundo a Nasa. 
Já em 28 de setembro de 2017, o mesmo asteroide passará novamente perto do nosso planeta e terá uma chance em 250 milhões de atingi-lo. Isso ainda é pouco para gerar preocupação. Para efeito de comparação, uma pessoa que aposta na Mega-Sena com seis números tem uma chance de ganhar em 50 milhões.
Nas passagens do asteroide previstas para 2046 e 2097, as probabilidades de impacto com o planeta são ainda menores.
Em fevereiro de 2013, um meteorito menor atingiu a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, deixando 1.491 feridos e 720 estruturas abaladas.
Se o 2013 TX68 entrasse na atmosfera terrestre, ele produziria uma rajada de vento quase duas vezes mais forte do que a do meteoro de Chelyabinsk – e potencialmente mais danos. [Correio do Estado]

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Hubble flagra nuvem descomunal vindo rumo à Via Láctea

Se a Nuvem de Smith emitisse luz visível, é assim que nós a veríamos no céu (observe a comparação com a Lua Cheia). [Imagem: Saxton/Lockman/NRAO/AUI/NSF/Mellinger]
Nuvem de Smith
O telescópio espacial Hubble capturou novas informações sobre uma nuvem invisível que está disparada em direção à nossa galáxia a cerca de 1,12 milhão de quilômetros por hora.
Quando ela atingir a Via Láctea, os astrônomos acreditam que o fenômeno irá desencadear uma explosão espetacular de formação de estrelas, fornecendo gás suficiente para gerar 2 milhões de novos sóis.
Esta região de gás em forma de cometa tem 11.000 anos-luz de comprimento por 2.500 anos-luz de diâmetro. Se a nuvem pudesse ser vista em luz visível, ela abrangeria o céu com um diâmetro aparente 30 vezes maior do que o tamanho da Lua Cheia.
Embora centenas de nuvens de gás enormes chispem em alta velocidade em torno da nossa galáxia, esta chamada "Nuvem de Smith" é única porque sua trajetória é bem conhecida.
A nuvem foi descoberta no início dos anos 1960 pelo então estudante de astronomia Gail Smith, que detectou as ondas de rádio emitidas pelo hidrogênio em sua composição.
Hubble flagra nuvem descomunal vindo rumo à Via Láctea
Cenário mais provável para o efeito bumerangue da Nuvem de Smith. [Imagem: NASA/ESA/A. Feild (STScI)]
Efeito bumerangue
As novas observações do Hubble sugerem que essa nuvem monstruosa não tem origem extragaláctica, tendo sido mais provavelmente lançada pela própria Via Láctea, algo que teria ocorrido cerca de 70 milhões de anos atrás.
Mas parece que a velocidade de arremesso não foi tão grande, e agora, tal como um bumerangue, ela está de volta.
Os dados mostraram que a Nuvem de Smith é tão rica em enxofre quanto o disco externo da Via Láctea, uma região cerca de 40.000 anos-luz do centro da galáxia (cerca de 15.000 anos-luz mais longe do que o nosso Sol e o Sistema Solar).
Isto significa que a nuvem foi enriquecida com material de estrelas, o que não aconteceria se ela fosse constituída somente de elementos mais leves, sobretudo hidrogênio e hélio, vindos de fora da galáxia, ou se fosse o remanescente de uma galáxia que não conseguiu formar estrelas.
Assim, o cenário mais provável é que ela foi arremessada pelos braços externos da nossa galáxia, fez uma parábola e agora está de volta.
A boa notícia é que ela só deve chegar na borda da Via Láctea daqui a cerca de 30 milhões de anos. [Fonte: Inovação Tecnológica]

Bibliografia:


On the Metallicity and Origin of the Smith High-Velocity Cloud
Andrew J. Fox, Nicolas Lehner, Felix J. Lockman, Bart P. Wakker, Alex S. Hill, Fabian Heitsch, David V. Stark, Kathleen A. Barger, Kenneth R. Sembach, Mubdi Rahman
Astrophysical Journal Letters
Vol.: 816:L11
DOI: 10.3847/2041-8205/816/1/L11

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