quinta-feira, 31 de maio de 2007

SATURNO

Sonda vê misterioso hexágono em Saturno:
Nuvens em forma de favo de mel circundam pólo Norte do planeta. Dentro da área cabem quase quatro Terras.


Imagem foi feita em 29 de outubro de 2006, 902 mil quilômetros acima de Saturno. (Foto: Nasa)

Um estranho desenho em favo de mel circundando todo o pólo Norte de Saturno capturou o interesse de cientistas da sonda Cassini, da Nasa. O hexágono tem quase 25 mil quilômetros (quase quatro Terras) e foi visto pela primeira vez pelas sondas Voyager 1 e 2, há mais de vinte anos. As novas imagens feitas agora pela Cassini indicam que o misterioso fenômeno é duradouro e mostram ainda um novo hexágono, mais escuro que o primeiro.

Nunca vimos nada como isso em nenhum planeta", afirmou Kevin Baines, especialista na atmosfera saturnina, da equipe de mapeamento visual e infravermelho da Cassini. "A densa atmosfera de Saturno é dominada por ondas em formas circulares e é o último lugar onde você esperaria encontrar uma figura geométrica de seis lados como essa, mas ali está ela," diz ele.

O hexágono pode ser uma variação de um fenômeno comum na Terra, o vórtice polar, onde ventos sopram de forma circular em torno dos pólos.

Agora, os cientistas aguardam o fim do inverno no pólo Norte do planeta para poder analisar o mistério mais facilmente.


Imagem colorida revela contrastes de Saturno:
Fotografia foi tirada pela sonda Cassini e teve suas cores naturais alteradas. Mudança marca diferenças entre áreas acima e abaixo dos anéis do planeta.

Acima da sombra dos anéis há diversas nuvens brilhantes e espalhadas. Abaixo, uma faixa equatorial que normalmente é detectada nas imagens monocromáticas feitas em infravermelho. No canto esquerdo, é possível ver os famosos anéis. (Foto: Nasa)

Cassini vê Saturno em versão psicodélica:
Combinação de diversos comprimentos de onda de luz gerou imagem. Visão contempla diferenças entre a região iluminada pelo Sol e a área escura.

Imagem de Saturno obtida pela Cassini; mosaico foi feito com 25 fotografias coletadas em 13 horas (Foto: Nasa)

quarta-feira, 30 de maio de 2007

ROTAÇÃO E TRANSLAÇÃO DA LUA

Por que a Lua não parece ter movimento de rotação?

Como vemos sempre o mesmo lado da Lua, é compreensível pensar que o satélite natural da Terra não tem movimento de rotação, certo? Errado. A "Lua tem rotação sim, só que o período em que ela gira em torno de si mesma leva o mesmo tempo do movimento de translação em torno da Terra", explica a astrônoma astrônoma da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Thaisa Storchi Bergmann.
Ela diz que à medida que a Lua gira em torno da Terra, ela gira também em torno do seu eixo. Por isso sempre vemos a mesma face do astro. "Uma analogia interessante pode ser realizada com uma experiência caseira: girar em torno de uma cadeira olhando para ela. Depois de um giro completo, além de dar uma volta na cadeira, teremos feito o movimento de rotação", exemplifica. Isso acontece porque a Terra, com sua imensa força gravitacional, acaba freando a rotação da Lua. Isso se chama força de maré. "Conhecemos as marés produzidas pela Lua na Terra, mas a Terra produz uma força de maré ainda mais forte sobre a Lua", diz.

ENERGIA SOLAR

De onde vem o calor emitido pelo Sol?

A energia do Sol vem de seu núcleo, composto pelos gases hidrogênio e hélio. Reações nucleares transformam o hidrogênio em hélio e liberam uma enorme quantidade de energia. Essas reações são milhões de vezes mais poderosas do que as reações nucleares produzidas na Terra. E nosso planeta recebe apenas uma pequena parte da energia produzida.
Quando um gás é comprimido, ou pressionado, ele aquece. No Sol, a pressão é milhões de vezes maior do que a pressão na Terra. Toda essa pressão faz com que o hidrogênio atinja temperaturas de 15 milhões de graus centígrados no núcleo. Com o gás nessa temperatura e pressão, ocorrem as reações nucleares que mantém o Sol aquecido.
As reações nucleares transformam quatro prótons ou núcleos de átomos de hidrogênio em uma partícula alfa, que é o núcleo de um átomo de hélio. A partícula alfa tem aproximadamente 0,7% menos massa do que quatro prótons. A diferença em massa é expelida como energia, carregada até a superfície do Sol e liberada em forma de luz e calor. A energia gerada no interior do Sol leva um milhão de anos para chegar à superfície.
Segundo cientistas do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, "o Sol tem combustível suficiente para continuar produzindo energia por aproximadamente mais 5 bilhões de anos. No fim de sua vida, o Sol comecará a fundir o hélio em elementos mais pesados e se expandirá". Os pesquisadores acreditam que o Sol ficará tão grande que engolirá a Terra.

terça-feira, 8 de maio de 2007

A MAIOR EXPLOSÃO ESTELAR



A maior explosão estelar já vista acaba de virar manchete dos jornais. Foi a supernova SN 2006gy descoberta no ano passado com um pequeno telescópio robótico no Texas e observada com vários outros instrumentos, inclusive o telescópio de 10m Keck e o satélite de raios-X Chandra. A estrela que explodiu está em outra galáxia a 240 milhões de anos luz de distância e tem 150 vezes a massa do Sol. Ela é parecida com a estrela Eta Carina da nossa galáxia que fica a apenas 7.500 anos luz de distância do Sol. O interessante nesta descoberta é que existem poucas estrelas conhecidas com massa tão grande e isto pode nos ajudar a entender melhor um fenômeno que era comum no início do universo, quando estrelas gigantes explodiram com frequência e poluíram o universo com o material criado no interior estelar. A explosão detectada é centenas de vezes mais potente do que as explosões estelares normalmente observadas durante a morte de estrelas que liberam cerca de 1020 vezes a energia que o Sol libera em 1 segundo. A 2006gy liberou 100 vezes mais energia do que isto!!

A notícia anunciada pelo time do Nathan Smith da Universidade da California em Berkeley que fez a descoberta está no link: http://www.nasa.gov/mission_pages/chandra/news/chandra_bright_supernova.html
A imagem lá de cima é uma reprodução artística do fenômeno. A supernova está muito distante pare ser vista em detalhe.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

CHUVA DE METEOROS


Uma chuva de meteoros, popularmente conhecidos como estrelas cadentes, vai riscar o céu do Brasil na madrugada de amanhã (05/05/2007). São fragmentos de poeira que o cometa Halley deixou em sua órbita quando passou pela Terra em 1986 e que poderão ser vistos a olho nu das 4h até o nascer do Sol. O melhor horário é por volta das 5h30. Os meteoros poderão ser vistos a uma taxa de 20 a 60 por hora. Ainda que o Halley esteja agora muito distante, a Terra passa duas vezes por ano pelo rastro deixado pelo cometa: em maio e em outubro. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo).

O que é essa Chuva de Meteoros?

Existem diversos cometas, asteróides e outros corpos planetários em órbita do nosso sistema solar. E alguns desses corpos acabam cruzando a órbita da Terra. Eles são chamados de meteoróides. A grande maioria são pequenos fragmentos de algumas gramas (poeira cósmica). Quando penetram na atmosfera terrestre sofrem atrito com os gases aquecendo-o. O calor é tanto, que acaba derretendo ou mesmo evaporando o meteoróide, incandescendo o ar a sua volta, produzindo um meteoro brilhante ou estrela cadente. Os objetos maiores e mais resistentes conseguem chegar ao solo sendo chamados de meteoritos.


Uma Tempestade de Meteoros é quando existe uma grande quantidade de meteoros vinda de um ponto específico do espaço (mais de 1000 meteoros por hora), no qual a Terra passa regularmente. No caso da Chuva Leonidas, é quando a Terra cruza a órbita do cometa Tempel-Tuttle, sempre nos meses de novembro. Esse cometa tem um período de 33 anos, mas seus fragmentos ficam em sua órbita e são capturados pela gravidade terrestre quando a Terra cruza-a.

Entretanto estima-se que menos de 1% dessas partículas chegam ao solo, o que dificulta o estudo desses materiais pelos cientistas.

A mais antiga e confirmada Chuva de Meteoros é datada de 1833, onde houve uma impressionante queda de meteoros, chegando a 10.000 objetos registrados por hora. Mais recentemente, em 1969, foi observado uma grande atividade, com o índice de 4 quedas por minuto (+ de 250 por hora), no norte do EUA

quarta-feira, 2 de maio de 2007

UMA DAS LUAS DE JÚPITER



Imagem de uma das luas de Júpiter, tirada por sonda da Nasa. Pequenas luas estão atuando como pastores, usando sua gravidade para atrair e poeira e rochas nos anéis de Júpiter, disseram cientistas da Nasa nesta terça-feira. Foto: Reuters (Handout)

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