terça-feira, 5 de setembro de 2023

NASA: IM1 é Primeiro Objeto Interestelar Encontrado na Terra

 

Uma esférula do objeto espacial encontrado nas proximidades de Pápua-Nova Guiné© Fornecido por Correio do Brasil

Análises químicas de fragmentos reforçam afirmativa da Nasa de que meteorito caído no Pacífico em 2014 vem de fora do sistema solar. Astrofísico vai mais longe: IM1 pode ser lixo espacial de civilização extraterrestre.

Uma equipe liderada pelo astrofísico Abraham "Avi" Loeb, da Universidade de Harvard, confirmou que os fragmentos de um meteorito encontrado no Oceano Pacífico tem origem externa ao sistema solar. Sua análise, que ainda precisa ser validada por revisões independentes, foi apresentada no último dia 29, no website de pré-publicações arXiv.org

O bólido de cerca de um metro de diâmetro, denominado IM1, caíra em 8 de janeiro de 2014 perto de Papua-Nova Guiné. Embora não fosse possível identificar sua origem, Loeb advertiu que ele apresentava características inusuais.

O astrofísico israelo-americano é conhecido por suas teorias controvertidas. Uma delas é que a rocha espacial Oumuamua ("mensageiro de longe que chega primeiro", em havaiano), detectada em outubro de 2017, que cruza o sistema solar a alta velocidade, seria uma nave extraterrestre.

Combinação de elementos indica exoplaneta

Em março de 2022, com base em estimativas de velocidade, o Comando Espacial dos Estados Unidos da Nasa confirmou oficialmente que o IM1 fora o primeiro objeto interestelar a chegar à Terra.

Loeb, que desde 2021 trabalhava no Projeto Galileo, encarregado de detectar tecnologia de origem extraterrestre, realizou entre 14 e 28 de junho de 2023 uma expedição ao local onde o meteorito caíra, com o fim de determinar sua origem.

Sua equipe examinou um raio de dez quilômetros a partir do ponto de contato do IM1, a dois quilômetros de profundidade no oceano. Utilizando diferentes tipos de ímãs, coletou cerca de 700 esferas de material de 0,05 a 1,3 milímetro de diâmetro, resultantes do impacto do meteorito.

A análise preliminar de 57 dessas esférulas acusou uma constituição química sem precedentes na literatura científica, e possivelmente extrassolar. Algumas, por exemplo, contêm quantidades de berílio (Be), lantânio (La) e urânio (U) centenas de vezes superiores às encontradas no sistema solar.

"Esse padrão de abundância BeLaU é potencialmente explicável se o IM1 se originou da crosta altamente diferenciada de um exoplaneta com um núcleo de ferro e um oceano de magma", explicou a coautora Stein Jacobsen, em comunicado expedido pela Universidade de Harvard.

Lixo espacial de outras civilizações?

Os pesquisadores calculam que, antes de penetrar no sistema solar, o meteorito se deslocava a uma velocidade de 60 quilômetros por segundo em relação ao sistema local de repouso da Via Láctea – ou seja, mais rápido do que 95% das estrelas nas cercanias do Sol.

Ainda assim, o fato de o objeto ter mantido sua integridade a uma velocidade de impacto de 45 quilômetros por segundo, após tombar de uma altura de 17 quilômetros acima do Oceano Pacífico, sugeriria que ele se compõe de materiais extremamente resistentes, pelo menos muito mais do que as 272 rochas especiais documentadas pela Nasa no catálogo de meteoritos de seu Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS).

Apesar de não dispor de provas que confirmem essa hipótese, em seu website para o Projeto Galileo, Avi Loeb sustenta que o IM1 poderia ter origem artificial: "Encontrar a primeira e a segunda formiga numa cozinha é alarmante, pois implica que há muitas outras por aí afora. Uma taxa de detecção de uma vez por década para objetos interestelares de um metro implica que, em qualquer momento dado, há alguns milhões deles na órbita terrestre em torno do Sol. Alguns podem representar lixo espacial tecnológico de outras civilizações."

Fonte: MSN Notícias

quinta-feira, 11 de maio de 2023

O Livro de Ouro do Universo

 


quarta-feira, 5 de abril de 2023

Indicação de Livro: Cosmos


Escrito por um dos maiores divulgadores de ciência do século XX, Cosmos retraça 14 bilhões de anos de evolução cósmica, explorando tópicos como a origem da vida, o cérebro humano, hieróglifos egípcios, missões espaciais, a morte do sol, a evolução das galáxias e as forças e indivíduos que ajudaram a moldar a ciência moderna. Numa prosa transparente, Carl Sagan revela os segredos do planeta azul habitado por uma forma de vida que apenas começa a descobrir sua própria identidade e a se aventurar no vasto oceano do espaço sideral. Aqui, o tratamento dos temas científicos está sempre imbricado com outros campos de estudo tradicionais, como história, antropologia, arte e filosofia. Publicado pela primeira vez em 1980, Cosmos reúne alguns dos conhecimentos mais avançados da época sobre a natureza, a vida e o Universo ― e se mantém até hoje como uma das mais importantes obras de divulgação científica da história. Embora diversas descobertas fascinantes tenham ocorrido nos últimos quarenta anos, o tema central deste livro nunca estará desatualizado: nosso fascínio pelo conhecimento e a prática da ciência como atividade cultural.


quarta-feira, 26 de outubro de 2022

NASA Divulga a Sonificação de Dados: Buraco Negro no Centro do Aglomerado da Galáxia de Perseus (raio-X)

 

Desde 2003, o buraco negro no centro do aglomerado de galáxias Perseus tem sido associado ao som. Isso porque os astrônomos descobriram que ondas de pressão enviadas pelo buraco negro causavam ondulações no gás quente do aglomerado que poderiam ser traduzidas em uma nota - uma que os humanos não podem ouvir cerca de 57 oitavas abaixo do meio C. Agora uma nova sonificação traz mais notas para esta máquina de som do buraco negro. Esta nova sonificação - ou seja, a tradução de dados astronômicos em som - está sendo lançada para a Semana do Buraco Negro da NASA este ano.

De certa forma, essa sonificação é diferente de qualquer outra feita antes (1, 2, 3, 4) porque revisita as ondas sonoras reais descobertas em dados do Observatório de Raios-X Chandra da NASA. O equívoco popular de que não há som no espaço se origina com o fato de que a maior parte do espaço é essencialmente um vácuo, não fornecendo meio para que ondas sonoras se propaguem. 

Um aglomerado de galáxias, por outro lado, tem grandes quantidades de gás que envolvem centenas ou mesmo milhares de galáxias dentro dele, fornecendo um meio para as ondas sonoras viajarem.Nesta nova sonificação de Perseu, as ondas sonoras que os astrônomos identificaram anteriormente foram extraídas e tornadas audíveis pela primeira vez. As ondas sonoras foram extraídas em direções radiais, ou seja, para fora do centro. Os sinais foram então ressintéticos na faixa da audição humana, escalando-os para cima em 57 e 58 oitavas acima de seu verdadeiro tom. Outra maneira de dizer isso é que eles estão sendo ouvidos 144 quatrilhões e 288 quatrilhões vezes maiores do que sua frequência original. (Um quadrilhão é de 1.000.000.000.000.000.) A varredura semelhante ao radar ao redor da imagem permite que você ouça ondas emitidas em direções diferentes. Na imagem visual desses dados, azul e roxo mostram dados de raios-X capturados por Chandra. Crédito: NASA/CXC/SAO/K.Arcand, SYSTEM Sounds (M. Russo, A. Santaguida)

ESTÁ ESCRITO NA PALAVRA DE D'US:

Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo...Salmos 19:1-4

Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular, quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus? Jó 38:4-7


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NASA Divulga a Sonificação de Dados do Centro da Via Láctea

 

Um novo projeto usando a sonificação transforma imagens astronômicas do Observatório de Raios-X Chandra da NASA e outros telescópios em som. Isso permite que os usuários "ouçam" o centro da Via Láctea, como observado em raios-X, luz óptica e infravermelha. À medida que o cursor se move através da imagem, os sons representam a posição e o brilho das fontes.

Crédito: Raio-X: NASA/CXC/SAO; Óptica: NASA/STScI; IR: Spitzer NASA/JPL-Caltech

ESTÁ ESCRITO NA PALAVRA DE D'US:

Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo...Salmos 19:1-4

Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular, quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus? Jó 38:4-7


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NASA Divulga a Sonificação de Dados: M16 (Nebulosa da Águia, "Pilares da Criação")

 

A sonificação de dados das missões da NASA fornece um novo método para desfrutar de um arranjo de objetos cósmicos. Essas sonificações de dados traduzem informações coletadas por várias missões da NASA — como o Observatório de Raios-X Chandra, o Telescópio Espacial Hubble e o Telescópio Espacial Spitzer — em som.

Na peça "Pilares da Criação", os sons são gerados movendo-se horizontalmente através da imagem da esquerda para a direita, como visto tanto na luz óptica quanto de raios-X. Assim como a sonificação do Centro Galáctico, a posição vertical da luz gravada controla o campo, mas neste caso varia ao longo de uma gama contínua de arremessos. 

Atenção especial é dada à estrutura dos pilares que podem ser ouvidos como varreduras de baixo a alto arremessos e costas. As duas diferentes "melodias" de luz óptica e de raios-X podem ser apreciadas individualmente ou simultaneamente.

ESTÁ ESCRITO NA PALAVRA DE D'US:

Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo...Salmos 19:1-4

Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular, quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus? Jó 38:4-7


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terça-feira, 2 de agosto de 2022

IMAGEM DE GALÁXIA EM FORMATO CURIOSO É OBTIDA POR MEIO DO TELESCÓPIO JAMES WEBB

"Roda de Carro" ao lado de outras duas galáxias espirais menores - Divulgação / NASA / ESA

A agência espacial norte-americana divulgou hoje um novo registro feito pelo supertelescópio espacial James Webb. A imagem apresenta uma galáxia conhecida como "Roda de Carro" ao lado de outras duas galáxias espirais menores.

De acordo com informações do G1, a galáxia diferenciada fica a 500 milhões de anos-luz de distância do nosso planeta e, conforme aponta a NASA, provavelmente era espiral como a Via Láctea antes de colidir com uma galáxia menor há mais de 400 milhões de anos. Essa colisão teria resultado no formato curioso de hoje.

"Agora, esse sistema é composto por 2 anéis - um anel interno brilhante e um anel colorido circundante. Ambos se expandem para fora do centro como ondulações de um lago", disse a agência espacial em comunicado.

Supertelescópio

Com sua tecnologia de captação de infravermelho, o Webb é capaz de vencer a barreira da poeira, de modo que torna-se possível observar estrelas individuais e outros detalhes existentes dentro da "Roda de Carro". Isso possibilitará aos cientistas uma melhor compreensão do comportamento do buraco negro localizdo ao centro da galáxia.

"Esses novos detalhes nos fornecem uma compreensão renovada de uma galáxia que está em meio a uma lenta transformação", disse a Agência Espacial Europeia (ESA), que faz parte do consórcio internacional que levou o supertelescópio ao espaço.

Fonte: AH

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