quinta-feira, 5 de março de 2009

Novo telescópio da Nasa vai procurar planetas parecidos com a Terra - Kepler vai varrer área com 100 mil estrelas semelhantes ao Sol...

A Nasa colocará esta semana em andamento sua primeira missão com capacidade para responder a um dos principais questionamentos da humanidade: existe vida além da Terra? A esperança de encontrá-la está nos exoplanetas, corpos que giram em torno de outras estrelas além do Sistema Solar. Até agora, a partir de diversos sistemas de detecção, os astrônomos confirmaram a existência de mais de 320 desses planetas.
E, para continuar essa busca, a agência espacial americana lançará o observatório Kepler, que partirá na sexta-feira (6). Será uma das primeiras missões com a capacidade de encontrar lugares como a Terra, planetas rochosos que se encontrem em uma área quente em que se possa manter em sua forma líquida a água, elemento essencial para a formação da vida, conforme disse a Nasa em comunicado. "O Kepler é um componente crucial dos esforços da Nasa para encontrar e estudar planetas com características similares às da Terra", assinalou Jon Morse, diretor de astrofísica da agência espacial em Washington.

Segundo o cientista, o censo planetário que o Kepler fará ajudará a compreender a frequência em que existem esses planetas na Via Láctea. Também contribuirá para o planejamento de outras missões que, em um futuro a médio prazo, detectem diretamente e transmitam informação sobre as características dos mundos que existem em torno de estrelas vizinhas.

Cisne-Lira

O Kepler iniciará a busca na "minúscula" região de Cisne-Lira, que contém cerca de 100 mil estrelas similares ao Sol. Com seus instrumentos, o Kepler determinará a existência dos exoplanetas através das mudanças de luz que suas estrelas refletem quando os astros passarem entre elas e o observatório. Teoricamente, se esses corpos observados pelo Kepler forem similares à Terra, teriam de completar uma órbita de cerca de um ano em torno de sua estrela.

O observatório contará com instrumentos que estão entre os mais poderosos produzidos até agora para a prospecção científica do espaço, como uma câmera com resolução de 95 megapixels. Segundo Debra Fischer, astrônoma da Universidade Estadual de San Francisco, o Kepler será um instrumento básico para saber que tipo de planetas giram em torno de outras estrelas. Suas descobertas serão utilizadas imediatamente para analisar as atmosferas dos exoplanetas. E as estatísticas recolhidas levarão a determinar o rumo que deverá ser seguido para estabelecer se efetivamente há "um planeta de cor azul que orbita outra estrela em nossa galáxia", assinalou.(fonte: G1)

Asteroide passa próximo da Terra, diz Nasa...

PASADENA - O Laboratório de Propulsão a Jato da agência aeroespacial americana (Nasa, por suas iniciais em inglês) informou hoje que o asteroide 2009 DD45 passou perto da Terra na manhã da segunda-feira. O corpo celeste cortou uma região do espaço a apenas 78.500 quilômetros da Terra, equivalente a passar de raspão em termos astronômicos. Essa distância representa apenas o dobro da altitude de alguns satélites de telecomunicações e equivale a cerca de um quinto da distância da Terra à Lua.

O asteroide tinha entre 21 e 47 metros de diâmetro. De acordo com a Sociedade Planetária, ele era do mesmo tamanho de um asteroide que explodiu sobre a Sibéria em 1908 e devastou mais de 2 mil quilômetros quadrados de florestas russas. O asteroide foi percebido somente há dois dias e o ponto mais próximo da Terra que ele passou foi sobre o Oceano Pacífico, perto do Taiti. (Fonte: Estadão)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Galáxia Acelerada


A Via Láctea é mais rápida, tem massa maior e corre maior risco de colisão do que se imaginava. Segundo um novo estudo, feito por um grupo internacional de cientistas, a velocidade de rotação da galáxia é aproximadamente 165 mil quilômetros por hora superior à estimada em medidas anteriores.

A diferença de velocidade é suficiente para fazer com que a massa seja 50% maior, aproximando-a ainda mais da vizinha galáxia de Andrômeda, segundo a pesquisa apresentada no 213º encontro da Sociedade Astronômica dos Estados Unidos, em Long Beach, na Califórnia, que termina no dia 8.

“Deixaremos de pensar na Via Láctea como a irmãzinha de Andrômeda em nosso grupo local”, disse Mark Reid, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, que apresentou o trabalho nesta segunda-feira (5/1).

A maior massa implica um empuxo gravitacional superior, que, por sua vez, aumenta a chance de colisões com a galáxia de Andrômeda ou com outras menores.


O Sistema Solar está a cerca de 28 mil anos-luz do centro da Via Láctea. Segundo as novas observações, o sistema se desloca a cerca de 990 mil km/h na órbita galáctica, mais do que a velocidade estimada até então, de 825 mil km/h.

Os cientistas estão usando o Very Long Baseline Array (VLBA), um sistema de dez radiotelescópios distribuídos do Havaí ao Caribe capaz de produzir imagens extremamente detalhadas, para refazer o mapa da Via Láctea.

“As novas observações com o VLBA têm resultado em medidas diretas de distâncias e de movimentos altamente acuradas. Diferentemente de estudos anteriores, essas medidas usam o método tradicional de triangulação e não dependem de qualquer tipo de inferência baseada em outras propriedades, como brilho”, disse Karl Menten, do Instituto Max Planck de Radioastronomia, na Alemanha, outro autor da pesquisa.

“Essas medidas diretas têm alterado nossa compreensão da estrutura e dos movimentos de nossa galáxia. Por estarmos dentro dela, é difícil determinar sua estrutura. Em outros casos, temos que simplesmente olhar, mas não podemos fazer isso para a Via Láctea: é preciso medi-la e mapeá-la”, disse Menten.

Os cientistas observaram na galáxia regiões de grande formação de estrelas. Em áreas dentro dessas regiões moléculas de gases ampliam as emissões de rádio, de forma semelhante à que os lasers ampliam os raios de luz. Essas áreas, chamadas masers cósmicos, servem como pontos de referência luminosos para as medidas feitas com o VLBA.

Ao observar essas regiões repetidamente, quando a Terra está em lados opostos de sua órbita em torno do Sol, os astrônomos são capazes de medir a pequena alteração aparente na posição dos objetos em relação ao plano de fundo de objetos mais distantes.

Quatro braços
O VLBA é capaz de fixar posições no céu de modo tão exato que o movimento real dos objetos pode ser detectado à medida que eles orbitam o centro da Via Láctea. Ao adicionar medidas de movimentos ao longo da linha de visão, determinadas a partir de alterações na frequência da emissão de rádio de masers, os astrônomos podem determinar os movimentos completos, em três dimensões, das regiões que formam estrelas.

“A maior parte das regiões que formam estrelas não segue um caminho circular à medida que orbita a galáxia. Em vez disso, verificamos que elas se movem mais lentamente do que outras regiões e em órbitas não circulares, mas elípticas”, afirmou Reid.

Segundo os autores do estudo, isso pode ser atribuído às chamadas ondas de choque de densidade espiral, que acumulam gases em órbitas circulares, comprimem esses gases para formar estrelas e fazem com que eles entrem em uma órbita nova e elíptica. Isso ajudaria a reforçar a estrutura espiral.

Ao medir as distâncias de regiões múltiplas em um único braço espiral da Via Láctea, os cientistas conseguiram calcular o ângulo do braço. “As medidas obtidas indicam que nossa galáxia tem não dois, mas quatro braços espirais de gases e poeira que estão formando estrelas”, disse Reid.

Recentes estudos conduzidos a partir de observações com o telescópio espacial Spitzer apontaram que as estrelas mais velhas residem em dois braços espirais, o que levanta a questão de por que elas não estão em todos os braços. De acordo com os autores do novo estudo, para responder a essa pergunta será preciso fazer mais medidas e ter uma compreensão maior do funcionamento da Via Láctea.

Fonte: Agência FAPESP

Balão da Nasa "Escuta" Ruído Misterioso no Cosmo

O Universo acaba de pregar uma peça em pesquisadores brasileiros e americanos. Um experimento configurado para medir a energia injetada no cosmo pelas suas primeiras estrelas, em tese, achou muito mais do que isso.


Em vez do sinal fraco dos primeiros astros, o Projeto Arcade registrou um ruído de rádio seis vez maior do que o previsto. O quebra-cabeça do início do Universo acaba de ficar muito mais embaralhado, e a detecção das primeiras estrelas, mais difícil.

"É uma surpresa total. A diferença é grande. Estamos diante de um desafio totalmente novo", disse à Folha o astrofísico Thyrso Villela, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O cientista, ao lado de Carlos Alexandre Wuensche, também do Inpe, é um dos autores de quatro artigos científicos submetidos ao periódico "The Astrophysical Journal" descrevendo a descoberta.

Os cientistas estão classificando o novo estrondo primordial como algo misterioso porque todas as fontes já conhecidas para esse ruído foram descartadas.

Não é um rastro de nenhuma estrela antiga, de nenhuma fonte cósmica conhecida de ondas de rádio ou muito menos um resquício de gás de perto da Via Láctea.

Nem mesmo o resíduo do Big Bang, a chamada radiação cósmica de fundo (energia "fóssil" da infância do cosmo --os primeiros cem mil anos), pode estar na fonte do ruído misterioso --por causa da diferença de intensidade entre ambos.

Grandes ruídos, por sinal, podem ser boas trilhas para importantes descobertas. O eco do Big Bang nos anos 1960, achado também de forma acidental, rendeu o Nobel de Física (1978) à dupla Arno Penzias e Robert Wilson.

Tecnologia nacional


A detecção do novo ruído misterioso também ocorreu devido a instrumentos confeccionados em São José dos Campos, no Inpe: antenas que captam frequências de rádio de 3, 5 e 7 gigahertz.

Na prática, o Projeto Arcade obteve todos os resultados processados agora com um único vôo, em 2006. O balão estratosférico da Nasa, no dia 22 de julho, atingiu 37 km de altura por quatro horas. Os sensores do equipamento, mergulhados em aproximadamente 2.000 litros de hélio, permitem que o sistema funcione próximo do zero absoluto (-270°C).

Na astrofísica, os cientistas relacionam a energia de radiação de um corpo com sua temperatura. O balão do Arcade estuda desvios de temperatura de 2,7 Kelvin (-267,3°C) em relação à radiação cósmica de fundo. Esse tipo de radiação primordial, medida há 20 anos, tem uma temperatura homogênea de -270,25°C.

Nessas diferenças sutis de temperatura estão as assinaturas cada vez mais "enigmáticas" do início do cosmo.

Fonte: 24 Horas News

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Astrônomo americano consegue primeira foto de um exoplaneta


Depois de oito anos em busca de imagens, um astrônomo americano conseguiu captar, com uma câmera do telescópio espacial Hubble, as primeiras fotografias ópticas de um exoplaneta, situado a 25 anos-luz do Sistema Solar.
Com uma massa provavelmente próxima da de Júpiter, este planeta orbita a estrela Fomalhaut na constelação de Piscis austrinus (Peixe Austral), situada quatro vezes a distância que separa Netuno do Sol, afirma Paul Kalas, da Universidade de Berkeley, Califórnia, principal autor do estudo.
O planeta, batizado Fomalhaut b, pode ter um sistema de anéis de dimensão comparável aos que rodeiam Júpiter.
Suspeitava-se da existência deste exoplaneta desde 2005, quando imagens feitas por Kalas, com a ajuda da câmera de observação avançada do Hubble, mostraram uma borda muito claramente definida no interior do cinturão de pó em torno de Fomalhaut, o que levou a pensar num astro com uma órbita elíptica.
"Previmos este fenômeno em 2005 e agora temos a prova direta com duas fotos do planeta", afirmou Kalas.
A estrela Fomalhaut tem apenas 200 milhões de anos e deve esgotar seu combustível nuclear em, aproximadamente, 1 bilhão de anos, uma vida curta se comparada a do nosso Sol, de 4,5 bilhões de anos e que ainda deve brilhar por mais 5 bilhões de anos.
Uma segunda equipe, dirigida por Christian Marois, do Instituto de Astrofísica Herzberg, em Vitória, na Columbia Britânica (Canadá), obteve com a ajuda de telescópios no Havaí as primeiras imagens realmente visíveis de três planetas gigantes, na órbita de uma jovem estrela chamada HR8799, na constelação de Pegasus, a cerca de 130 anos-luz da Terra.
"São planetas gasosos, muito quentes, e têm entre sete e dez vezes a massa de Júpiter. São muito novos", disse à AFP René Doyon, um dos oito astrofísicos que participaram desta investigação.
"É muito difícil ver planetas em torno de estrelas porque são muito débeis em relação a elas, o que nos levou a desenvolver uma técnica que permite atenuar o sinal da estrela de forma muito eficaz", assinalou o astrofísico canadense.
As duas descobertas aparecem publicadas na revista americana Science de 14 de novembro.
Desde 1995, já foram descobertos cerca de 300 planetas fora do nosso sistema solar, principalmente observando seus efeitos sobre os campos gravitacionais de sua estrela. (Fonte: Google Notícias)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Astrônomos podem estar procurando vida em lugares errados

Os astrônomos que buscam sistema solares que podem abrigar vida poderiam estar procurando em lugares errados, segundo um novo estudo que sugere que nosso Sol está longe de suas origens na galáxia. Foto:/AFP

Os astrônomos que buscam sistema solares que podem abrigar vida poderiam estar procurando em lugares errados, segundo um novo estudo que sugere que nosso Sol está longe de suas origens na galáxia.

Cientistas da Universidade de Washington (Seattle), da Universidade de Central Lancashire (Inglaterra) e da Universidade de McMaster (Ontário) fabricaram um modelo informático que simula o movimento das estrelas na Via Láctea durante mais de nove bilhões de anos.
A simulação, que levou 100.000 horas de computador, descobriu que as estrelas não permanecem na mesma órbita em torno do centro de uma galáxia, como se acreditava, e sim que migram do centro de seus braços em espiral ou, inclusive, mais longe.
Por isso, os astrônomos que consideram a posição de nosso Sol como um ponto de partida em sua busca por regiões da galáxia onde se acredita que existam elementos necessários para a vida devem ampliar sua busca.
"Existia esta suposição de que nossa posição e a galáxia eram estáticas, que uma estrela estava na mesma posição no disco galáctico que no momento em que se formou", explicou James Wadsley, da Universidade McMaster.
"Agora o panorama mudou um pouco ", acrescentou.
Em termos práticos, isso dificulta o trabalho de achar sistemas solares similares ao nosso porque a zona habitável é muito mais fluida e, inclusive, pode se estender até a "beirada da própria galáxia ", indicou Wadsley.
Estudos anteriores não conseguiram observar a migração das estrelas porque seus movimentos são muito sutis. Observando a galáxia durante mais de um bilhão de anos, estes movimentos e as forças por trás deles se tornaram mais evidentes.
A descoberta foi publicada na última edição da revista Astrophysical Journal Letters. (Fonte: Yahoo Notícias)


quinta-feira, 10 de julho de 2008

Dois pulsares na órbita um do outro dão razão a Einstein


Aproveitando-se de uma configuração cósmica única, astrofísicos conseguiram medir os efeitos previstos pela teoria da relatividade de Einstein, observando a gravitação extrema de dois pulsares em órbita um do outro, segundo estudo divulgados pela revista americana Science.
Em outras palavras, a teoria de 93 anos do 'pai da física moderna' passou num novo teste, destacaram cientistas.
Os pulsares são pequenos objetos estelares extremamente densos e que sobrevivem após a explosão de uma estrela em supernova.
A massa desta estrela é, na maioria das vezes, maior que a do sol, mas ela é muito pequena.
Estes pulsares giram em torno deles mesmos a uma velocidade vertiginosa e geram um gigantesco campo gravitacional, emitindo fortes faíscas em ondas radio que iluminam os radiotelelescópios na Terra como faróis à beira-mar.
Mais de 1.700 pulsares foram revelados nos últimos meses em nossa galáxia, a Via Láctea, mas este duplo pulsar ou pulsar binário, descoberto em 2003, é o único conhecido.
"Um pulsar binário cria condições ideais para verificar a teoria da relatividade porque quanto maiores as massas e quanio mais elas se aproximam umas das outras, maiores os efeitos da relatividade", explicou René Breton da Universidade McGill em Montreal, um dos autores destes trabalhos.
"A teoria de Einstein prevê que, num campo gravitacional, o eixo em torno do qual o objeto gira mudará lentamente de direção quando o pulsar passar na frente de seu par", como uma espiral ligeiramente inclinada no eixo de rotação oscila, explicou Victoria Kaspi da Universidade McGill.
Os pesquisadores puderam observar que um dos dois pulsares realizam perfeitamente este movimento quando o outro passa na sua frente, confirmando esta parte da teoria de Einstein de 1915. (Fonte: Yahoo Notícias)

MAIS BLOGS: